Em conversa por telefone com Netanyahu, Putin reafirma 'posição inabalável' da Rússia sobre questão palestina
O presidente russo reafirmou o compromisso de Moscou com a criação de um Estado palestino soberano e abordou temas como o Irã e a Síria
247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (6). O diálogo abordou a situação atual no Oriente Médio e questões regionais sensíveis.
De acordo com informações divulgadas pelo Kremlin e repercutidas pela RT, a conversa incluiu uma análise detalhada do plano apresentado pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza. Durante a ligação, Putin “reafirmou a posição inabalável da Rússia em favor de uma solução abrangente para a questão palestina, baseada nos fundamentos do direito internacional já estabelecidos”.
Compromisso histórico com a causa palestina
A Rússia mantém, há décadas, o apoio à criação de um Estado palestino soberano. Esse posicionamento, segundo Moscou, está alinhado com as resoluções da ONU e o direito internacional. Atualmente, cerca de 80% dos 193 países-membros das Nações Unidas reconhecem oficialmente o Estado da Palestina, reforçando o isolamento diplomático de Israel nesse ponto.
Durante o telefonema, Putin e Netanyahu também discutiram outros temas de relevância regional. Segundo o comunicado oficial, “foi manifestado interesse em buscar soluções de negociação para a situação em torno do programa nuclear iraniano e na continuação da estabilização na Síria”.
Sanções ao Irã e gestos diplomáticos
A conversa ocorre em meio à retomada de sanções contra o Irã por conta de seu programa nuclear, medida adotada apesar das tentativas de mediação diplomática de Rússia e China no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Moscou e Pequim têm defendido o diálogo como caminho para evitar a escalada de tensões no Oriente Médio.
Durante o telefonema, Netanyahu aproveitou para felicitar Putin por seu aniversário, celebrado em 7 de outubro. O líder russo, por sua vez, “parabenizou Benjamin Netanyahu e o povo israelense pela chegada do feriado judaico de Sucot”, segundo o comunicado.
O teor da conversa reforça o papel de Moscou como ator estratégico na região e a continuidade do histórico apoio russo à causa palestina, que remonta à diplomacia soviética e mantém relevância nas negociações internacionais atuais.
