<p><b>247 - </b>O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou que permanecerá no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo diante do risco de expulsão de seu partido, o União Brasil. A decisão contraria a determinação da legenda, que havia estabelecido prazo até 19 de setembro para que ele deixasse o cargo.</p>
<p>Segundo Malu Gaspar, do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2025/10/ministro-de-lula-sofre-rejeicao-apos-enfrentar-o-proprio-partido-para-ficar-no-governo.ghtml">O Globo</a>, Sabino chegou a entregar uma carta de demissão a Lula em 26 de setembro, mas voltou atrás após receber do presidente a promessa de apoio em sua futura candidatura ao Senado, em 2026. A permanência, no entanto, cobra um preço: sem o União Brasil, o ministro terá de buscar uma nova legenda para concorrer, movimento que encontra resistências no cenário político paraense.</p>
<h2>Disputa com MDB e desafio da vaga ao Senado</h2>
<p>O maior partido de apoio ao governo no Pará, o MDB, já fechou sua chapa para o Senado em 2026. O governador Helder Barbalho, em seu segundo mandato, pretende disputar uma das duas vagas e renunciará em março de 2026 para abrir espaço à vice, Hana Ghassan, que assumirá o comando do estado e buscará a reeleição. A segunda vaga está reservada ao presidente da Assembleia Legislativa, Chicão, também do MDB.</p>
<p>Integrantes do grupo político de Helder Barbalho informaram a Sabino que não há espaço sequer para uma tentativa de reeleição à Câmara dos Deputados. O MDB deve priorizar a candidatura de Jader Filho, ministro das Cidades, que fará sua estreia eleitoral no Pará.</p>
<h2>Alternativa no PSB e impasse interno</h2>
<p>Diante do bloqueio emedebista, Sabino analisa a possibilidade de se filiar ao PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Essa opção, porém, depende do aval do presidente nacional da sigla, o prefeito do Recife, João Campos. A situação é delicada: Campos tem forte ligação com o grupo Barbalho e participou ativamente da campanha de Igor Normando, primo do governador, na disputa pela prefeitura de Belém em 2024.</p>
<p>No entanto, o cenário no Pará é fragmentado. O prefeito de Ananindeua, Doutor Daniel Santos, hoje no PSB, rompeu com Helder Barbalho e surge como opositor ao grupo. Ele derrotou com ampla margem o candidato apoiado pelo MDB em 2024 e poderá usar sua base como contraponto ao domínio da família Barbalho no estado.</p>
<h2>Calendário eleitoral pressiona ministro</h2>
<p>Embora as eleições estejam a um ano de distância, Sabino sabe que o tempo joga contra. A janela para troca partidária sem risco de cassação de mandato abre em menos de seis meses, e as articulações estaduais já estão avançadas. Como as vagas ao Senado são mais restritas que as de deputado federal, cada movimento exige negociações de alto nível.</p>
<p>Enquanto busca um novo partido, o ministro aposta na visibilidade proporcionada por grandes eventos do calendário paraense, como a COP30 em Belém, marcada para novembro, e o Círio de Nazaré, que acontece neste mês, para fortalecer seu nome na corrida eleitoral. Além disso, se permanecer no ministério até março, terá controle sobre um volume expressivo de emendas parlamentares, recurso estratégico para consolidar alianças e impulsionar sua pré-campanha.</p>

Guilherme Levorato

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Brasil

Sabino tem dificuldade para encontrar partido que banque sua candidatura ao Senado

