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      Luiz Marinho critica avanço da “pejotização” e defende empregos formais e a CLT

      Em conferência dos bancários em São Paulo, ministro do Trabalho aponta riscos à Previdência e ao FGTS e celebra queda do desemprego a 5,8%

      Luiz Marinho (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu a proteção dos empregos formais e criticou o avanço da “pejotização” na abertura da 27ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada na sexta-feira (22) no Anhembi, em São Paulo. Marinho classificou o tema como uma “queda de braço” central para o futuro do mercado de trabalho e reforçou a importância da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) na garantia de direitos.

      Marinho vinculou a agenda trabalhista à defesa da soberania nacional e apontou que a política econômica do governo tem sustentado a criação de vagas com carteira assinada. “O ministro criticou a pejotização irrestrita e a terceirização, em voga atualmente no mercado de trabalho. “Nós precisamos nos preparar pra uma queda de braço importante, que é o debate da pejotização. A pejotização é mais grave que a terceirização, porque ela pode destruir a Previdência Social e o FGTS, o fundo responsável por financiar políticas públicas importantes, como o Minha Casa, Minha Vida, e investimentos em projetos de desenvolvimento do país pelo BNDES”, alertou.”

      Ao tratar do ambiente político e econômico, Marinho associou a geração de empregos ao fortalecimento da democracia e à estabilidade institucional: “Vamos acreditar no Brasil, vamos acreditar na nossa soberania, nossa democracia e fortalecê-la, porque é pelo debate político que nós podemos transformar o nosso município, o nosso estado e o nosso país. É pela política que o presidente Lula nos dirige e traz emprego crescente a cada mês”, salientou.

      O titular do Trabalho antecipou que os dados do Novo Caged referentes a julho “serão positivo mais uma vez”, mantendo a sequência de resultados favoráveis no emprego formal. Ele também destacou a taxa de desocupação no menor patamar da série histórica recente, de 5,8%. “Já geramos até junho, mais de 1.2 milhão de postos de trabalho, com saldos positivos em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas. E vai continuar crescente”, frisou.

      A defesa de direitos sociais e a proteção às instituições de fomento — como a Previdência e o FGTS — foram apresentadas como pilares para sustentar investimentos em moradia, infraestrutura e desenvolvimento produtivo, a exemplo do Minha Casa, Minha Vida e de projetos via BNDES. Nesse contexto, a “pejotização” foi apontada como vetor de precarização com impacto fiscal e social, por reduzir contribuições que financiam políticas públicas.

      A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, reforçou a pauta trabalhista e criticou medidas que, segundo ela, aprofundaram a precarização: “Estamos organizados aqui para a defesa dos bancos públicos, dos direitos sociais que fazem parte da nossa luta, de um sistema financeiro inclusivo, justo e que dê crédito para o desenvolvimento e para os trabalhadores, e não só para o rentismo”, ressaltou. Ao cumprimentar o ministro, Neiva elencou iniciativas defendidas pela pasta: “Parabenizo o ministro. Nós apoiamos essas políticas. A pauta do trabalho é muito difícil. Atacaram os nossos direitos, fizeram uma reforma trabalhista que diziam gerar muitos empregos. E não gerou. Gerou precarização, pejotização. E por isso nós estamos em uma luta contra a terceirização, contra o fechamento de agências. Precisamos combater os ataques à CLT”, frisou.

      Entre as medidas celebradas pela dirigente sindical, destacam-se o Crédito ao Trabalhador — que busca reduzir juros para empregados —, a crítica à “pejotização” e a Lei da Igualdade Salarial, voltada à equiparação de salários entre mulheres e homens no mercado de trabalho. Para a categoria bancária, a combinação de crédito acessível, regulação do setor e garantia de direitos é vista como condição para um sistema financeiro mais inclusivo.

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