247 – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, classificou como “inaceitável” a pressão de potências estrangeiras sobre a Venezuela. A declaração foi feita durante encontro com o chanceler venezuelano Yván Gil, à margem da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. As informações são da Sputnik Brasil.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov declarou ser “categoricamente inadmissível o uso da pressão de poder contra Estados soberanos como ferramenta de política externa”. Ele também expressou solidariedade à liderança venezuelana diante do que classificou como ameaças externas e tentativas de interferência nos assuntos internos do país.
O chanceler russo reafirmou ainda o “total apoio aos esforços de Caracas para proteger a soberania nacional”. A reunião com Yván Gil foi a 13ª de uma série de conversas bilaterais realizadas por Lavrov durante o mesmo dia, evidenciando a intensidade da agenda diplomática russa.
<h2>Fortalecimento da parceria Moscou-Caracas</h2>
Durante o encontro, os ministros destacaram o caráter estratégico das relações entre Rússia e Venezuela. Ambos concordaram em seguir promovendo o fortalecimento dessa parceria, com ênfase no aprofundamento do diálogo político e na ampliação dos laços comerciais, econômicos, de investimento, científicos e técnicos. Também foi ressaltada a importância da cooperação cultural, humanitária e educacional entre os dois países.
<h2>Contexto de tensão com os Estados Unidos</h2>
A posição russa ocorre em meio ao aumento da retórica hostil de Washington contra Caracas. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou recentemente que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estava preparado para usar “todos os elementos do poder americano” para combater o narcotráfico na região, sem descartar a possibilidade de uma operação militar em território venezuelano.
A declaração foi feita após relatos de que mais de 4 mil fuzileiros navais e marinheiros norte-americanos foram enviados para as águas do Caribe e da América Latina sob o pretexto de combater cartéis de drogas.
O alinhamento entre Moscou e Caracas, portanto, reforça a resistência da Venezuela frente às ameaças externas, ao mesmo tempo em que expõe a crescente rivalidade geopolítica entre a Rússia e os Estados Unidos no continente americano.

Redação Brasil 247

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América Latina

Rússia sai em defesa da Venezuela e Lavrov chama pressão estrangeira sobre Caracas de "inaceitável"

247 – Em entrevista concedida à NBC e repercutida pela Sputnik International, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou que Moscou reconhece Volodymyr Zelensky como o “chefe de fato do regime” ucraniano e, nessa condição, está disposta a dialogar com ele. No entanto, Lavrov ressaltou que, para a assinatura de documentos oficiais, seria necessária uma definição clara de legitimidade, algo que, segundo ele, Zelensky não possui de acordo com a constituição da Ucrânia.
<blockquote>&nbsp;“Nós o reconhecemos como chefe de fato do regime. E, nessa capacidade, estamos prontos para nos reunir com ele. Mas quando chegarmos a uma etapa em que seja preciso assinar documentos, precisaríamos de um entendimento muito claro de todos de que a pessoa que assina é legítima. E, segundo a constituição ucraniana, o senhor Zelensky não é, no momento”, afirmou Lavrov.</blockquote>
<h2>Relação com os Estados Unidos e Trump</h2>
Durante a entrevista, Lavrov também fez comentários sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele disse que “Moscou respeita Trump porque ele defende os interesses dos EUA” e acrescentou que “há razões para acreditar que Trump respeita Putin porque ele defende os interesses da Rússia”.
O chanceler ainda revelou que Putin e Trump discutiram, em encontro realizado no Alasca, “passos práticos e questões sérias relacionadas à segurança”, destacando que Ucrânia e Europa estariam tentando distorcer o conteúdo dessas conversas, em especial no que se refere às garantias de segurança.
<h2>Posições da Rússia sobre a guerra e negociações</h2>
Lavrov reiterou que os objetivos da chamada “operação militar especial” na Ucrânia serão alcançados e que a Rússia não tem interesse em anexar territórios, mas sim em garantir a segurança da população de Donbass e Novorossiya.
Ele também sublinhou que a Rússia nunca mirou deliberadamente alvos que não estivessem ligados às forças armadas ucranianas e criticou o Ocidente por tentar impor garantias de segurança para Kiev em detrimento dos interesses russos.
Sobre a possibilidade de uma reunião entre Putin e Zelensky, Lavrov frisou que o presidente russo só aceitaria um encontro caso houvesse “uma verdadeira agenda presidencial”, considerando “injustificado” realizar reuniões apenas para dar visibilidade midiática ao líder ucraniano.
<h2>Negociações internacionais e impasses</h2>
O ministro confirmou que representantes russos e ucranianos já se reuniram e seguirão se encontrando em Istambul para tratar de questões militares e humanitárias específicas. Porém, destacou que a comunidade europeia, segundo a visão de Moscou, não demonstra interesse em construir um caminho para a paz.
Por fim, Lavrov reforçou que a existência da Ucrânia dependeria do respeito à decisão das regiões que votaram pela independência em referendos organizados sob ocupação russa, e alertou que a presença de capital estrangeiro em fábricas militares ucranianas “não lhes garante imunidade contra possíveis ataques”.

