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      Negociações comerciais entre China e EUA são ‘profundas, francas e construtivas’, diz representante comercial chinês

      Autoridades dos dois países destacam importância de manter laços econômicos estáveis e afirmam progressos nas negociações

      (Foto: CGTN)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Em mais uma tentativa de estabilizar as relações econômicas entre as duas maiores potências do mundo, representantes comerciais da China e dos Estados Unidos realizaram uma nova rodada de negociações em Estocolmo, na Suécia. Segundo informações divulgadas pela Agência de Notícias Xinhua, o diálogo foi classificado como “profundo, franco e construtivo” por Li Chenggang, representante de comércio internacional da China no Ministério do Comércio e vice-ministro do setor.

      Li falou à imprensa na terça-feira (29), logo após o encerramento das conversas, destacando que ambas as delegações revisaram a implementação dos consensos alcançados nas reuniões anteriores realizadas em Genebra e Londres. “Demos total afirmação ao progresso alcançado”, afirmou o vice-ministro, sinalizando continuidade no processo de cooperação bilateral.

      De acordo com o Global Times, um dos temas centrais discutidos foi a extensão da suspensão de 24% nas tarifas recíprocas impostas pelos EUA, bem como as contramedidas adotadas pela China. “Ambos os lados estão plenamente cientes da importância de salvaguardar laços econômicos estáveis e sólidos entre China e Estados Unidos”, frisou Li.

      Durante os encontros, os representantes também discutiram preocupações comerciais e econômicas sensíveis para ambas as partes, sinalizando disposição mútua para avançar em áreas de interesse comum. “As equipes econômicas e comerciais da China e dos EUA manterão uma comunicação estreita, conduzirão intercâmbios oportunos e continuarão a promover o desenvolvimento estável e saudável das relações econômicas e comerciais bilaterais”, declarou o vice-ministro, segundo a Xinhua.

      O contexto dessas negociações é marcado por um cenário internacional de instabilidade, no qual a interdependência entre as economias americana e chinesa segue sendo um dos pilares do comércio global. Mesmo com a política externa mais agressiva adotada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o canal de diálogo técnico permanece ativo — o que, para observadores internacionais, é um sinal positivo diante das tensões geopolíticas recentes.

      As tratativas em Estocolmo não resultaram em anúncios concretos ou mudanças tarifárias imediatas, mas sinalizam uma intenção política de continuidade nas conversações. Ao reiterar o compromisso com a estabilidade econômica bilateral, as duas potências tentam evitar novos ciclos de escalada comercial, como os observados durante os primeiros anos do governo Trump.

      Analistas chineses veem com cautela os desdobramentos do encontro, avaliando que, embora haja gestos de boa vontade, os desafios estruturais nas relações sino-americanas permanecem relevantes, especialmente diante das eleições presidenciais nos EUA e da postura protecionista de Washington.

      A próxima rodada de conversas ainda não tem data oficial anunciada, mas fontes próximas aos negociadores indicam que novos encontros devem ocorrer nos próximos meses, em fóruns multilaterais ou diretamente entre as delegações.

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