247 - O fórum artístico foi organizado pelo Instituto de Arte Teatral Kabzon de Moscou, com a participação do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, e vai reunir jovens artistas e pedagogos de Rússia, China, África do Sul, Índia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Belarus. As informações foram divulgadas pela rede <a href="https://tvbrics.com/pt/news/r-ssia-re-ne-escolas-teatrais-dos-pa-ses-do-brics-em-festival-internacional/">TV BRICS</a>, que atuará como parceira de informações do evento. 
O festival será organizado de acordo com as áreas de cooperação entre os países do BRICS delineadas pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. Os contatos culturais são uma dessas áreas. No âmbito da parceria no grupo do BRICS, os participantes terão a oportunidade de se aproximar das tradições teatrais de cada país e de compartilhar suas experiências profissionais com colegas estrangeiros. 
O reitor do Instituto Kabzon e diretor do fórum, Dmitri Tomilin, em entrevista exclusiva à TV BRICS, ressaltou que o evento demonstra como as abordagens teatrais permanecem unidas, mesmo mantendo sua identidade nacional.
"O que mais impressiona o público de Moscou é que outros países também estudam de acordo com o sistema Stanislavski. [...] Eles ficam surpresos em ver como o sistema de Stanislavski muda de acordo com as tradições dos países participantes, mas ao mesmo tempo permanece imutável", afirmou ele. 
O reitor apontou a importância do diálogo internacional. Segundo ele, esse formato cria uma base essencial para o entendimento recíproco entre os países. "No início recebemos uma carta de Vladimir Putin, onde ele definiu [o fórum] como uma forma de poder leve, e depois Serguei Lavrov [chanceler da Rússia] o definiu como diplomacia social. Isso porque podemos falar de como você é bom, mas quando uma pessoa vê com seus próprios olhos, [...] para eles [os espectadores] vale muito mais do que mil palavras", ressaltou. 
Durante nove dias, os espectadores assistirão a espetáculos ao ar livre, concertos e programas educativos organizados pelos participantes do evento. O festival terminará com o tradicional espetáculo conjunto, com a participação dos representantes de todos os países envolvidos. No ano da amizade entre a Rússia e a China, o espetáculo será dedicado à obra de um autor chinês do século XIII: O Órfão da Dinastia Zhao. 
Antes da abertura do fórum, será organizada uma coletiva de imprensa, na qual participarão os organizadores e os chefes das delegações estrangeiras. Durante a coletiva, será discutido o programa do festival e seu papel no desenvolvimento da diplomacia pública.

Redação Brasil 247

Kremlin, residência oficial da presidência da Rússia

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Sul Global

Rússia reúne escolas teatrais dos países do BRICS em festival internacional

Reuters - A Índia e a Rússia concordaram em fortalecer os laços comerciais nesta quinta-feira, quando seus ministros das Relações Exteriores se reuniram em Moscou, dando poucos indícios de que as pesadas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, à Índia pela compra de petróleo russo, poderiam atrapalhar suas relações.
Os produtos indianos enfrentam tarifas adicionais dos EUA de até 50%, entre as mais altas impostas por Washington, devido ao aumento das compras de petróleo russo por Nova Délhi.
Os países ocidentais que boicotam o petróleo russo dizem que as compras da Índia estão ajudando a financiar a guerra de Moscou na Ucrânia. Mas Nova Délhi afirma que suas compras são transações puramente comerciais e acusa os EUA e a União Europeia de dois pesos e duas medidas, observando que eles próprios mantêm um comércio significativo com Moscou.
"Temos bons resultados na cooperação no setor de hidrocarbonetos, no fornecimento de petróleo russo para o mercado indiano. E temos interesse mútuo em implementar projetos conjuntos para a extração de recursos energéticos, inclusive na Federação Russa - no Extremo Oriente e na plataforma do Ártico", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em uma coletiva de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar.
Jaishankar disse que as relações entre os dois países estavam entre as mais estáveis das principais nações do mundo desde a Segunda Guerra Mundial, referindo-se a uma estreita amizade que remonta aos dias da União Soviética.
Os dois países reafirmaram sua ambição de expandir o comércio bilateral, inclusive aumentando as exportações da Índia para a Rússia, disse Jaishankar, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Índia.