Mundo

Rússia reconhece Zelensky como chefe de fato do regime e admite diálogo com ele

247 – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quinta-feira que a Ucrânia demonstra abertamente não ter interesse em um acordo de paz sustentável com Moscou. A declaração foi publicada pelo portal RT e ocorre em meio a uma série de negociações diplomáticas de alto nível que reuniram o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma cúpula no Alasca, seguida de conversas em Washington com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e líderes europeus.
Segundo Lavrov, houve avanços significativos no encontro entre Putin e Trump, a ponto de a Casa Branca descrever os resultados como “um progresso” e afirmar que “há uma luz no fim do túnel”. No entanto, o chanceler russo ressaltou que as recentes falas de autoridades ucranianas indicam o oposto. “Eles comentam sobre uma possível resolução de maneira muito específica, que mostra que não estão interessados em um acordo justo, sustentável e de longo prazo”, declarou.
<h2>Declarações de Kiev e as críticas de Moscou</h2>
Lavrov destacou uma fala recente de Mikhail Podoliak, um dos principais conselheiros de Zelensky, que admitiu que algumas regiões já estão “de fato” sob controle da Rússia. Ainda assim, segundo Podoliak, a Ucrânia tentará recuperá-las no futuro, após receber garantias de segurança, e pressionará o Ocidente a impor novas sanções contra Moscou para enfraquecer sua economia.
Para o chanceler russo, essa postura revela que a liderança ucraniana, apoiada por seus aliados ocidentais, age em contradição direta aos esforços de Trump e Putin para enfrentar as raízes do conflito. “Em vez de trabalharem por uma solução, Kiev e seus patrocinadores querem agravar as causas ao formar alianças militares anti-Rússia”, criticou Lavrov.
<h2>Acusações contra aliados europeus</h2>
O ministro também acusou os aliados europeus de Kiev de tentar “sabotar” a agenda de paz ao ignorar os interesses da Rússia. Ele disse que a União Europeia defende garantias de segurança a um país que, em suas palavras, “professa valores neonazistas, viola grosseiramente os direitos das minorias nacionais, tenta exterminar legislativamente a língua russa em todas as esferas da vida e proíbe a Igreja Ortodoxa canônica”.
<h2>Defesa da agenda Putin-Trump</h2>
Lavrov concluiu reafirmando a necessidade de avançar com os compromissos definidos entre Moscou e Washington. “Espero que essa imprudência fracasse e continuemos a seguir o curso acordado pelos presidentes Putin e Trump”, declarou o chanceler.

