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Musk processa Apple e OpenAI e acusa acordo de sufocar concorrência em IA

Ação de X e xAI pede bilhões e afirma que integração do ChatGPT ao iPhone cria vantagem indevida; Apple diz que a App Store é “justa e sem viés”

Elon Musk (Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters)

247 - Elon Musk abriu um processo nesta segunda-feira (25) contra a Apple e a OpenAI, acusando as duas empresas de terem firmado um arranjo que distorce a concorrência no setor de inteligência artificial. A denúncia foi revelada pela Bloomberg, que detalhou a ação protocolada no tribunal federal de Fort Worth, no Texas, em nome da X Corp. e da xAI, companhias ligadas a Musk. O bilionário pede indenizações bilionárias e medidas para suspender a parceria entre Apple e OpenAI.

De acordo com a reportagem, os advogados de Musk alegam que o acordo “tornou o ChatGPT o único chatbot de IA generativa integrado ao iPhone” e que Apple e OpenAI “fecharam mercados para manter seus monopólios e impedir que inovadores como X e xAI competissem”. Em resposta, a OpenAI classificou a iniciativa como perseguição: “Esta nova petição é consistente com o padrão contínuo de assédio do sr. Musk”. Já a Apple afirmou que a App Store “foi criada para ser justa e sem viés”, negando qualquer favorecimento.

Um embate de gigantes

A disputa coloca frente a frente o homem mais rico do planeta e uma das empresas mais valiosas do mundo. Musk trava um litígio que reacende sua histórica rixa com Sam Altman, hoje CEO da OpenAI, com quem fundou a organização em 2015 antes de uma ruptura marcada por divergências estratégicas. O processo amplia ainda as pressões regulatórias sobre a Apple, que já enfrenta ações do Departamento de Justiça dos EUA acusando-a de monopolizar o mercado de smartphones ao restringir o acesso de rivais a recursos do iPhone.

Exclusividade contestada

No centro da queixa está a decisão da Apple de integrar o ChatGPT ao Apple Intelligence, pacote de recursos de IA no iPhone. Musk alega que a medida suprime a inovação em “super apps” — plataformas multifuncionais como a X, que poderiam substituir funções nativas do smartphone. Contudo, executivos da Apple já declararam em depoimento que a parceria com a OpenAI não é exclusiva e que a empresa pode incorporar outros modelos de IA, como os desenvolvidos pela Perplexity ou Anthropic, inclusive em serviços como o Safari.

A narrativa de cada lado

A Apple reforça que seu sistema de distribuição de aplicativos se apoia em critérios objetivos, promovendo “milhares de apps por meio de rankings, recomendações algorítmicas e listas curadas”. A OpenAI, por sua vez, insiste que não há qualquer conluio e que a presença no iPhone é resposta direta ao interesse dos usuários por ferramentas de inteligência artificial.

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