Em recado a Macron, EUA rejeitam acusação de genocídio em Gaza

247 - O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Michael Huckabee, causou polêmica ao se pronunciar sobre o conflito em Gaza em uma postagem na rede social X. Segundo ele, o que ocorre na Faixa de Gaza não deve ser classificado como genocídio, contrariando as crescentes denúncias feitas por organizações internacionais de direitos humanos.

Na publicação, Huckabee afirmou que, caso Israel realmente quisesse exterminar a população palestina, isso teria ocorrido em poucas horas. “Se Israel desejasse cometer genocídio em Gaza, teria feito em três horas”, declarou o diplomata, em uma mensagem que vem gerando forte repercussão internacional.

Crítica a Macron e provocação diplomática

Além da defesa explícita de Israel, o embaixador americano direcionou críticas ao presidente da França, Emmanuel Macron. Huckabee sugeriu que, se o líder francês deseja tanto a criação de um Estado palestino, deveria oferecer terras francesas para tal propósito. “Que Macron ceda parte da Riviera Francesa aos palestinos, se ele quer tanto um Estado para eles”, ironizou.

A fala é um ataque direto às recentes manifestações de Macron em favor do reconhecimento da Palestina e de um cessar-fogo imediato em Gaza. 

O comentário do embaixador reforça a linha oficial de defesa de Israel pelo governo americano, que rejeita a tipificação de genocídio para as ações de Israel contra o povo palestrino desde 7 de outubro de 2023.  Ao mesmo tempo, amplia o atrito diplomático com países europeus que defendem medidas mais duras contra Tel Aviv.