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EUA vetam demanda da ONU por cessar-fogo e acesso à ajuda à Faixa de Gaza

A medida exigiria que Israel suspendesse todas as restrições à entrega de ajuda ao enclave palestino

"Gaza está queimando", anunciam os sionistas genocidas (Foto: REUTERS/Amir Cohen)

Reuters - Os Estados Unidos vetaram nesta quinta-feira (18) um projeto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que exigiria um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza.

A medida recebeu 14 votos na ONU e exigiria que Israel suspendesse todas as restrições à entrega de ajuda ao enclave palestino.

O texto, redigido pelos 10 membros eleitos do conselho de 15 membros, também exigiria a libertação imediata, digna e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e outros grupos.

Essa foi a 6ª vez que os EUA usaram o poder de veto no Conselho de Segurança durante a guerra de quase dois anos entre Israel e os militantes palestinos do Hamas.

Entenda a guerra na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.

Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.

Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.

Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

Desde o início da guerra, pelo menos 63 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.

Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.

Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.

Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino. De acordo com a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.

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