Mãe palestina luta para salvar filha doente após ter dois gêmeos assassinados por Israel
Tragédia pessoal expõe o genocídio e holocausto praticados por Israel contra o povo palestino, comandados pelo criminoso de guerra Benjamin Netanyahu
247 – A dor de Nancy Abu Matroud, jovem palestina de 22 anos, é um retrato brutal do genocídio em curso na Faixa de Gaza. Em entrevista à Reuters, ela relatou como, ao fugir dos bombardeios ordenados pelo regime de Benjamin Netanyahu, entrou em trabalho de parto no meio da fuga. Seus gêmeos nasceram prematuros e morreram por falta de assistência médica, consequência direta da destruição dos hospitais promovida por Israel.
“Estamos apenas pedindo por um abrigo. Não quero perder a filha que ainda tenho”, declarou Nancy, que hoje luta para salvar a pequena Etra, de dois anos, paciente de câncer privada de tratamento após o fechamento do hospital infantil de Gaza City.
A rotina de horror do holocausto em Gaza
A família caminhou por três dias em meio à ofensiva israelense. Nancy chegou à região central de Gaza com fortes dores, perdeu líquido e entrou em trabalho de parto. Um dos gêmeos morreu logo após o nascimento no Hospital Al-Awda, em Nuseirat. O outro foi levado para o setor de neonatologia do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, mas não resistiu.
Sem incubadoras, ventiladores ou medicamentos, a rede hospitalar de Gaza está em colapso. Segundo Jonathan Crickx, porta-voz da UNICEF na Palestina, “há um aumento no número de bebês que nascem prematuros, mas o equipamento necessário para salvá-los não existe em quantidade suficiente na Faixa de Gaza”.
O testemunho do pai e a fome imposta a Gaza
Enquanto cozinha grãos em uma lata improvisada para alimentar a filha doente, o pai, Faraj al-Ghalayini, denuncia: “Qual é a nossa culpa? Qual é a culpa de nossas crianças? Deus me deu uma filha e eu esperava ansiosamente pelos dois gêmeos. Agora não sei o que será dela”.
O genocídio e o bloqueio de alimentos transformaram Gaza em uma terra de fome e desespero. Segundo o monitor global IPC, a fome foi declarada em Gaza City em agosto, antes da ofensiva terrestre de Israel. Apenas 14 dos 35 hospitais ainda funcionam, e mesmo assim de forma precária.
Uma infância roubada pelo genocídio
Nancy ainda sofre a ausência de outro filho, de quatro anos, desaparecido desde o início do massacre. Hoje, ela carrega a dor de sepultar gêmeos recém-nascidos, assassinados indiretamente pelo colapso médico provocado pelas forças de Netanyahu, que transforma a Faixa de Gaza em um campo de extermínio.
“Dei nome aos dois: Mahmoud e Farida”, contou a jovem mãe, marcada pela dor irreparável.
A história de Nancy é apenas uma entre milhares. Cada relato reafirma que não se trata de uma guerra, mas de um genocídio sistemático, um verdadeiro holocausto contra o povo palestino, conduzido pelo criminoso de guerra Benjamin Netanyahu.