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      Ministros do STF defendem decisão de Moraes de prender Bolsonaro e preveem “tensão e pancadaria” até o final de 2026

      Ministros avaliam que Moraes ficaria desmoralizado caso não reagisse ao descumprimento das medidas cautelares

      Alexandre de Moraes (Foto: Victor Piemonte/STF)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) ampliou o clima de instabilidade entre os Poderes e gerou apreensão dentro do próprio STF. Segundo o g1, ministros da Corte preveem um cenário de “tensão e pancadaria” até novembro de 2026, quando se encerram as eleições presidenciais.

      A avaliação de integrantes do Supremo é de que Moraes não teria outra alternativa após Bolsonaro descumprir medidas cautelares impostas anteriormente — entre elas, a proibição de participar de manifestações públicas e a divulgação de mensagens, ainda que por meio de terceiros, nas redes sociais. A atitude do ex-presidente foi interpretada como uma provocação direta e, caso Moraes não reagisse, ficaria desmoralizado.

      “Eles querem amassar o STF e jogá-lo no canto do ringue”, afirmou um ministro do Supremo. Apesar de a maioria dos ministros concordar que houve provocação, alguns avaliaram que Bolsonaro não chegou a fazer declarações graves o suficiente que justificassem uma resposta tão contundente. Mesmo assim, prevaleceu o entendimento de que a autoridade de Moraes estaria em risco caso não houvesse reação.

      Pressão dos EUA -  O Departamento do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma nota criticando a decisão de Moraes. A declaração foi interpretada como um gesto de apoio ao ex-presidente brasileiro e, segundo interlocutores do STF, foi além ao sinalizar uma ameaça aos ministros que vierem a referendar a decisão do relator.

      Até o momento, a decisão de Moraes não precisa ser validada pela Primeira Turma do STF, mas aliados de Bolsonaro já articulam para forçar essa análise. O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, afirmou que recorrerá para levar a decisão ao colegiado, colocando os demais ministros sob pressão política — inclusive com eventual influência do ex-presidente americano Donald Trump.

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