Mundo

Índia e Rússia concordam em fortalecer laços comerciais após reunião em Moscou

&nbsp;247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguéi Lavrov, declarou nesta quarta-feira (20), em entrevista publicada pela teleSUR, que qualquer tentativa de discutir garantias de segurança para a Ucrânia sem a presença de Moscou é “um caminho a lugar nenhum” e uma “utopia”. O chanceler destacou que seu país não aceitará ser excluído de negociações que envolvem segurança coletiva na Europa e reafirmou que defenderá “com firmeza e rigor” seus interesses nacionais.
Lavrov lembrou que, durante as negociações realizadas em Istambul em 2022, a própria Ucrânia propôs um acordo que incluía sua neutralidade e a presença de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — entre eles Rússia, China, Estados Unidos, Reino Unido e França — como garantes do pacto. Para o ministro, esse formato é “a única via possível para alcançar uma segurança igual e indivisível entre todas as partes”.
<h3>Críticas à União Europeia e à política dos EUA</h3>
Em sua fala, o chanceler russo também criticou duramente a União Europeia, classificando suas medidas como “bastante torpes e pouco éticas” ao tentar influenciar a posição do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele reforçou que qualquer iniciativa internacional deve incluir a Rússia desde a fase preparatória e revelou que Moscou chegou a propor a Kiev a criação de três grupos de trabalho no âmbito do processo de Istambul, mas não obteve resposta.
As declarações ocorrem no contexto da recente reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca, onde os dois presidentes expressaram disposição em buscar uma solução para o conflito. Posteriormente, Trump se reuniu com o presidente ucraniano Volodímir Zelenski e com líderes europeus, em encontros que também abordaram possíveis garantias de segurança para Kiev.
<h3>Debate sobre cessar-fogo e fornecimento de armas</h3>
Ao comentar sobre propostas de cessar-fogo, Lavrov afirmou que a manutenção dos fluxos de armamentos ocidentais à Ucrânia inviabiliza qualquer trégua, caracterizando essa política como “confrontação aberta” liderada por Washington. Segundo ele, sem a suspensão do envio de armas, qualquer proposta de paz é “inconsistente”.
A Casa Branca, por meio de sua secretária de imprensa Carolyn Levitt, respondeu que os Estados Unidos manterão apoio “no ar” como parte de futuras garantias de segurança, mas reiterou a posição de Trump de que não haverá tropas americanas em solo ucraniano.

Luis Mauro Filho

Rússia rejeita debate sobre garantias de segurança à Ucrânia sem sua participação, diz Lavrov

247 - A Rússia acusou a União Europeia (UE) de preparar uma operação para afastar o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, do poder até a próxima primavera. A denúncia foi feita pelo Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR), que afirma que a Comissão Europeia considera a postura “excessivamente independente” do líder de Budapeste incompatível com os interesses de Bruxelas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (13) pela agência RT.
Segundo o SVR, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, “está estudando seriamente cenários de mudança de regime” na Hungria. O objetivo seria colocar no cargo Peter Magyar, líder do oposicionista Partido Tisza, apontado pela inteligência russa como “leal às elites globalistas” e “principal candidato ao posto de primeiro-ministro” nas eleições de 2026 – ou antes, se possível.
<h3>Apoio estrangeiro e pressão política</h3>
De acordo com Moscou, a candidatura de Magyar já contaria com “recursos administrativos, midiáticos e de lobby” financiados por fundações partidárias alemãs, pelo Partido Popular Europeu e por ONGs norueguesas. A Hungria, que tem se chocado com Bruxelas em temas centrais, é um dos poucos países do bloco a se opor ao envio de ajuda militar à Ucrânia e à adesão de Kiev à UE.
O SVR também acusa a Ucrânia, insatisfeita com a postura de Orbán, de atuar “nos bastidores” para desestabilizar o cenário interno húngaro por meio de seus serviços de inteligência e da diáspora ucraniana no país. No mês passado, o premiê húngaro chegou a acusar Kiev de tentar influenciar as próximas eleições parlamentares.
<h3>Orçamento da UE e críticas à “lógica de guerra”</h3>
Para Moscou, o ponto de ruptura veio com o veto de Budapeste ao novo orçamento de sete anos da UE. Orbán rejeitou o projeto por considerá-lo voltado à “militarização da Europa” e à preparação para um confronto com a Rússia. “Bilhões para a Ucrânia, migalhas para agricultores e para o desenvolvimento. O objetivo deles: derrotar a Rússia, instalar aliados liberais e expandir sua esfera de influência”, escreveu o líder húngaro na rede X.
O Kremlin nega que pretenda atacar países da OTAN ou da União Europeia e acusa os líderes ocidentais de promoverem uma “militarização descontrolada” em preparação para um conflito direto com Moscou.