Rio de Janeiro (RJ), 07/07/2025 - O Primeiro ministro, Sergei Lavrov (Rússia), durante abertura da plenária Meio ambiente, COP 30 e saúde global, no BRICS, no Museu da Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ)

Ucrânia não está interessada em paz, afirma Lavrov

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou que o presidente Vladimir Putin estaria disposto a se reunir com o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, desde que as questões centrais ligadas ao conflito entre Moscou e Kiev sejam &nbsp;previamente tratadas em nível técnico. A informação foi publicada pela agência RT nesta quinta-feira (21).
Lavrov destacou que a possibilidade de encontro surgiu após uma sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente conversou com Putin e Zelensky. Trump defendeu a realização de uma reunião direta entre os dois líderes, antecedendo uma eventual cúpula trilateral com sua presença.
<h3>Pressão de Zelensky e condições de Moscou</h3>
Segundo Lavrov, Zelensky tem pressa em se encontrar com Putin porque deseja manter-se no centro das atenções da comunidade internacional. “O presidente russo disse repetidamente que está pronto para se reunir, inclusive com Zelensky, se houver um entendimento de que todas as questões que exigem consideração no mais alto nível foram trabalhadas minuciosamente”, afirmou o chanceler.
O ministro também relembrou que, em 2022, Zelensky chegou a assinar um decreto proibindo negociações diretas com Putin, medida que permanece em vigor. Para Lavrov, a atual postura do presidente ucraniano busca mais visibilidade do que resultados concretos. “Trata-se simplesmente de substituir o trabalho sério, árduo e difícil de concordar com os princípios de uma resolução sustentável da crise... por efeitos especiais e truques no estilo da KVN e da Kvartal 95”, disse, em referência à trajetória de Zelensky como comediante antes da política.
<h3>Apoio de Trump e próximos passos</h3>
O assessor do Kremlin, Yury Ushakov, confirmou que durante uma ligação nesta semana, Putin e Trump apoiaram a continuidade das negociações diretas entre Moscou e Kiev, retomadas em maio em Istambul. Ambos também discutiram a possibilidade de ampliar o nível de autoridades participantes.
Moscou reforça que qualquer acordo só será considerado viável se contemplar as preocupações de segurança da Rússia, além de reconhecer o atual cenário territorial, incluindo a Crimeia e as quatro regiões ucranianas que, em 2022, votaram pela adesão à Federação Russa.

José Reinaldo

Presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) mais tropas russas em solo ucraniano ao fundo

Rússia estabelece condições para Putin se encontrar com Zelensky

247 - O chanceler russo, Sergey Lavrov, declarou nesta quarta-feira (20) que Moscou está pronta para elevar o status de suas negociações de paz com a Ucrânia. A informação foi divulgada pela rede RT.
Segundo Lavrov, a proposta surgiu de uma iniciativa de Putin durante um telefonema com Trump, ocorrido na última segunda-feira. A ligação aconteceu enquanto o líder norte-americano mantinha conversas na Casa Branca com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e chefes de Estado europeus.
<h3>Novo nível de negociações</h3>
Lavrov explicou que o possível “upgrade” das delegações envolveria não apenas representantes técnicos, mas também a inclusão de discussões políticas de alto nível. Ele afirmou que a Rússia propôs a criação de três grupos de trabalho, destinados a tratar de questões políticas, militares e humanitárias ligadas ao conflito.
“Esse novo estatuto das delegações também implicaria a revisão de um bloco separado para abordar os aspectos políticos da resolução, juntamente com questões militares e humanitárias”, declarou o chanceler. No entanto, Lavrov ressaltou que Kiev “até agora não respondeu” à proposta apresentada por Moscou.