<p><b>247 -</b> A capital paraense, Belém, inaugura nesta terça-feira (7) o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, considerado o mais diversificado complexo de desenvolvimento tecnológico em bioeconomia florestal do mundo. O projeto é do governo do Pará e conta com o apoio da Ambipar, Fundo Vale e Natura.</p>
<p>“O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia é único no mundo. Trata-se de um legado entregue não apenas à nossa população, mas em escala global. Estamos mostrando que é possível conciliar desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental, ao mesmo tempo em que criamos oportunidades de trabalho, fortalecemos os negócios da floresta e damos protagonismo aos povos tradicionais”, afirmou o governador Helder Barbalho.</p>
<p>Para Fernanda Sossai, diretora de Sustentabilidade da Ambipar, “essa iniciativa está totalmente alinhada à nossa estratégia de sustentabilidade e à agenda global de inovação da companhia, ampliando nosso ecossistema e rede de atuação”.</p>
<p>O parque terá foco em conectar comunidades tradicionais, startups, indústrias e investidores, apoiando mais de 300 negócios de base florestal, fortalecendo cadeias produtivas e estimulando novos produtos amazônicos. Também serão inaugurados um laboratório-fábrica e um centro de negócios para startups.</p>
<p>“O parque será um dos principais legados tangíveis da COP30, funcionando como espaço de encontros temáticos, feiras de bioeconomia e conexão entre startups amazônicas e investidores globais”, conclui Sossai.</p>

Redação Brasil 247

Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia

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Brasil Sustentável

Ambipar apoia parque de bioeconomia em Belém, modelo pioneiro internacional

<p><b>247 - </b>Em entrevista concedida nesta sexta-feira (3) à TV Liberal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou que os investimentos realizados em Belém não se restringem à preparação da COP-30, marcada para 2025, mas fazem parte de um plano de infraestrutura voltado à melhoria da vida dos moradores.</p>
<p>Segundo Lula, a realização da conferência climática foi um estímulo para acelerar obras necessárias na capital, mas o foco principal é a população local. "A gente não pode falar que a gente veio inaugurar obra da COP. A COP é um pretexto para a gente fazer tudo que Belém precisa que seja feito. Estamos fazendo um investimento de praticamente R$ 6 bilhões em Belém. E quando o evento passar, as obras vão ficar. E é o povo que vai tirar proveito das coisas que foram feitas", afirmou.</p>
<h2>Investimentos em saneamento e drenagem</h2>
<p>Entre os projetos destacados pelo presidente, está a drenagem de 14 canais, medida que busca reduzir os históricos alagamentos da cidade. Lula ressaltou ainda a conclusão da maior obra de coleta e tratamento de esgoto do Pará, iniciada em 2008, que deverá beneficiar cerca de 350 mil pessoas.</p>
<p>"Estamos fazendo uma obra de coleta de esgoto que começou em 2008. Vamos inaugurar a maior obra de coleta de esgoto do estado do Pará. Isso não é obra para a COP. É para o povo de Belém, para o estado do Pará", declarou. O presidente explicou que a nova estação de tratamento impedirá que o esgoto continue sendo lançado diretamente nos rios da região. "Agora vai ser coletado, tratado e devolvido ao rio. A natureza e o ser humano."</p>
<h2>Amazônia no centro das atenções</h2>
<p>Lula também justificou a escolha da Amazônia como sede da conferência. Ele afirmou que o evento poderia ter sido realizado em cidades mais preparadas em infraestrutura, como São Paulo ou Rio de Janeiro, mas que a decisão política buscou dar visibilidade à região.</p>
<p>"Por que escolhemos a Amazônia? Porque todo mundo fala, mas ninguém conhece a Amazônia. Eu poderia fazer em São Paulo, no Rio de Janeiro, que estão mais preparados. Mas se a gente não tiver um pouco de coragem, a gente não faz o Brasil crescer de forma equânime", disse.</p>
<p>O presidente elogiou a mobilização dos paraenses para receber visitantes e destacou a hospitalidade local: "O povo do Pará está sendo extraordinário. As pessoas estão saindo das suas casas e alugando as casas para quem quiser vir aqui. Não vai faltar quarto, cama, comida… Eu quero que os gringos venham aqui."</p>
<h2>Cultura, história e legado</h2>
<p>Além da relevância ambiental, Lula ressaltou a importância cultural e histórica do Pará e de sua capital. Ele destacou a diversidade cultural, a culinária regional, os rios amazônicos e a trajetória de lutas pela independência do Brasil.</p>
<p>"O que está acontecendo em Belém são obras para melhorar a qualidade de vida do povo dessa cidade, que é muito sofrido", afirmou o presidente. Para ele, a COP será um marco, mas o verdadeiro legado estará nas melhorias urbanas e sociais permanentes deixadas para a população paraense.</p>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 09/09/2025