Vladimir Putin cumprimenta Viktor Orbán no Kremlin 
5/7/2024   

Moscou acusa União Europeia de planejar derrubar Viktor Orbán na Hungria

247 - A Índia confirmou que seu chanceler, S. Jaishankar, estará em Moscou no dia 21 de agosto para encontro com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores russo, a pauta incluirá “questões-chave da nossa agenda bilateral, assim como aspectos centrais da cooperação no âmbito de estruturas internacionais”. A informação foi publicada pela RT.
Durante a visita, Jaishankar participará da 26ª sessão da Comissão Intergovernamental Russo-Indiana de Cooperação Comercial, Econômica, Científica, Técnica e Cultural, principal mecanismo de acompanhamento de projetos entre os dois países. A última reunião ocorreu em novembro de 2024, na Índia, sob a copresidência do chanceler indiano e do primeiro-vice-primeiro-ministro russo, Denis Manturov.
Desde 2022, Índia e Rússia ampliaram o comércio bilateral, que chegou a cerca de US$ 66 bilhões em 2024. A meta estabelecida é atingir US$ 100 bilhões até 2030. Moscou tornou-se o principal fornecedor de petróleo para Nova Délhi. A aproximação ocorre em meio a pressões dos Estados Unidos, com o presidente Donald Trump anunciando aumento de tarifas sobre produtos indianos em razão da compra de petróleo russo.
A visita de Jaishankar ocorre poucos dias após o conselheiro de Segurança Nacional da Índia, Ajit Doval, ter se reunido em Moscou com o presidente Vladimir Putin e o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergey Shoigu. Na ocasião, também foi tratada a visita oficial que Putin deve fazer à Índia ainda este ano. Segundo o embaixador indiano na Rússia, Vinay Kumar, Modi e Putin mantêm “sintonia positiva".

Índia e Rússia acertam encontro entre chanceleres em Moscou no dia 21 de agosto

247 - O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que o país atravessa um período de “tempos pré-guerra”, marcado por riscos crescentes e instabilidade política. A declaração foi feita durante a apresentação oficial do novo gabinete, resultado da apertada vitória da oposição na eleição presidencial de maio. As informações são da RT.
“Estamos testemunhando praticamente todos os dias eventos que antes pareceriam inacreditáveis, inesperados — verdadeiros cisnes negros”, disse Tusk. “Hoje, é difícil encontrar cisnes brancos.” Segundo ele, há um forte sentimento entre os poloneses de que vivem, “de certo modo, em tempos pré-guerra”.
<h3>Rússia, Belarus e aliados internos são alvos de críticas</h3>
Tusk acusou diretamente a Rússia e sua aliada Belarus de promoverem ações para desestabilizar a Polônia. Sem citar nomes, o premiê também atacou figuras políticas internas que, segundo ele, demonstram simpatia por Moscou, se opõem ao apoio a Kiev e adotam postura hostil à União Europeia.
A retórica antirrussa permanece como eixo central da política externa polonesa. Essa diretriz se reforça com o programa “Escudo Oriental” (“East Shield”), lançado em maio de 2024, que prevê a instalação de bunkers e minas terrestres ao longo da fronteira leste do país, em alinhamento com a estratégia de militarização da União Europeia. Moscou, por sua vez, nega qualquer intenção agressiva contra o bloco e acusa líderes ocidentais de usarem o medo como cortina de fumaça para suas crises internas.
<h3>Disputa sobre os rumos da política europeia</h3>
Embora todas as grandes forças políticas da Polônia mantenham oposição ao Kremlin, divergem sobre a relação futura com Bruxelas. O novo presidente eleito, Karol Nawrocki — nacionalista independente apoiado pelo partido conservador Lei e Justiça (PiS) — venceu por margem estreita e se comprometeu a vetar qualquer projeto de lei que amplie direitos reprodutivos ou promova políticas LGBTQIA+.
<h3>Nova estrutura ministerial foca economia e energia</h3>
A composição do novo gabinete foi reduzida de 26 para 21 ministros. A principal novidade é a criação de dois “superministérios” voltados à formulação de políticas econômicas e energéticas, refletindo as prioridades do governo Tusk diante das incertezas geopolíticas e dos desafios internos.

