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      Ministro do Turismo minimiza críticas sobre hospedagens na COP30 e reafirma Belém como sede

      Celso Sabino afirma que abusos são pontuais e diz que o evento será mantido em Belém, apesar de queixas de delegações internacionais

      Celso Sabino (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), rebateu nesta semana as críticas sobre os elevados preços de hospedagem em Belém, cidade que sediará a COP30. A declaração foi dada em meio à crescente insatisfação de representantes internacionais, especialmente de países africanos, quanto ao custo para participação no evento climático, informa a Folha de S. Paulo.

      Sabino, que integra a força-tarefa criada pelo governo federal para lidar com o problema, reconheceu a existência de valores abusivos, mas ressaltou que não se trata de uma prática generalizada. “Existem absurdos, claro, mas não é a regra geral. A regra geral é que teremos quartos de várias faixas de preços, de R$ 300 a R$ 10 mil ou R$ 12 mil a noite em hotéis seis estrelas, para atender a todos os tipos de público”, afirmou o ministro.

      Na semana passada, a insatisfação de algumas delegações chegou ao ponto de levantar a possibilidade de mudança de sede da conferência. Sabino, porém, negou qualquer chance de o evento ser transferido. “Nós estamos trabalhando para que não haja nenhum argumento para tentar dividir ou esvaziar a COP. Fazer em Belém é nosso plano A e fazer em Belém é nosso plano B”, reforçou.

      Uma das ausências já confirmadas foi a do presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, que alegou limitações orçamentárias para não comparecer. Sabino minimizou a decisão: “O presidente não vem, mas haverá uma delegação de ministros da Áustria que virá”.

      Novos leitos e hospedagem alternativa - De acordo com o ministro, milhares de quartos adicionais estarão disponíveis nas próximas semanas, com a entrega de novos hotéis e a chegada de dois navios de cruzeiro que serão ancorados para abrigar visitantes. A medida integra o plano de ampliação da capacidade hoteleira de Belém, impulsionado nos últimos dois anos.

      “Estamos impulsionando há quase dois anos a construção de novos hotéis e a ampliação de leitos. Liberamos através do Fungetur [Fundo Geral do Turismo] R$ 382 milhões para esses fins, recurso que os empresários devolvem a um juro de 8% ao ano, com carência e prazo de pagamento ampliado”, explicou Sabino.

      A plataforma de reservas da COP30, recém-finalizada, deve facilitar o acesso aos leitos e garantir uma parcela de hospedagem com preços mais acessíveis. “Existe um acordo com a rede hoteleira, de ter 10% a 20% dos quartos disponíveis com diária até US$ 300”, afirmou o ministro. “Claro que a demanda está alta, é como o show da Lady Gaga na praia de Copacabana”, comparou.

      Reações internacionais e padrões da COP - Sabino também relativizou o impacto das reclamações internacionais sobre os preços praticados. Segundo ele, a ausência de determinadas delegações em eventos anteriores não é novidade. “Muitas delegações não quiseram ir para as COPs de Dubai, de Baku, de Sharm el Sheikh, por exemplo”, pontuou.

      A sinalização do governo é de que a cidade de Belém está mantida como sede, com reforço na infraestrutura e expansão da rede hoteleira para garantir a recepção de todos os públicos.

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