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      Secretário de Trump diz que tarifaço está mantido e EUA fecharão negociações até sexta

      Secretário do Comércio dos EUA diz que só China e União Europeia poderão ter conversas após o prazo

      Howard Lutnick (Foto: REUTERS/Nathan Howard)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, reafirmou nesta terça-feira (29) que o governo liderado pelo presidente Donald Trump não pretende adiar o início da nova rodada de tarifas comerciais. A imposição das taxas entra em vigor nesta sexta-feira (1) e afeta diversos países, com destaque para o Brasil, que será o mais penalizado.

      A medida foi anunciada previamente por Trump e prevê sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Até agora, não houve avanços nas tratativas entre Brasília e Washington para amenizar os impactos dessa decisão.

      Brasil é principal alvo do tarifaço - O Brasil figura no topo da lista dos países afetados pelas novas tarifas comerciais. Além da sobretaxa, o governo dos EUA também instaurou uma investigação formal — conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio (USTR) — para apurar o que a Casa Branca considera práticas comerciais desleais por parte do Brasil. Entre os pontos citados como problemáticos estão disputas judiciais envolvendo plataformas digitais.

      UE e China são exceções - Lutnick afirmou que apenas a União Europeia e a China continuam em negociações com os EUA. “Mas, para o resto do mundo, teremos tudo pronto até sexta-feira”, declarou o secretário.

      No domingo (27), após encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Edimburgo, Donald Trump anunciou um acordo com o bloco europeu. A tarifa sobre produtos da UE, inicialmente estipulada em 30%, foi reduzida para 15%, a exemplo do que já havia sido feito em relação ao Japão.

      Também no domingo, Lutnick foi categórico: “a nova rodada do tarifaço de Trump entrará mesmo em vigor no dia 1º, sem possibilidade de prorrogação do prazo”.

      No caso da China e da União Europeia, ainda estão sendo discutidas questões específicas, como tarifas sobre aço e alumínio e normas relacionadas a serviços digitais. “Essas negociações têm características próprias”, explicou o secretário.

      Produtos farmacêuticos no centro do debate - Howard Lutnick também revelou que o setor farmacêutico teve papel essencial no acordo com os europeus. Segundo ele, a inclusão desses produtos no pacote tarifário com alíquota reduzida de 15% foi uma exigência da UE.

      “Era importante para eles que os produtos farmacêuticos fizessem parte do acordo com 15%, porque o presidente Trump apresentará nas próximas duas semanas sua política farmacêutica, e ela será mais alta”, afirmou o secretário, sem detalhar o teor da nova política.

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