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Ministros do STF avaliam que voto de Fux em julgamento de trama golpista expôs magistrados a ataques e sanções

Segundo um ministro do STF, o voto de Fux "jogou os colegas aos leões"

O ministro do STF Luiz Fux - 10 de setembro de 2025 (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

247 - Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que o voto do ministro Luiz Fux na ação sobre a trama golpista abriu fissuras internas na Corte. Segundo reportagem da coluna da jornalista Luísa Martins, da CNN Brasil, ministros consideram que a decisão expôs o tribunal a novos ataques da extrema direita e do  bolsonarismo, além de possíveis sanções externas.

A leitura entre colegas foi de que Fux se afastou de posicionamentos anteriores, quando adotara linha mais dura em julgamentos ligados aos atos de 8 de janeiro. Desta vez, votou pela condenação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) mas absolveu o ex-mandatário, o que causou surpresa e desconfiança.

Divisão interna após voto de Fux

Ministros da Primeira Turma relataram incredulidade com a escolha de Fux. A expectativa era que ele acompanhasse o relator, Alexandre de Moraes, condenando Bolsonaro pela articulação golpista. O entendimento era de que suas divergências se limitariam à dosimetria da pena.

Contradições apontadas por ministros

Um magistrado ouvido pela reportagem afirmou que Fux não apenas absolveu Bolsonaro, mas também reduziu a gravidade do plano de golpe ao tratá-lo como “bravatas”. Para colegas, essa leitura fragiliza a resposta institucional do STF diante dos ataques à democracia.

Outro ministro observou que, ao condenar Mauro Cid e inocentar Bolsonaro, Fux se contradisse em relação à lógica dos julgamentos anteriores. “Jogou os colegas aos leões”, avaliou um integrante do tribunal.

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