Rússia sinaliza disposição para ampliar nível das negociações com Kiev, diz Lavrov

&nbsp;247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguéi Lavrov, declarou nesta quarta-feira (20), em entrevista publicada pela teleSUR, que qualquer tentativa de discutir garantias de segurança para a Ucrânia sem a presença de Moscou é “um caminho a lugar nenhum” e uma “utopia”. O chanceler destacou que seu país não aceitará ser excluído de negociações que envolvem segurança coletiva na Europa e reafirmou que defenderá “com firmeza e rigor” seus interesses nacionais.
Lavrov lembrou que, durante as negociações realizadas em Istambul em 2022, a própria Ucrânia propôs um acordo que incluía sua neutralidade e a presença de todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — entre eles Rússia, China, Estados Unidos, Reino Unido e França — como garantes do pacto. Para o ministro, esse formato é “a única via possível para alcançar uma segurança igual e indivisível entre todas as partes”.
<h3>Críticas à União Europeia e à política dos EUA</h3>
Em sua fala, o chanceler russo também criticou duramente a União Europeia, classificando suas medidas como “bastante torpes e pouco éticas” ao tentar influenciar a posição do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele reforçou que qualquer iniciativa internacional deve incluir a Rússia desde a fase preparatória e revelou que Moscou chegou a propor a Kiev a criação de três grupos de trabalho no âmbito do processo de Istambul, mas não obteve resposta.
As declarações ocorrem no contexto da recente reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump no Alasca, onde os dois presidentes expressaram disposição em buscar uma solução para o conflito. Posteriormente, Trump se reuniu com o presidente ucraniano Volodímir Zelenski e com líderes europeus, em encontros que também abordaram possíveis garantias de segurança para Kiev.
<h3>Debate sobre cessar-fogo e fornecimento de armas</h3>
Ao comentar sobre propostas de cessar-fogo, Lavrov afirmou que a manutenção dos fluxos de armamentos ocidentais à Ucrânia inviabiliza qualquer trégua, caracterizando essa política como “confrontação aberta” liderada por Washington. Segundo ele, sem a suspensão do envio de armas, qualquer proposta de paz é “inconsistente”.
A Casa Branca, por meio de sua secretária de imprensa Carolyn Levitt, respondeu que os Estados Unidos manterão apoio “no ar” como parte de futuras garantias de segurança, mas reiterou a posição de Trump de que não haverá tropas americanas em solo ucraniano.

Luis Mauro Filho

Rússia rejeita debate sobre garantias de segurança à Ucrânia sem sua participação, diz Lavrov

247 – O chanceler russo, Sergey Lavrov, confirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi convidado a visitar a Rússia em meio às discussões sobre um possível acordo de paz para encerrar o conflito na Ucrânia. As informações foram divulgadas pela Sputnik International.
Segundo a agência, a movimentação ocorre no contexto em que Trump demonstra disposição para negociar um acordo amplo de paz, uma postura vista como favorável a Moscou. O analista político suíço Ralph Bosshard declarou à Sputnik que a iniciativa do líder norte-americano “seria uma concessão significativa a Putin”.
<h2>Trump como mediador entre Europa e Rússia</h2>
Bosshard destacou que Trump tem assumido o papel de mediador entre a Rússia e os europeus, inclusive a própria Ucrânia, e não como um aliado incondicional de Kiev ou de Bruxelas. “O telefonema entre Trump e Putin, durante a reunião do presidente norte-americano com Zelensky e líderes europeus, mostra claramente como Trump se vê: como mediador entre a Rússia e os europeus, e não como aliado deles”, afirmou.
O analista também ressaltou que a estratégia de Trump difere radicalmente das políticas anteriores de Washington. “O método de Trump, de conversas diretas com chefes de Estado e de governo, contrasta fortemente com a estratégia anterior de isolar a Rússia. Essa estratégia nunca funcionou. Agora, líderes europeus tiveram de fazer uma ‘peregrinação’ a Washington para ouvir exatamente isso”, disse Bosshard.
<h2>O futuro de Zelensky e a posição da OTAN</h2>
Em suas declarações, o especialista suíço sugeriu que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky enfrenta um cenário desfavorável. Segundo ele, caso eleições presidenciais ocorram, Zelensky deverá deixar o poder. “Ele está em uma posição fraca porque está perdendo território todos os dias. Se não agir rápido, a retirada da região noroeste de Donetsk se tornará inevitável”, avaliou.
Bosshard também afirmou que a possibilidade de adesão da Ucrânia à OTAN está “fora da mesa”, o que representa o atendimento de uma das principais exigências da Rússia. Nesse contexto, a Aliança Atlântica tenta reposicionar sua relevância. “Rutte consegue um pequeno ganho, já que agora pode apresentar a OTAN como provedora de garantias de segurança, justificando sua existência, apesar da derrota que sofreu de fato”, concluiu o analista.
O convite de Lavrov a Trump e a análise de especialistas europeus indicam uma mudança significativa na dinâmica do conflito ucraniano e na geopolítica internacional. Enquanto os Estados Unidos sinalizam abertura para um acordo direto com Moscou, a União Europeia e a OTAN enfrentam a necessidade de redefinir seu papel em meio a um possível novo equilíbrio de forças.

