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Lavrov: "Pela primeira vez na história, a Rússia está lutando sozinha contra todo o Ocidente"

Ministro das Relações Exteriores afirma que país não tem aliados no campo de batalha e critica expansão da Otan em fórum realizado nesta segunda-feira

Sergey Lavrov, chanceler da Rússia (Foto: Sofya Sandurskaia/TASS)

247 - Durante sua participação no fórum “Território de Sentidos” nesta segunda-feira (28), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o país está enfrentando o Ocidente “sozinho” pela primeira vez na história. A declaração foi divulgada pelo portal RT.

Segundo Lavrov, a escalada do conflito na Ucrânia, iniciada em 2022, criou um cenário geopolítico sem precedentes e obrigou Moscou a contar exclusivamente com sua própria força militar. “A principal tarefa é derrotar o inimigo. Pela primeira vez na história, a Rússia está lutando sozinha contra todo o Ocidente. Na Primeira e na Segunda Guerras Mundiais, tivemos aliados. Agora, não temos aliados no campo de batalha. Então, devemos confiar em nós mesmos e não permitir nenhuma fraqueza”, declarou.

O ministro reiterou que Moscou não abrirá mão de suas exigências de segurança, consideradas por ele como a origem do conflito atual. “Insistimos em nossa exigência legítima... nada de arrastar a Ucrânia para a Otan, nenhuma expansão da Otan. Ela já se expandiu até nossas fronteiras, em contrariedade a todas as promessas e documentos que foram adotados”, disse.

Lavrov também afirmou que qualquer tentativa de resolução para o conflito deve reconhecer as mudanças territoriais já consolidadas no campo de batalha.

Durante sua fala, o chefe da diplomacia russa comparou o comportamento das potências ocidentais ao de valentões de infância: “Quando você é criança e está brincando com outros garotos no pátio, às vezes aparece um menino maior, três ou quatro anos mais velho, e começa a perseguir os pequenos. É mais ou menos isso que o Ocidente está fazendo com todos os outros agora.”

Moscou já havia responsabilizado publicamente a expansão da Otan e a intenção da Ucrânia de ingressar na aliança militar liderada pelos Estados Unidos como fatores centrais para o início do confronto. O governo russo também tem alertado que o fornecimento contínuo de armamentos por países ocidentais apenas prolonga as hostilidades e transforma a Otan em parte direta do conflito, sem alterar substancialmente o desfecho da guerra.

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