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Trump nega ter incentivado ataques a Moscou: “Zelensky não deve mirar a capital russa”

Presidente dos EUA reage a reportagem do Financial Times e afirma que apenas fez uma pergunta ao líder ucraniano sobre mísseis de longo alcance

Trump fala à mídia na Casa Branca 27/06/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)
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247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (15) que não incentivou a Ucrânia a lançar ataques contra Moscou, como havia sido sugerido por uma reportagem do Financial Times. Segundo o jornal britânico, Trump teria questionado, em uma conversa privada com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky, se Kiev seria capaz de atacar Moscou e São Petersburgo caso recebesse armamentos de longo alcance de Washington.

A fala do presidente norte-americano foi dada em resposta a jornalistas que perguntaram se Zelensky deveria lançar mísseis contra a capital russa. Trump foi direto: “Não, ele não deveria mirar Moscou”.

A assessoria da Casa Branca também reagiu duramente à publicação do FT. A porta-voz Karoline Leavitt acusou o jornal de “distorcer completamente as palavras do presidente para atrair cliques porque seu jornal está morrendo”. De acordo com Leavitt, Trump apenas fez uma pergunta durante a conversa e não deu qualquer orientação ofensiva ao presidente ucraniano. “Ele está se esforçando para deter os confrontos e encerrar esta guerra”, afirmou.

A reportagem do Financial Times foi publicada após Trump ter ameaçado impor “tarifas secundárias severas” contra parceiros comerciais da Rússia, caso não haja avanços concretos nas negociações de paz dentro de 50 dias. O presidente também anunciou que os próximos envios de armas avançadas à Ucrânia serão financiados por países europeus da Otan.

Em Moscou, o Kremlin respondeu com cautela à notícia. O porta-voz Dmitry Peskov disse que “essas informações, em geral, costumam se revelar falsas”, mas reconheceu que “às vezes, de fato, ocorrem vazamentos sérios, até mesmo em publicações que já consideramos bastante respeitáveis”.

Desde que assumiu seu segundo mandato em janeiro, Trump tem insistido em negociações entre Ucrânia e Rússia. Ele já realizou várias ligações com o presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de fomentar um acordo. Até o momento, duas rodadas de conversas diretas ocorreram este ano em Istambul, resultando apenas em acordos para grandes trocas de prisioneiros. Moscou afirma estar aberta a retomar o diálogo, mas ainda aguarda resposta de Kiev sobre novas datas.

(Com informações da RT)

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