Prestes a ser julgado, Bolsonaro partiu para o 'tudo ou nada' e provocou prisão domiciliar
Ações do ex-mandatário são vistas como tentativa de politizar julgamento por tentativa de golpe; ministros avaliam que foco é desviar atenção do processo
247 - A avaliação predominante entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optou por uma estratégia de confronto direto ao participar, ainda que de forma remota, das manifestações do último domingo (3). Segundo coluna do jornalista Gerson Camarotti, do g1, integrantes da Corte avaliam que essa postura precipitou a imposição de prisão domiciliar, refletindo uma aposta desesperada de "tudo ou nada" diante do avanço do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado.
Segundo fontes do Supremo ouvidas pela reportagem, o ex-mandatário tem consciência de que o cerco jurídico está se fechando e tenta transformar o processo penal em palco político. “Com o julgamento se aproximando, a única solução que lhe resta é politizar cada vez mais as ações penais”, avalia um dos magistrados.
Bolsonaro estaria se espelhando no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para adotar uma retórica de confronto com o Judiciário. A Corte brasileira não recebeu com surpresa apenas os atos em si, mas especialmente a forma como o ex-presidente se manifestou: utilizando celulares do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no Rio de Janeiro, e do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), em São Paulo, para enviar vídeos ao público, em clara violação às medidas impostas pela Justiça.
Diante desse gesto, que ignorou determinações judiciais explicitamente comunicadas, o ministro Alexandre de Moraes não viu alternativa senão endurecer a resposta
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