COP30

'As obras não são para a COP, são para o povo de Belém', diz Lula

<p><b>247</b> - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou nesta sexta-feira (3) que enfrentou um problema técnico em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) durante agenda no Pará. O incidente ocorreu quando ele se preparava para viajar até a Ilha do Marajó. A declaração foi feita em entrevista à TV Liberal.</p>
<p>Segundo Lula, o defeito foi detectado ainda em solo, o que evitou um risco maior. “Ontem eu fui na matriz, fui agradecer à Nossa Senhora de Nazaré, porque ontem aconteceu um outro problema comigo no avião”, disse.</p>
<h2><b>Problema em solo evitou maiores riscos</b></h2>
<p>De acordo com o presidente, o motor da aeronave apresentou falhas no momento do embarque. Ele destacou que o episódio poderia ter tido consequências mais graves caso tivesse acontecido durante o voo.</p>
<p>“Eu fui pegar o avião para ilha do Marajó e teve um problema no motor do avião, um avião caça da Força Aérea Brasileira (FAB). Eu só tinha que agradecer a Deus porque poderia ter tido um problema quando eu tivesse no ar. E teve quando eu estava em terra, nós tivemos que descer do avião com medo que o avião pegasse fogo”, relatou Lula.</p>
<h2><b>Viagem seguiu em outra aeronave</b></h2>
<p>Após a pane, o presidente foi transferido para outra aeronave, modelo Brasília, com a qual conseguiu prosseguir a viagem. Lula contou ainda que, na mesma noite, fez questão de visitar a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, para agradecer pela proteção.</p>
<p>“Fomos num avião Brasília. Eu fui de noite agradecer a Nossa Senhora”, afirmou.</p>

Otávio Rosso

Lula relata pane em avião da FAB durante viagem ao Pará

<p><b>247 - </b>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta quinta-feira (2) o município de Breves, no arquipélago do Marajó, no Pará, onde participou de inaugurações e anunciou novas medidas voltadas para a população da região. O evento marcou a entrega de unidades escolares e a retomada de obras paralisadas, com forte ênfase em investimentos em educação, água e energia.</p>
<p>A agenda incluiu a inauguração de duas escolas em Breves e uma em Melgaço, além da assinatura de ordens de serviço para mais sete obras educacionais. O pacote integra o Novo PAC e o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, que destinam R$ 34,7 milhões para o arquipélago, somados a outros R$ 126,9 milhões para mais de 100 empreendimentos reativados.</p>
<h2>Compromissos com energia e água potável</h2>
<p>Durante o discurso, Lula destacou a urgência de levar energia elétrica a todas as casas do Marajó. “Quero acabar com qualquer casa que não tenha energia elétrica. Não é possível que as pessoas ainda vivam sob a luz do candeeiro”, afirmou o presidente, pedindo que prefeitos realizem levantamentos para identificar domicílios sem acesso à rede.</p>
<p>O chefe do Executivo também cobrou agilidade da concessionária responsável pelo abastecimento de água. “Quem tem sede, tem pressa. Água para a sobrevivência humana é mais importante do que a comida”, disse Lula, ao lado do governador Helder Barbalho (MDB).</p>
<h2>Universidade federal e expansão da saúde</h2>
<p>Outro destaque da fala presidencial foi o anúncio de apoio à criação de uma universidade federal no arquipélago. “Se você, Camilo, como ministro da Educação, conversando com o companheiro Helder, chegar à conclusão de que a gente precisa fazer uma universidade federal aqui no Marajó, nós vamos fazer”, declarou Lula, em referência ao ministro Camilo Santana.</p>
<p>Na área da saúde, o presidente mencionou a necessidade de ampliar a rede de atendimento especializado. Ele citou a reivindicação local por um hospital com serviço de hemodiálise e relacionou a iniciativa ao programa Agora Tem Especialistas, que pretende reduzir o tempo de espera por consultas médicas. “Nosso objetivo é que nenhuma consulta demore mais que 30 dias”, disse.</p>
<h2>Retomada das obras educacionais</h2>
<p>A visita de Lula também reforçou os avanços do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. Só no Marajó, 115 empreendimentos estão contemplados, entre creches, escolas, quadras cobertas e projetos de ampliação. Ao todo, os investimentos devem beneficiar cerca de 24,6 mil estudantes.</p>
<p>Breves lidera a lista de municípios com maior número de entregas, contabilizando 20 obras concluídas. Curralinho aparece em seguida, com dez inaugurações, seguido por Portel (sete). Outros municípios, como Bagre, celebraram a primeira creche de sua história, entregue neste ano.</p>
<h2>Impacto regional e expansão nacional</h2>
<p>O arquipélago do Marajó foi definido em 2024 como região prioritária para monitoramento educacional pelo Ministério da Educação, dentro do programa FNDE Chegando Junto. A iniciativa garante apoio técnico e fortalece áreas como alimentação escolar, transporte e valorização de profissionais da educação.</p>
<p>Além do Pará, o Amapá integrou a primeira fase do projeto, e, a partir de 2025, Maranhão e Roraima também serão contemplados. O objetivo é ampliar a infraestrutura educacional em áreas historicamente marcadas por baixos índices de desenvolvimento social.</p>
<p>Com a visita ao Marajó, Lula reforçou a mensagem de que a retomada das obras paralisadas e o investimento em serviços essenciais são prioridades do governo federal para reduzir desigualdades históricas na região amazônica.</p>

