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      Celso Amorim: "somos contra sanções econômicas em qualquer caso"

      Assessor especial do presidente Lula critica pressão dos EUA sobre importações de petróleo russo e reafirma posição contrária a medidas unilaterais

      Celso Amorim (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, afirmou que o governo brasileiro é contra a imposição de sanções econômicas motivadas por relações comerciais entre países. A fala ocorre em meio à crescente pressão dos Estados Unidos sobre Brasil e Índia para que cessem a compra de petróleo da Rússia, em função do prolongamento da guerra na Ucrânia. “Somos contra sanções econômicas em qualquer caso, salvo quando autorizado pelo CSNU (Conselho de Segurança das Nações Unidas), disse Amorim à CNN Brasil. 

      Na quinta-feira (31), parlamentares estadunidenses solicitaram a seus pares brasileiros, durante uma reunião nesta semana, que o Brasil reduza ou suspenda as importações de petróleo russo. A medida seria, segundo os norte-americanos, uma contrapartida para viabilizar uma negociação visando à diminuição das tarifas de 50% atualmente aplicadas pelos EUA ao Brasil.

      A iniciativa integra uma ofensiva diplomática do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para isolar economicamente a Rússia. Desde que assumiu seu segundo mandato, em janeiro de 2025, Trump tem intensificado a retórica contra Moscou, acusando o Kremlin de prolongar deliberadamente o conflito com a Ucrânia e exigindo ações mais duras de aliados e parceiros comerciais.

      Em declaração publicada na rede Truth Social, também na quinta-feira, Trump comentou sobre a aliança entre Rússia e Índia, alegando que Nova Délhi “comprou a grande maioria de seus equipamentos militares e energia da Rússia, o que não era bom”. Ainda assim, tentou minimizar a importância dessas relações para os EUA. “Não me importa o que a Índia faça com a Rússia”, escreveu o republicano, em tom irônico, antes de concluir que “eles podem derrubar suas economias mortas juntos”.

      Reportagem do The New York Times apontou que a Índia seguirá comprando petróleo russo, apesar da pressão e das ameaças de retaliação dos Estados Unidos. Conforme comunicado da Casa Branca, o país asiático foi atingido com tarifas de 25% a partir de 1 de agosto. Trump já sinalizou que novas penalidades poderão ser aplicadas caso as importações da commodity continuem.

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