Rússia: política da OTAN pode levar a confronto entre potências nucleares
O vice-ministro russo afirmou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte faz uma gestão "hostil"
247 - O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou nesta quarta-feira (22) que a política hostil dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos, pode resultar em um confronto direto entre potências nucleares.
"Entre os respectivos fatores negativos, destacamos especialmente a política hostil dos países da OTAN, capaz de levar a um confronto direto entre potências nucleares", afirmou Ryabkov durante uma reunião on-line sobre a política nuclear russa, organizada pelo Centro de Energia e Segurança com o apoio do Fundo de Subsídios Presidenciais. O relato saiu na Sputnik.
"O Ocidente está desenvolvendo capacidades de longo alcance e alta precisão para os chamados ataques preventivos incapacitantes, incluindo o posicionamento avançado de mísseis terrestres de médio e curto alcance. É claro, e os planos dos EUA e de vários de seus aliados de implantar armas no espaço, transformando-o em um ambiente de combate", listou Ryabkov.
Rússia e o cenário global
- Poderio militar
 
A Rússia mantém papel relevante no cenário internacional, sendo considerada um dos principais contrapontos à influência global dos Estados Unidos, tanto na esfera política quanto na econômica. Entre as propostas em avaliação pelo governo russo está a criação de uma moeda comum no âmbito do BRICS, iniciativa que busca reduzir a dependência do dólar nas operações financeiras internacionais.
No campo militar, o país governado por Vladimir Putin figura como a segunda maior potência mundial, com índice de 0,0788 em 2024, conforme dados da Global Firepower, que avaliou 145 países. Os Estados Unidos lideram o ranking, com 0,0744, seguidos por China (0,1184), Índia (0,1184) e Coreia do Sul (0,1656). O Brasil ocupa a 11ª colocação, com pontuação de 0,2415.
A força militar russa também se reflete no conflito na Ucrânia, onde o país mantém vantagem em meio às dificuldades enfrentadas por Estados Unidos e Europa para fornecer apoio mais efetivo ao governo ucraniano.
- Petróleo
 
Na produção mundial de petróleo, os EUA ficam em primeiro, com 13,6 milhões, seguidos por Arábia Saudita (9,9 milhões) e pela Rússia (9,7 milhões). Na sequência apareceram Canadá (4,8 milhões), China (4,4 milhões) e Iraque (3,8 milhões). Os dados sobre a produção de cada país foram divulgados na plataforma Trading Economics. O Brasil ocupa a sétima posição (3,9 milhões), mas pode chegar a 5 milhões de barris diários até 2030.
As estatísticas da plataforma fizeram referência à produção de petróleo por um país. Quando o critério é “reserva de petróleo”, a Venezuela ficou em primeiro lugar em 2024 (300,9 bilhões de barris), seguida por Arábia Saudita (266,5 bilhões de barris) e pelo Canadá (169,7 bilhões de barris), apontou o site World Atlas.
A sequência da lista foi ocupada pelo seguintes países: Irã (157,8 bilhões de barris), Iraque (150 bilhões), Rússia (103,2 bilhões), Kuwait (101,5 bilhões), Emirados Árabes (97,8 bilhões), EUA (48,5 bilhões), e Líbia (48,4 bilhões). O Brasil ficou na 15ª posição, com 16,2 bilhões de barris, o que representou aproximadamente 1% das reservas globais.
Guerra na Ucrânia
Atualmente, a Rússia e a Ucrânia estão em guerra. O governo russo é contra a entrada dos ucranianos na OTAN. Desde o início da operação militar especial em 2022, as Forças Armadas da Rússia afirmam ter neutralizado uma ampla gama de equipamentos militares pertencentes ao lado ucraniano, segundo dados divulgados pela agência Sputnik.
De acordo com o relatório, foram destruídos 667 aviões e 283 helicópteros, além de 91.466 drones utilizados em operações de reconhecimento e ataque. O balanço também aponta a eliminação de 633 sistemas de defesa antiaérea e 25.602 tanques e veículos blindados de combate.
Outros números incluem a destruição de 1.605 lançadores múltiplos de foguetes, 30.683 peças de artilharia e morteiros e 44.481 veículos militares especiais, evidenciando, segundo o levantamento, a dimensão do confronto em curso.
No contexto atual, representantes dos governos Donald Trump (EUA) e Vladimir Putin (Rússia) fazem negociações para que os dois presidentes tenham uma conversa, ainda sem data definida.
Composição da OTAN
Confira abaixo os 32 países que são membros da organização, nascida em 1949 e atualmente sediada em Bruxelas, capital berga:
- Albânia (2009)
 - Alemanha (1955)
 - Bélgica (1949)
 - Bulgária (2004)
 - Canadá (1949)
 - Croácia (2009)
 - Chéquia / República Tcheca (1999)
 - Dinamarca (1949)
 - Eslováquia (2004)
 - Eslovênia (2004)
 - Espanha (1982)
 - Estados Unidos (1949)
 - Estônia (2004)
 - Finlândia (2023)
 - França (1949)
 - Grécia (1952)
 - Hungria (1999)
 - Islândia (1949)
 - Itália (1949)
 - Letônia (2004)
 - Lituânia (2004)
 - Luxemburgo (1949)
 - Montenegro (2017)
 - Macedônia do Norte (2020)
 - Noruega (1949)
 - Países Baixos (1949)
 - Polônia (1999)
 - Portugal (1949)
 - Reino Unido (1949)
 - Romênia (2004)
 - Suécia (2024)
 - Turquia (1952)
 

