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      Trump defende que primeiro encontro entre Putin e Zelensky ocorra sem sua presença

      Presidente dos EUA pressiona por negociações bilaterais diretas entre Rússia e Ucrânia

      Donald Trump - 15/08/2025 (Foto: REUTERS/Jeenah Moon)

      247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a primeira reunião entre Vladimir Putin e Vladimir Zelensky deveria acontecer sem a sua participação direta, para que os dois líderes testem a possibilidade de avançar em negociações bilaterais. A declaração foi feita durante entrevista ao programa de rádio de Mark Levin, repercutida pela agência russa RT.

      Reuniões recentes com Putin e Zelensky

      Na última semana, Trump se reuniu em Anchorage, no Alasca, com o presidente russo, Vladimir Putin, em um encontro que classificou como “muito bem-sucedido”. Poucos dias depois, em Washington, recebeu o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e líderes europeus para discutir os próximos passos do processo de paz.

      Tive uma reunião muito bem-sucedida com o presidente Putin. Tive uma reunião muito bem-sucedida com o presidente Zelensky. E agora pensei que seria melhor se eles se reunissem sem mim, só para ver, quero ver o que acontece”, afirmou Trump. Ele acrescentou que, caso seja necessário, está disposto a intervir: “Se necessário, e provavelmente será, eu irei e provavelmente conseguirei fechar o negócio”.

      Expectativas de Moscou e Kiev

      Zelensky já havia sinalizado disposição para um encontro com Putin, enquanto o Kremlin declarou que só aceitaria a reunião em uma “fase final” das negociações. O assessor presidencial russo, Yury Ushakov, afirmou que Moscou apoia a continuidade das “negociações diretas entre as delegações da Rússia e da Ucrânia”.

      Pressão por flexibilidade de Zelensky

      Trump tem defendido que Kiev adote uma postura mais aberta nas negociações. Em entrevista à Fox News, ele disse esperar que Zelensky “faça o que for preciso” para alcançar a paz e reforçou que o líder ucraniano “precisa mostrar alguma flexibilidade”.

      Moscou, por sua vez, mantém a posição de que qualquer acordo deve garantir segurança permanente, respeitar as realidades territoriais — incluindo a Crimeia e as quatro regiões ucranianas anexadas em 2022 — e evitar a entrada da Ucrânia na OTAN.

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