HOME > Mundo

“Quem defende Trump deve ser denunciado como traidor do País”, diz Elias Jabbour

O analista afirma que o acordo entre EUA e UE foi “humilhante” para os europeus

Elias Jabbour (Foto: Reprodução/YouTube/Podcast 3 irmãos)

247 - O geógrafo e analista político Elias Jabbour, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), fez duras críticas à postura dos Estados Unidos em relação ao Brasil e à Europa no atual cenário comercial global. Em publicação nesta segunda-feira (28), Jabbour defendeu uma reação firme da sociedade brasileira contra aqueles que apoiam o presidente norte-americano Donald Trump, responsável por impor uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras.

“Quem defende Trump contra o Brasil deve ser denunciado enquanto traidor do país”, escreveu o professor, em mensagem contundente sobre o que considera um ataque direto aos interesses nacionais.

As declarações foram publicadas nas redes sociais do analista, e refletem sua avaliação do novo acordo firmado entre os Estados Unidos e a União Europeia. Segundo Jabbour, o bloco europeu aceitou condições humilhantes ao negociar com Washington: a proibição de impor tarifas contra os EUA e a exigência de realizar investimentos bilionários em território americano. “A Europa chegou a um acordo de tarifas com os EUA. O enquadramento europeu foi humilhante com direito a proibição de tarifas aos EUA e ordem de investir R$ 600 bilhões em território estadunidense”, destacou.

Para o Brasil, o cenário é ainda mais duro. De acordo com Jabbour, o país foi isolado com tarifas que beiram o caráter de sanções e está sendo pressionado a se afastar de parcerias estratégicas como os BRICS. “O Brasil foi isolado com tarifas que se aproximam de verdadeiras sanções. Busca-se o isolamento do Brasil dos BRICS e um corretivo imperial típico da Guerra Fria”, declarou.

Por fim, o geógrafo ironizou o discurso liberal que, segundo ele, se aplica seletivamente quando se trata dos interesses dos países centrais. “Livre mercado no dos outros é refresco”, resumiu.

 

Artigos Relacionados