14.02.2025 - Cerimônia de divulgação dos investimentos do governo federal para a COP30, em Belém-PA

No Marajó, Lula promete investimentos em água e energia e universidade federal

<p><b>247</b> - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira (2), de uma série de inaugurações de escolas e creches no arquipélago do Marajó, no Pará. A agenda oficial incluiu a entrega de unidades de ensino em Breves e Melgaço, além do anúncio de novos investimentos em obras de infraestrutura educacional.</p>
<p>O governo já concluiu mais de 40 empreendimentos na região, com recursos que somam R$ 34,7 milhões do Novo PAC. A visita de Lula foi acompanhada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e reuniu prefeitos e gestores locais para marcar o avanço do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica.</p>
<h2><b>Entregas em Breves e Melgaço</b></h2>
<p>Em Breves, Lula inaugurou a creche Professor Afonso Brito da Cruz, que estava com as obras paralisadas desde 2011. O projeto foi retomado pela atual gestão dentro do Novo PAC, que destinou R$ 126,9 milhões para reativar construções na região. Ainda na cidade, foram entregues duas escolas de ensino fundamental: São Sebastião Rio Limão do Japichaua, na zona rural, e Francisco Chagas da Costa, em Melgaço.</p>
<p>Durante a cerimônia, também foi assinada a ordem de serviço para a retomada de sete obras em Melgaço, com um investimento de R$ 3 milhões. Entre elas, estão duas escolas de duas salas, três escolas de seis salas, uma creche pré-escola e uma quadra coberta com vestiário, beneficiando diretamente centenas de estudantes e suas famílias.</p>
<h2><b>Detalhes dos investimentos</b></h2>
<p>As obras contemplam desde pequenas unidades até complexos educacionais maiores. Entre os destaques estão:</p>
<ul>
  <li>Escola de ensino fundamental Fazenda Laranjal (R$ 208 mil)<br/>
<br/>
</li>
  <li>Escola São Sebastião, comunidade Associação (R$ 140 mil)<br/>
<br/>
</li>
  <li>Escola Bonifácio do Carmo, Vila Pimentel (R$ 600 mil)<br/>
<br/>
</li>
  <li>Escola Jesus é o Caminho, Vila Boa Vista (R$ 483 mil)<br/>
<br/>
</li>
  <li>Creche pré-escola tipo C em Paricatuba (R$ 1,1 milhão)<br/>
<br/>
</li>
  <li>Conclusão da escola Nossa Senhora da Conceição (R$ 255 mil)<br/>
<br/>
</li>
  <li>Quadra escolar coberta em Porto Alegre (R$ 226 mil)<br/>
<br/>
</li>
</ul>
<h2><b>Pacto Nacional e impacto regional</b></h2>
<p>O esforço faz parte do Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, iniciativa voltada a concluir empreendimentos paralisados em todo o país. Ao todo, 3.784 obras receberam manifestação de interesse para retomada, sendo 2.544 aprovadas e 507 já finalizadas.</p>
<p>No Marajó, 115 projetos estão em andamento, incluindo 22 creches, 51 escolas de ensino fundamental e 22 quadras poliesportivas. A expectativa é atender até 24,6 mil estudantes em dois turnos ou 12,3 mil em tempo integral.</p>
<h2><b>Reconhecimento e prioridades</b></h2>
<p>Breves lidera a lista de entregas concluídas no arquipélago, com 20 obras finalizadas. Curralinho aparece em seguida, com dez, e Portel com sete. Bagre inaugurou neste ano a primeira creche de sua história. Em 2024, a região foi selecionada como prioritária para assistência técnica e monitoramento educacional pelo MEC, que atua por meio do projeto FNDE Chegando Junto.</p>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Contagem (MG) - 29 de agosto de 2025

