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      Celso Amorim defende BRICS após ameaças tarifárias de Trump e critica interferência dos EUA

      Assessor especial classificou a interferência de Trump nos assuntos internos brasileiros como sem precedentes

      Celso Amorim (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - O Brasil reafirmou seu compromisso com o BRICS, mesmo diante das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o bloco de ser antiamericano e prometeu tarifas de até 50% contra o país.

      O assessor especial para Assuntos Internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, classificou, em entrevista ao Financial Times, a interferência de Trump nos assuntos internos brasileiros como sem precedentes. Ele afirmou que o presidente dos EUA "estava tentando agir politicamente dentro [do Brasil] em favor de seu amigo [Jair Bolsonaro]", conforme as declarações publicadas neste domingo (27). 

      Embora a China seja o principal parceiro comercial do Brasil, Amorim afirmou que não há interesse em favorecer exclusivamente Pequim e que o BRICS não tem cunho ideológico.

      Amorim também pediu que a União Europeia (UE) ratifique rapidamente o tratado comercial com o Mercosul, defendendo que isso traria ganhos econômicos e geopolíticos, mencionando o interesse do Canadá em firmar acordos com o Brasil.

      Para o assessor especial, é preciso lembrar de uma máxima diplomática para compreender a atual circunstância que envolve o Brasil e a polêmica causada por Trump: "Os países não têm amigos, apenas interesses". 

      Pouco depois de vencer as eleições presidenciais nos EUA, em novembro, Trump afirmou que imporia tarifas de 100% aos países do BRICS caso tentassem criar uma moeda alternativa ao “poderoso dólar americano”. Ele alertou que qualquer nação que tentasse abandonar o dólar no comércio internacional estaria “dando adeus à América”. 

      O BRICS inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã, Indonésia e Arábia Saudita. Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã têm cooperado com o bloco como parceiros. (Com informações da Sputnik). 

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