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      Lavrov acusa União Europeia de “frenesi militarista” e negligência com problemas internos

      Ministro russo critica foco da UE em defesa e diz que europeus adotam discurso de propaganda para alimentar medo da Rússia

      Sergey Lavrov (Foto: Sergey Savostianov/TASS)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - Durante coletiva em Moscou nesta terça-feira (22), o chanceler russo Sergey Lavrov afirmou que a União Europeia mergulhou em um “frenesi” de militarização, ignorando problemas internos graves como a desindustrialização e as dificuldades sociais. As declarações foram feitas após reunião com a ministra das Relações Exteriores de Moçambique, Maria Manuela Lucas, segundo informações da agência RT.

      “A Europa entrou em um frenesi… Estão incitando seus povos de todas as formas possíveis, incutindo neles o espírito da propaganda de Goebbels, de que a Rússia é uma ameaça existencial, de que a Rússia está prestes a atacar a Europa. Com isso, dizem que é preciso esquecer os problemas sociais, os fracassos econômicos e o processo de desindustrialização observado na Alemanha e em outros países europeus”, criticou Lavrov.

      O ministro das Relações Exteriores russo também apontou o que considera ser uma má compreensão dos fatos históricos por parte dos europeus. “As lições da história foram mal aprendidas pelas gerações atuais de alemães, franceses e de outros países do continente”, afirmou.

      Críticas ao orçamento da UE e apoio à Ucrânia

      A crítica de Lavrov ocorreu dias após a Comissão Europeia apresentar um orçamento histórico de € 2 trilhões para o período de 2028 a 2034, um aumento de € 600 bilhões em relação ao ciclo orçamentário anterior. Segundo a proposta, os investimentos em defesa saltariam para € 131 bilhões — um crescimento de cinco vezes — e os recursos para a “facilidade ucraniana”, fundo voltado ao apoio a Kiev, seriam duplicados, chegando a € 100 bilhões em empréstimos e subsídios.

      A proposta já enfrenta resistência dentro do bloco. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, declarou que o projeto orçamentário favorece desproporcionalmente a Ucrânia, enquanto setores essenciais, como a agricultura, sofreriam cortes. “Esse orçamento destruiria a União Europeia. Não acho que ele sobreviverá nem até o ano que vem”, disse Orbán, apostando que o texto sofrerá alterações significativas antes de ser submetido à aprovação dos países-membros.

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