Lula inaugura escolas e creches no Marajó com investimentos do Novo PAC

<p><b>247 - </b>O primeiro leilão de 2025 para suprimento de energia em localidades isoladas da Amazônia contratou nesta sexta-feira (26) soluções com deságio de até 46,8% sobre o preço-teto estipulado. A disputa virtual foi organizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e garantiu abastecimento para seis municípios do Amazonas e do Pará.</p>
<p>De acordo com informações do jornal <i>Valor Econômico</i>, o certame leiloou dois lotes, após a retirada do lote 2 a pedido do Ministério de Minas e Energia. A potência total requisitada era de 18,7 megawatts (MW), mas o resultado superou as expectativas, alcançando mais de 50 MW contratados e prevendo aportes de R$ 310 milhões em novos investimentos.</p>
<h3>Detalhes dos lotes contratados</h3>
<p>O Lote 1, destinado a cinco municípios do Amazonas, foi vencido pela Energias do Acre SPE LTDA. A companhia ofereceu R$ 2.729,70 por megawatt-hora (MWh), com deságio de 22% frente ao teto de R$ 3,5 mil. A solução híbrida prevê cinco unidades geradoras, combinando térmicas a óleo diesel e energia solar, totalizando 20,1 MW. O investimento será de R$ 72,8 milhões, com receita fixa anual de R$ 17,4 milhões. A energia será adquirida pela Amazonas Energia, distribuidora local.</p>
<p>Já o Lote 3, voltado a um município do Pará, ficou com o consórcio IFX-You.On - Sisol, que ofertou R$ 1.593,16 por MWh – queda de 46,8% em relação ao teto de R$ 3 mil. A proposta prevê uma unidade híbrida com diesel e solar, somando 30,1 MW, e investimentos de R$ 240 milhões. A receita fixa anual será de R$ 48,2 milhões, com fornecimento destinado à Equatorial Energia, distribuidora da região.</p>
<p>O início do suprimento está previsto para 2027, com contratos de 15 anos de duração.</p>
<h3>Inovação com fontes renováveis</h3>
<p>O leilão marcou também um avanço regulatório, ao ser o primeiro a exigir participação mínima de 22% de fontes renováveis ou gás natural. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os projetos vencedores apresentaram soluções híbridas com uso de baterias, ampliando a participação das renováveis: 23% no Lote 1 e 80% no Lote 3.</p>
<p>A EPE destacou que o sistema do consórcio vencedor no Pará possui elevada capacidade de armazenamento, o que garante maior estabilidade no uso de energia limpa.</p>
<p>Para Roberto Brandão, diretor técnico científico do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (Gesel), a iniciativa representa um passo importante para reduzir a dependência do diesel na região amazônica. “Estamos queimando combustíveis fósseis muito caros, com uma logística de transporte fluvial muito complicada em uma região sensível como a Amazônia”, afirmou.</p>

