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      Amorim rebate pressão dos EUA e descarta saída do Brasil do BRICS: "não cederemos a chantagens"

      Assessor respondeu a editorial publicado pelo Estadão, que sugeriu que o Brasil deveria reconsiderar sua participação no bloco

      Celso Amorim (Foto: Agência Brasil )
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - Em resposta às recentes pressões dos Estados Unidos e críticas da mídia hegemônica brasileira sobre a permanência do Brasil nos Brics, o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (21) que o país "não vai sair dos Brics". A declaração foi dada em entrevista ao portal O Cafezinho, diante de especulações de que a presença brasileira no grupo estaria alimentando tensões geopolíticas com Washington.

      A fala de Amorim responde diretamente a um editorial publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, que sugeriu que o Brasil deveria reconsiderar sua participação no Brics como forma de se proteger da ofensiva econômica americana. O texto classificou o bloco como instrumento de projeção de poder da China e da Rússia e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por "alinhar o Brasil a autocracias".

      Para Amorim, o editorial do Estadão erra ao legitimar “uma chantagem infame”: a tentativa de condicionar o posicionamento do Brasil na arena internacional à suspensão de processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O diplomata recordou que nem mesmo durante disputas históricas com os EUA, como a construção da usina nuclear com a Alemanha nos anos 1970, o Brasil foi alvo de tamanha arrogância. 

      Rebatendo outro ponto do editorial, Celso Amorim ressaltou que o Brics não é um bloco ideológico, mas um fórum de cooperação entre economias emergentes e países em desenvolvimento. “o bloco inclui países que mantêm excelentes relações com os Estados Unidos, como a Índia e os Emirados Árabes Unidos. Ninguém imaginaria que os Emirados Árabes – que são grandes aliados de Israel e mantêm relações estratégicas com Washington – teriam qualquer animosidade com os Estados Unidos".

      O embaixador também ironizou o comportamento dos EUA sob Trump: ““isso me lembra o bêbado que entra no lado errado de uma via movimentada, e grita indignado: Ué, que loucura é essa! porque todo mundo está andando na contramão?”

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