Trump e Bolsonaro querem “liberdade” para atacar e censurar seus adversários, diz Gleisi
A ministra criticou uma medida recente do governo dos EUA que censurou jornalistas
247 - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para criticar duramente a nova medida imposta pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Segundo informações publicadas pela imprensa norte-americana, jornalistas credenciados no Pentágono passam a estar sujeitos a regras mais rígidas para publicação de informações, que só poderão ser divulgadas após aprovação prévia de um funcionário autorizado.
Na publicação, Gleisi classificou a medida como mais um ataque do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à liberdade de imprensa. “A censura aos jornalistas que cobrem o Pentágono é mais um ataque de Donald Trump à liberdade de imprensa, depois de cassar credenciais na Casa Branca, pressionar grupos de mídia, cortar verbas de universidades e desacatar ordens judiciais, entre outros episódios autoritários. Esse é o modelo de ‘democracia’ que Jair Bolsonaro segue e que conhecemos muito bem aqui no Brasil. Querem ‘liberdade’ para censurar, atacar os adversários, impor sua vontade pela força”, escreveu.
Regras mais rígidas contra a imprensa
O documento oficial, divulgado na noite de sexta-feira (20), determina que até mesmo informações obtidas por meio de fontes anônimas ou fora dos canais de comunicação institucionais deverão passar por análise do Pentágono. O descumprimento das novas normas poderá resultar no cancelamento imediato do credenciamento de jornalistas.
Especialistas em liberdade de expressão apontam que a medida reforça a ofensiva de Trump contra veículos de comunicação que, segundo ele, mantêm uma cobertura negativa de sua administração. A Casa Branca já havia restringido o acesso de repórteres, além de intensificar pressões sobre grupos de mídia considerados críticos ao governo.