Luis Mauro Filho

Leilão da Amazônia reduz custo de energia em até 46%

<p><b>247 -</b> O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou, na segunda-feira (8), novas medidas para reforçar o combate ao desmatamento e aos incêndios florestais no sudeste do Pará. A entrega de equipamentos ocorreu em Altamira, durante evento no Centro de Eventos Vilmar Soa, com a presença de prefeitos, vereadores e gestores ambientais do estado e das cidades contempladas.</p>
<p>A iniciativa integra o Programa União com Municípios, apoiado pelo projeto Floresta+ Amazônia, e tem como objetivo ampliar a governança ambiental e dar condições técnicas para que os municípios atuem de forma mais eficiente contra a degradação florestal. Ao todo, 27 cidades receberam o aporte inicial, que inclui a instalação de escritórios de monitoramento do desmatamento.</p>
<h2>Recursos e equipamentos para os municípios</h2>
<p>Cada prefeitura terá acesso a aproximadamente R$ 700 mil para estruturar os escritórios de governança. O pacote contempla softwares de georreferenciamento, drones, motocicletas, embarcações, veículos utilitários e internet móvel. A medida busca fortalecer a capacidade institucional das administrações locais e oferecer treinamento às equipes técnicas.</p>
<p>De acordo com o diretor de Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, Marcelo Trevisan, o aporte representa um marco na política ambiental do governo federal:</p>
<blockquote>“É um esforço de integração e fortalecimento das gestões locais, garantindo condições para que as prefeituras tenham estrutura e capacidade técnica para monitorar, planejar e agir em seus territórios”.</blockquote>
<p>Ele acrescentou que a criação dos escritórios permitirá maior aproximação entre políticas públicas e gestão municipal:</p>
<blockquote>“Com a instalação dos escritórios de governança, estamos aproximando as políticas públicas do dia a dia da gestão municipal, promovendo soluções que unem desenvolvimento sustentável e conservação da floresta”.</blockquote>
<h2>Programa União com Municípios e retomada do PPCDAm</h2>
<p>Criado em setembro de 2023, o programa União com Municípios é coordenado pelo MMA e faz parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), retomado em junho do mesmo ano após ter sido suspenso na gestão anterior. O plano prevê investimento total de R$ 785 milhões para estimular o desenvolvimento sustentável em 81 cidades consideradas prioritárias no combate ao desmatamento.</p>
<h2>Floresta+ Amazônia e parcerias internacionais</h2>
<p>O projeto Floresta+ Amazônia é uma ação do MMA em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e financiamento do Fundo Verde para o Clima (GCF). A iniciativa incentiva o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e soluções sustentáveis que conciliam conservação da biodiversidade e crescimento econômico local.</p>
<p>Também participam do projeto o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam).</p>
<h2>Municípios beneficiados</h2>
<p>Os 27 municípios contemplados no Pará são: Altamira, Anapu, Bannach, Cumaru do Norte, Dom Eliseu, Itaituba, Itupiranga, Jacareacanga, Marabá, Medicilândia, Moju, Mojuí dos Campos, Novo Progresso, Pacajá, Paragominas, Placas, Portel, Prainha, Rondon do Pará, Rurópolis, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Senador José Porfírio, Trairão, Ulianópolis e Uruará.</p>
<p>A expectativa do governo é que a união entre recursos federais, tecnologia e governança local acelere os esforços para alcançar a meta de desmatamento zero na Amazônia.</p>