Trump é convidado a visitar a Rússia, confirma chanceler Lavrov

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, desembarcou nesta sexta-feira (15) na base aérea Elmendorf-Richardson, no Alasca, para participar do histórico encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O chanceler chamou atenção logo na chegada: vestia um moletom e uma camiseta estampados com as letras “CCCP” — sigla em alfabeto cirílico para Soyuz Sovetskikh Sotsialisticheskikh Respublik (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS).
A escolha da vestimenta carrega forte simbolismo histórico. A União Soviética, dissolvida em 1991, foi o núcleo do bloco socialista durante a Guerra Fria, rival direto dos Estados Unidos. A sigla “CCCP” foi amplamente utilizada em uniformes, bandeiras e símbolos oficiais soviéticos, permanecendo até hoje como um ícone político e cultural associado à antiga potência.
Segundo a agência Sputnik Brasil, a reunião está marcada para as 16h30 (horário de Brasília) e ocorre em meio a grande expectativa internacional. A pauta principal será a operação militar russa na Ucrânia, com discussões sobre um possível cessar-fogo no leste europeu. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, adiantou que “não haverá assinatura de acordo neste primeiro encontro”, mas que o objetivo é alinhar termos e preparar terreno para rodadas posteriores.
Na véspera, Trump declarou a jornalistas na Casa Branca que espera realizar uma segunda reunião, desta vez com a participação do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky.
<h2>Delegações e formato</h2>
A delegação russa inclui altos integrantes do governo, como o ministro da Defesa, Andrei Belousov, o ministro das Finanças, Anton Siluanov, e o enviado especial do Kremlin, Kirill Dmitriev, além de Lavrov. Ao término das conversas, está prevista uma coletiva de imprensa conjunta, embora o horário não esteja definido, já que a agenda poderá se estender devido à complexidade dos temas.
O encontro no Alasca é visto como um dos mais relevantes na diplomacia recente, não apenas pelo peso das lideranças presentes, mas também pelo simbolismo que permeia cada gesto — inclusive a escolha da camiseta de Lavrov, que, para muitos analistas, pode ser interpretada como um recado calculado no tabuleiro geopolítico.
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Laís Gouveia

Lavrov desembarca no Alasca usando camisa da União Soviética (vídeo)

