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      Pesquisa Ipsos-Ipec: Tarifaço de Trump é visto como ataque político e derrete imagem dos EUA no Brasil

      Enquanto brasileiros se dividem sobre possíveis retaliações, a maioria (68%) defende que o Brasil priorize acordos com outros parceiros, como a China

      Bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos (Foto: Embaixada dos EUA/Divulgação)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A mais recente pesquisa do Ipsos-Ipec, divulgada pelo g1, indica que os brasileiros estão divididos sobre a melhor resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos contra produtos nacionais. O levantamento revela que 49% concordam que o Brasil deveria retaliar aplicando tarifas igualmente altas sobre importações americanas, enquanto 43% discordam dessa estratégia.

      O estudo foi realizado entre 1º e 5 de agosto, um dia antes de o aumento entrar em vigor, e ouviu 2 mil pessoas em 132 cidades, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Entre os favoráveis à retaliação, 33% concordam totalmente e 16% parcialmente. Entre os contrários, 30% rejeitam totalmente a medida e 13% discordam em parte.

      Apoio e rejeição divididos por perfil

      A adesão à resposta “na mesma moeda” é mais alta entre eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (61%), moradores do Norte e Centro-Oeste (58%), jovens de 16 a 24 anos (55%) e pessoas com ensino superior (53%). Mulheres (51%), católicos (51%) e famílias com renda de 1 a 2 salários mínimos (50%) também estão entre os que mais apoiam a medida.

      Já a rejeição é predominante entre eleitores de Jair Bolsonaro (56%), moradores da região Sul (52%), habitantes de periferias (52%) e evangélicos (50%).

      Tarifaço visto como ação política

      Para 75% dos entrevistados, o tarifaço decretado pelo presidente Donald Trump tem motivação política. Apenas 12% consideram que a medida seja uma questão comercial, enquanto 5% veem ambas as motivações e 8% não souberam opinar. Essa percepção de cunho político é ainda mais forte entre pessoas de 45 a 59 anos (80%) e moradores das regiões Nordeste e Sudeste (77%).

      Impacto na imagem dos Estados Unidos

      O estudo também aponta um desgaste na percepção dos brasileiros sobre os EUA. Antes do tarifaço, 48% avaliavam a imagem do país como “ótima” ou “boa”, contra 15% que tinham opinião negativa. Após o anúncio, 38% afirmaram que sua imagem piorou, 6% disseram que melhorou e 51% não notaram mudança.

      Busca por novos parceiros comerciais

      Diante do embate, 68% defendem que o Brasil priorize acordos com outros parceiros, como China e União Europeia, enquanto 25% discordam. Entre os que apoiam essa estratégia, 45% concordam totalmente e 23% em parte.

      Temor de isolamento internacional

      A tensão diplomática também levanta preocupações sobre o posicionamento global do Brasil. Segundo a pesquisa, 60% acreditam que o país pode ficar mais isolado no cenário internacional por causa do confronto tarifário com os EUA, enquanto 32% não veem esse risco.

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