Apresentação do Projeto Floresta+ Amazônia

Governo amplia investimentos para combater desmatamento no sudeste do Pará

<p><b>247 - </b>A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (2), a Operação Expertise, segundo informações divulgadas pela Comunicação Social da PF no Pará. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações e contratos públicos, além de lavagem de dinheiro, envolvendo recursos federais destinados à educação e à saúde.</p>
<p>De acordo com a PF, a investigação identificou irregularidades na contratação de empresas por órgãos estaduais e municipais no Pará, utilizando verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS). O esquema criminoso envolveria empresários, servidores públicos e companhias de fachada que, segundo os investigadores, simulavam concorrências e executavam contratos de forma parcial ou fraudulenta.</p>
<p>As apurações apontam que os participantes da organização atuavam no direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços, simulação de serviços e repasses vultosos de verbas públicas. Posteriormente, parte dos valores era sacada em espécie e redistribuída entre os envolvidos. O montante dos contratos suspeitos chega a aproximadamente R$ 198 milhões.</p>
<p>A operação mobilizou 65 policiais federais e seis auditores da CGU. Foram expedidos 18 mandados de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio de ativos de até R$ 198 milhões. Também houve a determinação de prisão preventiva para cinco investigados, monitoramento eletrônico para outro alvo, afastamento de seis servidores públicos e suspensão das atividades de quatro empresas, que ficam proibidas de manter contratos com órgãos públicos no Pará e no município de Marituba.</p>
<p>As diligências foram concentradas em Belém e Marituba, no Pará. Além das prisões e apreensões, a Justiça autorizou o afastamento do sigilo bancário e fiscal de 17 investigados.&nbsp;</p>

Paulo Emilio

Agente da Polícia Federal e servidor da Controladoria-Geral da União

PF e CGU investigam fraudes em licitações e contratos no Pará

<p><b>247 - </b>A 1ª Conferência de Turismo de Curionópolis e Serra Pelada encerrou-se no domingo (31), consolidando um novo capítulo para a região que, nos anos 1980, foi palco do maior garimpo a céu aberto do mundo. Esteve presdente o ministro do Turismo, Celso Sabino, no evento realizado no distrito de Serra Pelada, interior do Pará.</p>
<p>Segundo a publicação, um dos principais resultados do encontro foi a criação do Conselho Municipal de Turismo. A medida tem como objetivo estruturar iniciativas de base comunitária, atrair investimentos e fortalecer o projeto “Nova Rota do Ouro”, que busca transformar o território em referência nacional de turismo histórico, cultural e de aventura. Outro anúncio importante foi a implantação do Museu de Serra Pelada, dedicado à preservação da memória coletiva e da identidade cultural local.</p>
<h2>Resgate histórico e oportunidades para a população</h2>
<p>Celso Sabino ressaltou que a mudança simboliza um novo ciclo para a região, que no passado foi marcada por intensa exploração mineral. “É emocionante ver esse lugar tão emblemático, que já foi sinônimo de exploração dos recursos naturais e humanos, hoje tornar-se um lugar turístico, um lugar de oportunidades de se gerar emprego, renda e dignidade para a população local de forma sustentável, lado a lado com a natureza”, afirmou o ministro.</p>
<p>A prefeita Maria Chamon também destacou a relevância do conselho recém-criado: “A criação do Conselho Municipal de Turismo vai estruturar e dar continuidade às nossas iniciativas de base comunitária, e isso tem um valor imensurável para que nossa população tenha qualidade de vida por meio do turismo”.</p>
<h2>Turismo de aventura e memória cultural</h2>
<p>Durante os dias 30 e 31 de agosto, autoridades, lideranças e representantes do setor discutiram políticas públicas voltadas ao fortalecimento do turismo regional. A programação contemplou práticas de turismo de aventura em meio à natureza e ações voltadas ao resgate da história do garimpo, atraindo visitantes interessados em compreender o passado e vivenciar a cultura da “terra do ouro”.</p>
<p>A expectativa é que a região ganhe ainda mais visibilidade com a realização da COP30, em novembro de 2025, em Belém. O evento internacional deve abrir novas oportunidades para mostrar ao mundo a diversidade do turismo sustentável da Amazônia.</p>
<h2>Nova Rota do Ouro: experiência transformadora</h2>
<p>O roteiro turístico de Serra Pelada, batizado de Nova Rota do Ouro, promete oferecer experiências únicas aos visitantes. Entre os atrativos estão a possibilidade de conhecer de perto a história do garimpo, explorar os rios Araguaia e Tocantins, vivenciar a cultura das comunidades locais e contribuir para um modelo de turismo que gera emprego e renda na região.</p>
<h2>Turismo e agronegócio caminham juntos</h2>
<p>Além da conferência em Curionópolis, Celso Sabino também participou da abertura da EXPOFAC, em Castanhal, principal feira agropecuária do Pará. O evento, realizado pelo Sindicato Rural local, movimentou cerca de R$ 30 milhões em 2024 e busca expandir mercados por meio de inovação tecnológica e modernização da produção rural.</p>
<p>“O turismo e o agro estão juntos”, disse o ministro. “A EXPOFAC vai além dos negócios do campo. É um espaço que conecta o agronegócio, o turismo e a cultura do nosso povo, fortalecendo a economia regional e nacional”.</p>
<p>Com a combinação de história, cultura, natureza e inovação, Serra Pelada desponta como destino emblemático para quem busca turismo sustentável e vivências autênticas na Amazônia.</p>

