Egito anuncia início de negociações para cessar-fogo em Gaza
Reuniões no Cairo entre Israel e Hamas começarão na segunda-feira e discutirão libertação de reféns e prisioneiros segundo plano apoiado por Trump
247 – O Egito anunciou neste sábado (4) que as negociações de cessar-fogo para encerrar a guerra em Gaza terão início na segunda-feira, com a presença de delegações de Israel e do Hamas no Cairo. Segundo o Haaretz, as conversas serão coordenadas com mediadores internacionais e baseadas na proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Egito informou que as tratativas incluirão “detalhes sobre a libertação dos reféns israelenses e dos prisioneiros palestinos”, conforme o plano delineado por Trump. O governo egípcio declarou esperar que o processo leve “ao fim da guerra e ao término do sofrimento do povo palestino, que já perdura por dois anos completos”.
Proposta americana e expectativa de trégua
De acordo com o Haaretz, Donald Trump afirmou que Israel já aceitou uma “linha inicial de retirada” da Faixa de Gaza e que a trégua começará assim que o Hamas aprovar o acordo. O plano do governo norte-americano prevê uma retirada gradual das tropas israelenses, acompanhada pela libertação simultânea de reféns e prisioneiros.
Fontes diplomáticas citadas pelo jornal israelense indicaram que o Egito, o Catar e os Estados Unidos atuam em conjunto para garantir o sucesso das negociações. A expectativa é que os encontros no Cairo possam estabelecer um cronograma claro para o cessar-fogo e os mecanismos de verificação de cada etapa.
Contexto de dois anos de conflito
O genocídio promovido por Israel em Gaza, iniciada há dois anos, já causou dezenas de milhares de mortes e uma devastação generalizada no território palestino. O Egito, que faz fronteira com a região e desempenha papel crucial na mediação entre Israel e o Hamas, vem insistindo em uma solução diplomática para pôr fim ao conflito.
As negociações que começam na segunda-feira são vistas como uma das últimas oportunidades para um acordo duradouro. Diplomatas ressaltam que, embora ainda haja desconfiança entre as partes, o envolvimento direto de Donald Trump e o apoio egípcio podem representar uma abertura inédita para a paz.