Transparência Internacional, que teve papel decisivo na Lava Jato, sai em defesa de Bolsonaro
ONG que enfraqueceu empresas nacionais critica prisão domiciliar do ex-presidente
247 – A Transparência Internacional no Brasil divulgou nesta terça-feira (5) uma nota em que manifesta preocupação com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) . A organização afirma que a medida possui “fundamentos jurídicos frágeis” e sugere que pode representar tentativa de silenciamento político, “incompatível” com os princípios do Estado de Direito, como aponta reportagem da CNN.
Apesar de se apresentar como defensora do combate à corrupção, a Transparência Internacional construiu histórico polêmico no Brasil. A ONG teve papel central na Operação Lava Jato, que, sob o pretexto de combater irregularidades, levou à penalização de grandes empresas nacionais estratégicas, como construtoras e a Petrobras, comprometendo cadeias produtivas e milhões de empregos. Críticos apontam que, na maioria dos casos, a atuação da entidade acabou favorecendo interesses estrangeiros ao fragilizar setores-chave da economia brasileira.
Na nota sobre Bolsonaro, a organização declarou: “A prisão domiciliar decretada com base em fundamentos jurídicos frágeis, especialmente por suposta violação de proibição genérica de comunicação, é preocupante e parece configurar tentativa de silenciamento incompatível com o Estado de Direito.”
Mesmo reconhecendo que o ex-presidente deve ser julgado por corrupção e ataques à democracia, a ONG exige que o processo respeite estritamente as garantias constitucionais. Também destacou que, durante o governo Bolsonaro, denunciou casos como rachadinhas, lavagem de dinheiro e o desmonte de mecanismos anticorrupção.
O texto ainda critica o Supremo Tribunal Federal, dizendo que o empoderamento da Corte em contextos emergenciais não pode se tornar prática recorrente de “extrapolação” de competências, e que “a continuidade de medidas excepcionais, somada a decisões que favorecem a impunidade em grandes esquemas de corrupção e a condutas eticamente questionáveis de ministros, compromete a legitimidade pública do tribunal”.
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