Conferência em Serra Pelada marca virada histórica para o turismo sustentável no Pará

<p><b>247</b> - Oito homens foram assassinados esta semana em uma área de garimpo ilegal na divisa entre as cidades de Laranjal do Jari, no Amapá, e Almeirim, no Pará. A principal suspeita é de que tenha sido confundido com criminosos que teriam cometido um roubo na região dias antes. Uma pessoa escapou com vida.</p>
<p>De acordo com as investigações, os nove homens saíram do Amapá no último dia 1 para visitar uma área na fronteira entre os estados. Eles deixaram duas caminhonetes em um ponto de apoio e seguiram de barco para o destino final. </p>
<p>Três dias depois, na segunda-feira (4), durante o retorno, eles utilizaram internet via satélite para avisar familiares que estavam a caminho de Laranjal do Jari. Depois a comunicação foi interrompida e não houve mais notícias.</p>

Leonardo Lucena

Meio Ambiente

Chacina: oito homens são assassinados em uma área de garimpo na divisa entre Amapá e Pará

<p><b>Rafael Cardoso, repórter da Agência Brasil -</b> A Defensoria Pública do Pará notificou plataformas de hospedagem para que excluam anúncios de acomodações com preços abusivos nas datas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). O evento ocorre entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém.</p>
<p>Entre as plataformas acionadas estão Booking, Decolar e Airbnb. A ação ocorre em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça, Ministério Público do Pará e Procuradoria Geral do Estado.</p>
<p>Segundo o coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), da Defensoria Pública, Cássio Bitar, a medida se dá pelas denúncias verificadas na internet, com valores de acomodação acima dos observados em outras edições da COP.</p>
<blockquote>“A Defensoria Pública do Pará foi requisitada por movimentos sociais e ouvidorias quanto a questão da hospedagem nesse período da COP 30, especificamente sobre o aumento de preços inviabilizando a participação de representantes da sociedade civil. A partir disso, instauramos o procedimento de tutela coletiva e estamos trabalhando na questão das responsabilidades”, explica o defensor público.</blockquote>
<p>O documento enviado às plataformas de hospedagem recomenda que, no prazo de 10 dias, elas notifiquem hotéis e pousadas que anunciam diárias três vezes ou mais acima da média da alta temporada. A verificação deve ser baseada nos últimos 12 meses.</p>
<p>As plataformas também terão de avaliar o preço das hospedagens com base no valor de mercado, de acordo com a categoria em que elas estão inseridas. O prazo para as empresas ajustarem os preços é de 48 horas. Caso não façam as mudanças, a plataforma deve suspender a publicação.</p>
<p>A Defensoria também recomenda que os consumidores devem ser informados sobre os preços médios de mercado para acomodações semelhantes, para que tenham liberdade de escolha.</p>
<p>A recomendação funciona como um instrumento de diálogo com as grandes plataformas, diz a Defensoria, uma vez que elas têm responsabilidade em relação a conteúdos gerados por terceiros. Nesse sentido, são destacados os recursos extraordinários 1.037.396 e 1.057.258 julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tratam do tema.</p>
<blockquote>“Os órgãos de defesa do consumidor do Pará estão atuando de forma sistemática em várias frentes. A notificação para as plataformas ocorre sem prejuízo das ações de fiscalização desenvolvidas pelo Procon diretamente nos hotéis. Além de campanhas de orientação e educação em direitos voltadas a prevenir violações aos direitos dos consumidores”, diz o defensor Cássio Bitar.</blockquote>

Guilherme Paladino

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