Primeiro-ministro polonês afirma que país vive “tempos pré-guerra”

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (15) que não incentivou a Ucrânia a lançar ataques contra Moscou, como havia sido sugerido por uma reportagem do Financial Times. Segundo o jornal britânico, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Trump+">Trump </a>teria questionado, em uma conversa privada com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky, se Kiev seria capaz de atacar Moscou e São Petersburgo caso recebesse armamentos de longo alcance de Washington.
A fala do presidente norte-americano foi dada em resposta a jornalistas que perguntaram se <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Zelensky">Zelensky </a>deveria lançar mísseis contra a capital russa. Trump foi direto: “Não, ele não deveria mirar Moscou”.
A assessoria da Casa Branca também reagiu duramente à publicação do FT. A porta-voz Karoline Leavitt acusou o jornal de “distorcer completamente as palavras do presidente para atrair cliques porque seu jornal está morrendo”. De acordo com Leavitt, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Trump+">Trump </a>apenas fez uma pergunta durante a conversa e não deu qualquer orientação ofensiva ao presidente ucraniano. “Ele está se esforçando para deter os confrontos e encerrar esta guerra”, afirmou.
A reportagem do Financial Times foi publicada após Trump ter ameaçado impor “tarifas secundárias severas” contra parceiros comerciais da Rússia, caso não haja avanços concretos nas negociações de paz dentro de 50 dias. O presidente também anunciou que os próximos envios de armas avançadas à Ucrânia serão financiados por países europeus da Otan.
Em Moscou, o Kremlin respondeu com cautela à notícia. O porta-voz Dmitry Peskov disse que “essas informações, em geral, costumam se revelar falsas”, mas reconheceu que “às vezes, de fato, ocorrem vazamentos sérios, até mesmo em publicações que já consideramos bastante respeitáveis”.
Desde que assumiu seu segundo mandato em janeiro, Trump tem insistido em negociações entre Ucrânia e Rússia. Ele já realizou várias ligações com o presidente russo, Vladimir Putin, na tentativa de fomentar um acordo. Até o momento, duas rodadas de conversas diretas ocorreram este ano em Istambul, resultando apenas em acordos para grandes trocas de prisioneiros. Moscou afirma estar aberta a retomar o diálogo, mas ainda aguarda resposta de Kiev sobre novas datas.
(Com informações da RT)

Trump fala à mídia na Casa Branca
27/06/2025


Trump nega ter incentivado ataques a Moscou: “Zelensky não deve mirar a capital russa”

