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      Moraes libera defesa de Heleno a usar vídeos e slides em julgamento no STF

      Ministro autorizou material audiovisual na sustentação oral; general é acusado de tentativa de golpe de Estado

      Augusto Heleno (Foto: Ton Molina/STF)
      Otávio Rosso avatar
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      247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a defesa do general Augusto Heleno a apresentar vídeos e slides durante o julgamento em que o militar responde por tentativa de golpe de Estado. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (1º).

      De acordo com a publicação, Moraes determinou que o material seja entregue até as 15h de hoje à secretaria da Primeira Turma do STF, responsável por avaliar a adequação técnica dos arquivos antes da exibição. A decisão atende a um pedido protocolado pela defesa no último sábado e autorizado pelo ministro no domingo.

      Defesa aposta em material audiovisual

      Segundo os advogados, o objetivo da apresentação é reforçar a sustentação oral durante a análise da chamada “trama golpista”, cujo julgamento começa nesta terça-feira. Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro, é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter abraçado e difundido ideias antidemocráticas.

      A denúncia da PGR destacou que “as anotações e falas públicas de Augusto Heleno, ao longo do governo Bolsonaro, não deixam dúvidas de sua inclinação a ideias que desafiam a harmonia institucional e promovem o acirramento entre os Poderes”. Ainda de acordo com o órgão, o general teria “direcionado o aparato estatal em torno de suas concepções antidemocráticas”.

      Relação com Bolsonaro e investigações da PF

      Durante o governo, Heleno ocupava posição estratégica no comando do sistema de inteligência brasileiro, uma vez que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estava vinculada ao seu ministério. Além disso, ele sempre foi considerado um dos nomes de maior confiança de Bolsonaro.

      As investigações da Polícia Federal identificaram anotações em uma agenda atribuída a Heleno que mencionavam um eventual golpe de Estado. O nome do general também apareceu em documentos como potencial membro de um gabinete de crise em caso de decretação de Estado de Sítio.

      Defesa nega envolvimento

      Os advogados de Augusto Heleno negam qualquer participação em atos ou incentivos à ruptura institucional. A defesa sustenta que o general se afastou gradativamente de Bolsonaro a partir do segundo ano de governo, especialmente quando o Planalto se aproximou dos partidos do chamado “Centrão”.

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