“Ambos os lados continuarão a promover a pausa tarifária”, diz China sobre acordo com os EUA
Moratória sobre aumento de tarifas é mantida após nova rodada de negociações em Estocolmo, mas duração da suspensão não foi definida
247 - Em matéria publicada nesta terça-feira (29) pela agência Sputnik, o governo da China anunciou que chegou a um novo entendimento com os Estados Unidos para prorrogar a suspensão mútua de aumentos tarifários. O acordo foi fechado após dois dias de negociações em Estocolmo, na Suécia, marcando a terceira rodada de consultas comerciais de alto nível entre os dois países.
“De acordo com o consenso entre China e EUA, ambos os lados continuarão a promover a extensão da pausa sobre a parte de 24% das tarifas recíprocas do lado dos EUA, bem como das contramedidas do lado chinês”, afirmou o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, em declaração citada pelo jornal South China Morning Post.
Embora os termos do acordo tenham sido alinhados entre as partes, a duração exata da extensão da moratória ainda não foi oficialmente divulgada. Fontes ouvidas pelo SCMP durante o fim de semana indicaram que estaria em negociação um congelamento tarifário de três meses.
Guerra tarifária sob Trump
O atual impasse tem raízes na guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está em seu segundo mandato. Em fevereiro, Trump determinou a aplicação de tarifas de 10% sobre todos os produtos chineses importados, elevando esse percentual para 20% em março. A China respondeu com medidas equivalentes, desencadeando uma escalada que levou os EUA a taxarem produtos chineses em até 145%, enquanto Pequim impôs tarifas de até 125% sobre as exportações norte-americanas.
No entanto, em maio, as duas potências concordaram em reduzir as tarifas para 10% por um período inicial de 90 dias, a partir de 14 de maio. Com isso, as importações norte-americanas de produtos chineses passaram a ser tarifadas em 30%, enquanto os EUA enfrentam uma alíquota de 10% sobre os bens exportados para a China.
A extensão da trégua indica uma tentativa de estabilizar a relação comercial entre as duas maiores economias do mundo, embora persistam divergências significativas sobre propriedade intelectual, acesso a mercados e segurança tecnológica.
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