247 - As tensões diplomáticas entre Washington e Moscou ganharam um novo capítulo nesta segunda-feira (16), com o anúncio do cancelamento das consultas bilaterais que visavam a reativação dos canais diplomáticos entre os dois países. A informação foi divulgada pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, segundo a agência RT.
Os encontros entre Estados Unidos e Rússia haviam sido retomados neste ano, após um hiato desde o início do conflito na Ucrânia. Duas rodadas de conversas de alto nível foram realizadas: a primeira em 18 de fevereiro, em Riad, na Arábia Saudita, e a segunda em 27 de fevereiro, em Istambul, na Turquia. Essas reuniões representaram o primeiro esforço concreto de reconexão diplomática desde o agravamento das relações bilaterais causado pela guerra.
As pautas dos encontros incluíam desde a normalização do funcionamento das missões diplomáticas e a facilitação na emissão de vistos até discussões sobre a guerra na Ucrânia e possíveis formas de cooperação econômica no período pós-conflito. A expectativa era de que o próximo encontro ocorresse em Moscou.
No entanto, segundo <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Zakharova">Zakharova</a>, “o próximo encontro no formato de consultas bilaterais sobre a eliminação de ‘irritantes’ para normalizar o funcionamento das missões diplomáticas de ambos os países foi cancelado por iniciativa dos negociadores norte-americanos”. A declaração foi publicada no canal oficial da chancelaria russa no Telegram.
A diplomata não revelou o motivo apresentado por Washington para adiar a reunião, limitando-se a afirmar que “esperamos que a pausa que decidiram tomar não se prolongue por muito tempo”.
Desde que o presidente <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Donald+Trump">Donald Trump</a> assumiu seu segundo mandato, no início de 2025, a Casa Branca passou a adotar um discurso mais favorável à reabertura de canais com Moscou, rompidos sob a gestão de seu antecessor, Joe Biden. O governo russo respondeu positivamente a essa mudança de tom, manifestando disposição em retomar uma relação bilateral funcional.
Apesar dos avanços iniciais e do tom conciliador adotado por ambos os lados, o cancelamento unilateral da rodada de negociações em Moscou sinaliza que ainda há obstáculos significativos no caminho para a reconstrução da confiança entre as duas potências.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin - 16/07/2018

EUA suspendem diálogo com Moscou sobre retomada de laços diplomáticos

247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (6) que engenheiros e projetistas russos alcançaram um progresso significativo no setor de drones nos últimos anos. De acordo com o líder russo, o país euroasiático tem que identificar as áreas onde se deve garantir a liderança tecnológica global.
"Os protótipos e os exemplares de série de drones russos foram recentemente apresentados em uma exposição em Moscou, também foram mostrados aos líderes estrangeiros que visitaram a Rússia durante as comemorações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra pela Pátria", ressaltou em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Estratégico e Projetos Nacionais.
O primeiro vice-premiê russo, Denis Manturov, relatou a Vladimir Putin que a Rússia patenteou uma tecnologia para o lançamento de espaçonaves automáticas (drones) a partir de uma estação orbital para fazer sua manutenção.
As lideranças fizeram o comentário sobre as potencialidades do país em um contexto de novos ataques da Ucrânia em regiões perto da fronteira com a Rússia e contra bases russas na Sibéria.
O governo da região de Bryansk, no território russo, informou que mais de cem pessoas ficaram feridas após o desabamento de uma ponte rodoviária desabou no distrito de Vygonichi. Pelo menos 7 pessoas morreram.
A Rússia é contrada a entrada da Ucrânia na Otan - Organização do Tratato do Atlântico Norte, liderada pelos Estados Unidos, país presidido por Donald Trump atualmente (com Sputnik).

Leonardo Lucena

Putin: em certos segmentos, drones russos são os mais avançados, que estrangeiros tentam imitar

