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      Aliados vitimizam Bolsonaro e falam em 'depressão' por prisão domiciliar

      Apoiadores de Bolsonaro tentam construir narrativa emocional após ordem de prisão domiciliar, alegando risco de depressão e sofrimento psicológico

      Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/YouTube/Metrópoles)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar a Jair Bolsonaro (PL), tem sido usada por seus aliados como base para uma nova tentativa de vitimização política do ex-presidente. Desde que foi determinada a utilização de tornozeleira eletrônica, em 18 de julho, bolsonaristas passaram a relatar uma suposta instabilidade emocional de Bolsonaro, agora potencializada com o agravamento das restrições. O tom dos relatos tem como objetivo sensibilizar a opinião pública e blindar politicamente o líder da extrema direita.

      Segundo Bela Megale, do O Globo, interlocutores próximos ao ex-presidente afirmam que ele estaria “oscilando entre bons e maus momentos” e que a prisão domiciliar o teria deixado mais fragilizado, principalmente no período noturno, quando não pode deixar sua residência. Um auxiliar que convive com Bolsonaro declarou: “Ele já se referia às medidas que o proibiram de deixar Brasília e de sair de casa após às 19h e aos fins de semana como prisão”. Agora, com a nova decisão do STF, Bolsonaro está impedido de sair de casa a qualquer hora do dia, o que, para seus aliados, agravaria ainda mais seu estado emocional.

      A estratégia de mostrar Bolsonaro como alguém fragilizado, vulnerável e emocionalmente afetado parece seguir o mesmo roteiro adotado após a derrota nas eleições de 2022, quando também circularam versões sobre um suposto estado depressivo do ex-presidente. À época, o discurso do silêncio, do luto e do isolamento serviu de escudo para evitar enfrentamentos diretos com a Justiça e com a derrota política sofrida nas urnas.

      Agora, diante da prisão domiciliar, aliados reforçam a imagem de alguém “desanimado” e sem condições de ficar sozinho. Mais de um correligionário afirmou que os horários mais difíceis são depois das 19h — versão que reforça o tom dramático atribuído à nova decisão de Moraes.

      A insistência nesse tipo de construção narrativa, centrada na fragilidade emocional de Bolsonaro, tem sido uma constante nos círculos bolsonaristas quando confrontados por decisões judiciais. Ao invés de enfrentarem o mérito das investigações — que envolvem tentativa de golpe de Estado —, seus aliados optam por estratégias de comoção, na tentativa de desviar o foco da gravidade dos crimes investigados.

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