247 - Durante sua participação no fórum “Território de Sentidos” nesta segunda-feira (28), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o país está enfrentando o Ocidente “sozinho” pela primeira vez na história. A declaração foi divulgada pelo portal RT.
Segundo Lavrov, a escalada do conflito na Ucrânia, iniciada em 2022, criou um cenário geopolítico sem precedentes e obrigou Moscou a contar exclusivamente com sua própria força militar. “A principal tarefa é derrotar o inimigo. Pela primeira vez na história, a Rússia está lutando sozinha contra todo o Ocidente. Na Primeira e na Segunda Guerras Mundiais, tivemos aliados. Agora, não temos aliados no campo de batalha. Então, devemos confiar em nós mesmos e não permitir nenhuma fraqueza”, declarou.
O ministro reiterou que Moscou não abrirá mão de suas exigências de segurança, consideradas por ele como a origem do conflito atual. “Insistimos em nossa exigência legítima... nada de arrastar a Ucrânia para a Otan, nenhuma expansão da Otan. Ela já se expandiu até nossas fronteiras, em contrariedade a todas as promessas e documentos que foram adotados”, disse.
Lavrov também afirmou que qualquer tentativa de resolução para o conflito deve reconhecer as mudanças territoriais já consolidadas no campo de batalha.
Durante sua fala, o chefe da diplomacia russa comparou o comportamento das potências ocidentais ao de valentões de infância: “Quando você é criança e está brincando com outros garotos no pátio, às vezes aparece um menino maior, três ou quatro anos mais velho, e começa a perseguir os pequenos. É mais ou menos isso que o Ocidente está fazendo com todos os outros agora.”
Moscou já havia responsabilizado publicamente a expansão da Otan e a intenção da Ucrânia de ingressar na aliança militar liderada pelos Estados Unidos como fatores centrais para o início do confronto. O governo russo também tem alertado que o fornecimento contínuo de armamentos por países ocidentais apenas prolonga as hostilidades e transforma a Otan em parte direta do conflito, sem alterar substancialmente o desfecho da guerra.

Lavrov: "Pela primeira vez na história, a Rússia está lutando sozinha contra todo o Ocidente"

247 - O presidente da China, Xi Jinping, recebeu nesta terça-feira (15) o chanceler russo Sergey Lavrov, em Pequim, em uma reunião estratégica que antecede a visita oficial do presidente russo Vladimir Putin ao país. As informações são da agência oficial russa e foram divulgadas também pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Segundo nota oficial da chancelaria russa, Lavrov levou a Xi as “saudações amistosas e os melhores votos” de Vladimir Putin, com quem o líder chinês deverá se reunir em breve, com quem o líder chinês deverá se reunir em breve por ocasião da Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) e das comemorações dos 80 anos da vitória contra o Japão militarista, ainda durante a Segunda Guerra Mundial.
O encontro entre Lavrov e Xi ocorreu no contexto da visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia à China, iniciada no domingo (13), por ocasião da reunião do Conselho de Chanceleres dos Estados-membros da OCX, que ocorre nesta terça-feira na cidade chinesa de Tianjin.
Durante o encontro com o líder chinês, Lavrov discutiu temas da agenda bilateral de alto nível, reafirmando a importância da parceria estratégica entre Moscou e Pequim. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, também foram abordadas “questões atuais da agenda internacional e regional”, em consonância com os crescentes desafios globais.
A diplomacia russa informou ainda que o encontro de chanceleres da OCX tem como objetivo discutir os rumos do desenvolvimento da organização e promover uma troca de visões entre os países-membros sobre os principais temas em destaque no cenário internacional.
Entre os tópicos em debate, estão a situação no Oriente Médio — especialmente após os recentes ataques de Israel e dos Estados Unidos ao Irã —, e a conjuntura no Afeganistão, com ênfase nos esforços para consolidar a estabilidade e fortalecer as estruturas governamentais do país.
A Cúpula da OCX, que deve ocorrer ainda este mês, reunirá chefes de Estado e governo dos países-membros, entre eles Rússia, China, Índia, Paquistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão, além de observadores e parceiros de diálogo da organização, que vem se fortalecendo como uma plataforma alternativa de cooperação multilateral em oposição ao eixo liderado pelos Estados Unidos e pela Otan.
A visita de Vladimir Putin à China deverá marcar um novo momento na cooperação bilateral sino-russa, especialmente em áreas como segurança regional, economia, energia e defesa. Trata-se de mais um passo na consolidação de uma aliança que ambos os lados qualificam como “parceria estratégica abrangente para a nova era”.
O estreitamento dos laços entre Rússia e China tem ganhado maior relevo em meio ao cenário de múltiplas tensões internacionais, com os dois países buscando aprofundar a coordenação política e diplomática para promover um mundo multipolar, baseado na soberania dos Estados e no respeito mútuo.
A próxima visita de Putin à China será acompanhada de perto pela comunidade internacional, não apenas pelos simbolismos históricos das celebrações da vitória de 1945, mas também pelo conteúdo político e diplomático das negociações que podem reforçar o eixo Moscou-Pequim como um dos principais polos de poder global no século 21.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, é recebido pelo Presidente chinês, Xi Jinping