247 - Dois ataques recentes a linhas férreas nas regiões russas de Bryansk e Kursk estão sendo oficialmente tratados por Moscou como atentados terroristas, com autoria atribuída à Ucrânia. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo Comitê Investigativo da Rússia, conforme noticiou o jornal Kommersant.
Os atentados ocorreram em sequência: no sábado à noite, uma ponte desabou diante de um trem de passageiros em movimento na região de Bryansk. Horas depois, no domingo de manhã, outro viaduto ferroviário cedeu sob um trem de carga em <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Kursk">Kursk</a>. O saldo das ações foi de sete mortos e 113 feridos.
Em nota oficial, o Comitê Investigativo afirmou que os ataques foram planejados “com máxima precisão” por agentes ligados a Kiev, com o objetivo de provocar o maior número possível de vítimas. “Está claro que os terroristas, agindo sob a direção do regime de Kiev, planejaram os ataques com precisão para garantir que centenas de civis fossem afetados”, declarou uma porta-voz da instituição.
Durante as investigações, peritos recolheram fragmentos de artefatos explosivos e outros vestígios nos locais das explosões, além de ouvir testemunhas, funcionários ferroviários e passageiros feridos.
Segundo o diário Kommersant, as autoridades russas suspeitam do uso de explosivos C-4 de fabricação norte-americana. Um artefato de 10 kg que não chegou a explodir teria sido encontrado, reforçando a hipótese de ação coordenada com uso de equipamento estrangeiro.
Os ataques coincidiram com o período que antecedeu a segunda rodada de negociações entre <a href="https://www.brasil247.com/search?term=R%C3%BAssia+">Rússia </a>e Ucrânia, realizada em Istambul, na Turquia. Apesar de não terem alcançado avanços substanciais, os dois países chegaram a um acordo para a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito, além de manterem o canal de diálogo aberto.
As posições apresentadas por Moscou e Kiev para uma eventual solução seguem distantes. O governo russo exige, entre outras condições, a retirada completa das forças ucranianas das regiões que realizaram referendos para se juntar à Federação Russa, o compromisso com a neutralidade militar, a dissolução de milícias nacionalistas e a limitação das capacidades militares do país.&nbsp;
Por sua vez, a Ucrânia rejeita a ideia de neutralidade, defende o direito de receber tropas estrangeiras em seu território e recusa qualquer reconhecimento de perdas territoriais.

Moscou acusa Ucrânia de atentados em ferrovias para causar “máximo de vítimas civis”

247 - Durante participação no programa Bom Dia 247, o sociólogo e professor Lejeune Mirhan afirmou que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Moscou, no dia 9 de maio, para participar das celebrações dos 80 anos da vitória sobre o nazismo, foi “o maior gesto de resistência do presidente Lula em seu terceiro mandato”. Para Mirhan, a presença de Lula no evento, ao lado do presidente russo Vladimir Putin e de outros líderes internacionais, representa uma clara posição contra a ascensão do fascismo e do imperialismo no cenário geopolítico atual.
“O Lula enfrentou tudo e todos para se levantar diante do fascismo e enfrentar o imperialismo”, disse Lejeune. Em sua avaliação, o gesto do presidente brasileiro foi além da diplomacia e constituiu uma afirmação simbólica e política em defesa da memória da luta contra o nazismo, num contexto em que discursos extremistas ganham força tanto na Europa quanto em outras regiões. “E neste momento em que o fascismo ascende no mundo. O nazismo cresce na Europa, está enraizado lá”, afirmou.
Ao comentar o ambiente político na Rússia, o sociólogo destacou o apoio interno ao presidente Putin. “Na Rússia, Putin tem 73% de ótimo e bom – e sua popularidade só cresce”, relatou. Segundo ele, a visita de Lula também serviu para reforçar laços com uma potência que, em sua visão, continua a desempenhar um papel central na luta contra o avanço do extremismo político. “Eu fui prestar minha homenagem ao Exército Vermelho, pela luta contra o nazismo”, relatou Lejeune.
Em sua fala, o professor também comentou o simbolismo de sua visita ao lado de cem brasileiros, em uma delegação que percorreu pontos históricos de Moscou e de São Petersburgo, antiga Leningrado. Ele relatou momentos de grande emoção ao reviver a história da resistência soviética durante o cerco de Leningrado. “Chorei várias vezes no último dia”, revelou, ao mencionar a visita à “estrada da vida”, rota vital durante o cerco nazista.
Mirhan também criticou a cobertura da imprensa brasileira, que classificou a presença de Lula como uma suposta “participação na festa de Putin”. Para ele, essa narrativa ignora o conteúdo histórico do evento. “Essa imprensa, como dizia Brizola, é traidora da pátria”, disse, acrescentando que a viagem de Lula teve uma importância geopolítica e simbólica comparável apenas aos grandes marcos da política externa brasileira.
Segundo ele, a escolha de Lula de estar presente na Rússia, apesar das pressões diplomáticas e do ambiente internacional hostil, reafirma o compromisso com um mundo multipolar e com o resgate histórico da luta antifascista. “Esse foi o maior ato de demonstração contra as forças nazistas e fascistas que crescem na Europa”, defendeu.
Lejeune ainda traçou paralelos entre os altos índices de aprovação de Putin e os que Lula alcançou ao final de seu segundo mandato, em 2010. “A popularidade do Putin hoje é o que o Lula foi em 2010”, comparou. E concluiu sua análise reforçando a importância do gesto de Lula: “Parabéns, presidente Lula, por ter entendido o significado desse dessa comemoração dos 80 anos”. Assista:&nbsp;
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Dafne Ashton

