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      Resposta ao tarifaço tratará de financiamentos, impostos e compras públicas, diz Haddad

      A MP deverá ser apresentada até esta terça-feira

      Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (11) que a Medida Provisória (MP) elaborada pelo governo Lula para enfrentar a nova sobretaxa imposta pelos Estados Unidos incluirá três frentes de atuação: linhas de financiamento, incentivos via compras públicas e ajustes tributários. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews.

      "Isso [exportações de produtos focados aos EUA] a MP trata de três formas diferentes: as linhas de financiamento; tem a questão tributária, que vai receber um tratamento específico; e estamos mexendo também com compras governamentais", explicou Haddad, ao comentar os impactos da decisão do presidente norte-americano Donald Trump, que instituiu uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 6 de agosto.

      Ainda sem texto oficial divulgado, a MP deverá ser apresentada até esta terça-feira (12). Segundo o ministro, a proposta precisa ser suficientemente flexível para abranger o perfil diversificado das mais de 10 mil empresas afetadas pela medida dos EUA. “É uma MP, é importante dizer, que ela tem que ter uma certa flexibilidade porque nós estamos falando mais de 10 mil empresas, nós não vamos conseguir colocar na mesma moldura todo mundo, desde o pescado do Ceará até a Embraer, o pessoal de máquinas e equipamentos, o pessoal da manga do São Francisco... Não vai conseguir colocar todo mundo na MP", afirmou.

      A decisão de Trump teria sido motivada, entre outros fatores, por processos judiciais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que acirrou tensões diplomáticas entre Brasília e Washington.

      Haddad também revelou que uma reunião virtual com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, marcada para quarta-feira (13), foi cancelada após pressões de grupos ligados à extrema direita nos Estados Unidos.

      "A militância antidiplomática dessas forças de extrema direita que atuam junto à Casa Branca teve conhecimento da minha fala, agiu junto a alguns assessores, e a reunião virtual que seria na quarta-feira foi desmarcada", relatou o ministro.

      Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu em 20 de julho que Haddad reestabelecesse contato com Bessent para tentar mitigar os efeitos do tarifaço. Os dois já haviam se encontrado em maio, antes do anúncio das novas tarifas. “Naquela ocasião, o encontro foi produtivo”, afirmou o ministro.

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