Xi Jinping recebe Sergey Lavrov em Pequim em reunião estratégica

247 - Durante encontro realizado em Pequim com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o chanceler da China, Wang Yi, afirmou que as relações entre os dois países são "as mais estáveis, maduras e estrategicamente valiosas entre os grandes países no mundo de hoje". A declaração foi publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da China e repercutida pela agência Sputnik Brasil nesta segunda-feira (14).
Wang Yi destacou o caráter sólido da cooperação bilateral, celebrando a visita de Lavrov ao país asiático para participar da reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Segundo o chanceler chinês, Moscou e Pequim “sempre trataram e desenvolveram a cooperação em todas as áreas com profundidade histórica, visão estratégica e perspectiva de longo prazo”.
O encontro entre os principais diplomatas das duas potências ocorre em um momento geopolítico sensível, marcado por crescente instabilidade internacional e disputas acirradas entre blocos liderados, de um lado, pelos Estados Unidos, e, de outro, por países como China e Rússia, que reforçam sua parceria estratégica em fóruns multilaterais como a OCX e o BRICS.
Wang Yi reiterou que a prioridade da aliança sino-russa neste momento é a “preparação conjunta para a próxima etapa de contatos de alto nível”, além de aprofundar a cooperação estratégica abrangente e “promover o desenvolvimento e a revitalização de ambos os lados”. Segundo ele, a China está pronta para trabalhar ao lado da Rússia na definição dos rumos futuros da Organização de Cooperação de Xangai e no fortalecimento da colaboração em todas as frentes.
A visita de Lavrov também tem peso simbólico, reforçando o compromisso de ambos os países em defender uma ordem internacional multipolar, baseada no respeito mútuo e no equilíbrio de forças. Essa postura contrasta com a política externa do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem priorizado medidas unilaterais, sanções e demonstrações de força, inclusive no cenário asiático.
O chanceler russo, por sua vez, ressaltou que os dois países compartilham uma visão comum sobre os desafios globais e reafirmou o papel da OCX como plataforma essencial para o diálogo regional e a segurança coletiva. Embora não tenha havido declarações públicas de Lavrov após o encontro, a presença do ministro em Pequim sinaliza a continuidade da coordenação entre Moscou e Pequim diante das tensões internacionais, inclusive no Oriente Médio, Ásia-Pacífico e na Europa Oriental.

Chanceleres de Rússia e China se reúnem em Pequim

Relações China-Rússia são as 'mais estáveis e maduras' do mundo moderno, afirma chanceler chinês

247 - Durante coletiva de imprensa na 17ª cúpula anual do BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, criticou a atuação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em relação ao programa nuclear iraniano. A declaração foi dada nesta segunda-feira (7), conforme reportado pela RT.
Segundo <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Lavrov">Lavrov</a>, a AIEA precisa “assumir responsabilidade” pela avaliação que divulgou sobre o Irã pouco antes dos ataques israelenses ao país. O chanceler destacou que a agência da ONU deve se abster de decisões políticas e manter sua atuação técnica. “A agência deve evitar politizar a questão nuclear e aderir estritamente às responsabilidades que lhe foram atribuídas”, afirmou.
Ele também condenou o teor dos documentos recentes divulgados pela AIEA, que, segundo ele, são distintos dos anteriores e suscetíveis a interpretações equivocadas. “Essas avaliações foram amplamente percebidas como ambíguas. Ao contrário dos relatórios anteriores [da AIEA], elas estão abertas à interpretação, dando a entender que o Irã não está cumprindo suas obrigações de boa-fé”, disse Lavrov, sugerindo que os textos publicados criam dúvidas injustificadas sobre o compromisso do Irã com seus deveres internacionais.

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