Entrevistas

“Ida de Lula a Moscou foi o maior gesto de resistência do presidente Lula em seu terceiro mandato”, diz Lejeune Mirhan

CGTN – No dia 9, uma grandiosa cerimônia foi realizada na Praça Vermelha, em Moscou, para comemorar o 80º aniversário da vitória da Grande Guerra Patriótica da União Soviética. O presidente chinês, Xi Jinping, participou do evento ao lado de líderes de mais de 20 países e organizações internacionais. O ano de 2025 tem um significado especial para o mundo. Este ano marca os 80 anos da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa, da Grande Guerra Patriótica da União Soviética e da Guerra Mundial Antifascista, bem como o 80º aniversário da fundação da Organização das Nações Unidas (ONU). Diante desses três marcos históricos, é necessário refletir sobre o passado, compreender o presente e inspirar o futuro. Com base na memória histórica comum, nos profundos laços de solidariedade forjados na guerra e na responsabilidade de manter a paz mundial, a China e a Rússia apoiam mutuamente as comemorações da vitória na Segunda Guerra Mundial, demonstrando um elevado nível de confiança política e as responsabilidades de grandes países. A visita de Estado do presidente Xi Jinping à Rússia e sua participação nas atividades comemorativas transmitem uma mensagem clara ao mundo: a história não pode ser esquecida, a paz foi arduamente conquistada, e a China e a Rússia devem defender em conjunto a justiça e a equidade internacionais. Preconceito e discriminação, ódio e guerra só trazem sofrimento e tragédia. O caminho correto da humanidade reside no respeito mútuo, na convivência de igualdade, no desenvolvimento pacífico e na prosperidade compartilhada. Durante as reuniões entre os chefes de Estado da China e da Rússia em Moscou, ambos os lados concordaram em promover uma visão correta da história da Segunda Guerra Mundial, defender a autoridade e o status da ONU e proteger a justiça internacional. Essa posição aponta a direção para a comunidade internacional salvaguardar os frutos da vitória da Segunda Guerra Mundial e enfrentar os riscos e desafios atuais.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2025051114054_a6e1fd1e11e70e5c249313563b9d7695046cd722b756d9c7258935819203f1d6.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="2025051114054_a6e1fd1e11e70e5c249313563b9d7695046cd722b756d9c7258935819203f1d6" data-rendition-name="original" width="1904" height="1080" loading="lazy" alt="Defender os frutos da vitória da Segunda Guerra Mundial: lições da história não podem ser esquecidas"></figure>  Atualmente, as relações entre a China e a Rússia atingiram seu mais alto nível histórico. Os dois países compartilham posições semelhantes em muitas questões internacionais importantes e defendem a promoção de uma multipolarização mundial igualitária e ordenada e a democratização das relações internacionais. Os líderes chinês e russo concordaram em reforçar a coordenação e a cooperação dentro de estruturas multilaterais como a ONU, a Organização de Cooperação de Shanghai e o BRICS, unindo o Sul Global, promovendo o verdadeiro multilateralismo, se opondo à imposição arbitrária de sanções e à confrontação entre blocos, e defendendo os interesses comuns da comunidade internacional. Tradução: Zhao Yan Revisão: Gabriela Nascimento Fonte: CMG

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