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      Rui Costa Pimenta: Bolsonaro já está condenado

      Presidente do PCO afirma que julgamento no STF e TSE aponta para retirada de Bolsonaro da disputa eleitoral

      Rui Costa Pimenta e Jair Bolsonaro (Foto: Brasil247 | Alan Santos/PR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em entrevista concedida à TV 247 no dia 15 de agosto, o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, analisou a conjuntura internacional e nacional, abordando temas como a guerra na Ucrânia, a regulação das redes sociais e o futuro político de Jair Bolsonaro. 

      Ao comentar a cúpula marcada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, Rui destacou que não espera acordos concretos, mas uma movimentação política que pode pesar nas negociações em torno do conflito.

      Ele afirmou que “a vitória da Rússia nessa guerra está consolidada”, destacando que “as forças armadas ucranianas e o regime de Zelensky estão se desfazendo” e que “as sanções tiveram efeito muito pequeno”. Segundo Rui, Moscou adotou uma política cautelosa e gradativa, o que fortaleceu sua posição internacional.

      Regulação da internet e caso Felca

      Rui Costa Pimenta também criticou a instrumentalização de casos de exploração de menores para justificar projetos de regulação das redes sociais. Para ele, a ofensiva tem caráter político e visa restringir a liberdade de expressão.

      “É uma política geral do imperialismo de conter a internet, porque a internet é uma coisa muito revolucionária. É difícil conter a disseminação de informação”, declarou.

      Ele comparou as propostas de proibição do uso de celulares e redes sociais por adolescentes a “um projeto nazista, 1984 puro e simples”, acrescentando que “o que as pessoas precisam é de mais informação, não menos informação”.

      O julgamento de Bolsonaro e os planos da burguesia

      Sobre o julgamento de Jair Bolsonaro marcado para setembro, Rui foi categórico: “Na prática ele já está condenado. Para não estar, a crise precisaria aumentar muito”.

      Segundo ele, a burguesia busca retirar Bolsonaro da disputa eleitoral para abrir espaço a um candidato que atenda aos interesses do capital, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “O plano é nem Lula, nem Bolsonaro. Querem torcer o braço dele para que apoie outro nome”, disse.

      Rui ainda alertou que, enquanto cresce a mobilização pela condenação de Bolsonaro, setores do capital financeiro e internacional preparam um “golpe maior” contra os direitos sociais e a soberania nacional, citando como exemplo as políticas de desmonte da Argentina sob Javier Milei.

      Sanções dos EUA e o programa Mais Médicos

      Outro ponto de destaque foi a decisão do governo Trump de suspender o visto do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de sua esposa, em retaliação ao programa Mais Médicos. Para Rui, a medida representa uma tentativa de pressionar o governo Lula e atacar a cooperação com Cuba.

      “O Mais Médicos foi um dos melhores programas do governo Lula. Atacar isso é uma selvageria. Como é que você vai ser contra levar assistência médica para a população pobre?”, questionou.

      A análise de Rui Costa Pimenta reforça sua visão crítica sobre a ofensiva imperialista internacional e sobre os riscos de restrição das liberdades democráticas no Brasil. Para ele, é preciso ampliar o debate público e evitar que crises fabricadas sejam utilizadas como pretexto para golpes contra a soberania nacional e os direitos do povo. Assista:

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