TV 247 logo
      HOME > Brasil

      Maioria das menções nas redes critica sanções de Trump contra Moraes, diz Quaest

      Levantamento mostra que 60% dos internautas reprovaram a medida; debate acirra polarização e levanta alerta sobre soberania nacional

      Alexandre de Moraes - 22/04/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)
      Otávio Rosso avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - Um levantamento realizado pelo instituto Quaest entre os dias 28 e 30 de julho mostra que a reação nas redes sociais às sanções anunciadas por Donald Trump contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi majoritariamente negativa. A pesquisa, que analisou cerca de 1,6 milhão de menções, aponta que 60% dos usuários criticaram as medidas, enquanto 28% defenderam. Os outros 12% das postagens foram neutras, com conteúdo predominantemente noticioso.

      As sanções foram justificadas por Trump com base na Lei Magnitsky, legislação americana que permite penalidades a indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos. As críticas nas redes, no entanto, destacam que a iniciativa fere a soberania brasileira e sugerem que Alexandre de Moraes não possui contas no exterior, o que tornaria a sanção inócua.

      Segundo a Quaest, o debate foi impulsionado por políticos, veículos de mídia e usuários comuns, que disputam narrativas sobre o episódio. As menções foram extraídas de plataformas como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook, Reddit, Tumblr, YouTube, além de sites de notícias, via API própria do instituto. Já dados de WhatsApp, Telegram e Discord foram coletados por meio da plataforma automatizada Q-Insider.

      De acordo com a análise, entre os críticos da medida, predomina a percepção de que Trump estaria intervindo em assuntos internos do Brasil para proteger aliados políticos, como a família Bolsonaro. A expressão “soberania é inegociável” se destacou nas publicações de apoiadores do governo Lula, conforme mostram os termos mais frequentes na nuvem de palavras.

      Já os defensores das sanções — muitos ligados a influenciadores e parlamentares bolsonaristas — veem na medida uma reação à suposta perseguição política promovida por Moraes. A Quaest observa que a Lei Magnitsky vem sendo usada como instrumento para "internacionalizar a disputa institucional brasileira", buscando respaldo fora das estruturas do Judiciário e da imprensa nacional.

      Mesmo com forte repercussão, o tema aparece atrás da operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que segue como o principal foco de engajamento no ambiente digital. Ainda assim, as sanções a Moraes se equiparam em volume de menções a outras disputas políticas em andamento, como os embates entre o Congresso e o Executivo.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados

      Carregando anúncios...
      Carregando anúncios...