‘Mentira de Netanyahu’: Hamas denuncia farsa israelense sobre retirada de tropas de Gaza
Grupo afirma que Israel mantém ataques contra civis e acusa o governo de Benjamin Netanyahu de tentar enganar a opinião pública internacional
247 – O Hamas acusou neste sábado (4) o governo israelense de mentir ao afirmar que estaria reduzindo suas operações militares na Faixa de Gaza. A denúncia foi divulgada em um comunicado oficial do grupo, repercutido pela RT Brasil, em que a organização descreve como “farsa” a narrativa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre uma suposta retração das ações de guerra.
Segundo o texto, “a mentira de Netanyahu” é desmentida pela continuidade dos bombardeios e dos massacres contra a população palestina. “O exército de ocupação sionista continua cometendo seus crimes e massacres horrendos contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza, enquanto os ataques brutais desde as primeiras horas da manhã resultaram na morte de 70 pessoas, incluindo crianças e mulheres”, afirma o comunicado.
O Hamas ressaltou que “essa escalada sangrenta contínua expõe as mentiras do governo do criminoso de guerra Netanyahu sobre a redução das operações militares contra civis indefesos”. O grupo também reiterou o apelo à comunidade internacional e aos países árabes e islâmicos para que “assumam suas responsabilidades legais e humanitárias, atuem com urgência para proteger e prestar socorro ao nosso povo e exerçam toda pressão possível para deter o genocídio e a fome que vêm sendo impostos contra a Faixa de Gaza há dois anos”.
Na nota, o movimento islâmico ainda faz um apelo à mobilização global: “Os povos livres do mundo devem intensificar as ações de solidariedade com o povo palestino e pressionar a ocupação a cessar sua agressão e os crimes de genocídio e fome contra Gaza”.
A guerra em Gaza, que já dura mais de um ano, tem provocado uma catástrofe humanitária sem precedentes, com milhares de mortos e uma crise alimentar crescente. Mesmo diante das pressões internacionais por um cessar-fogo, Israel mantém suas operações, sob o comando do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, enquanto acusações de crimes de guerra e genocídio continuam sendo alvo de investigações e denúncias em fóruns internacionais.