Lula se reúne com AGU para discutir resposta às sanções dos EUA contra Moraes
A AGU estuda mover uma ação judicial em território norte-americano contra as medidas
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na manhã desta quinta-feira (31), no Palácio do Planalto, o advogado-geral da União, Jorge Messias, para discutir as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O encontro, que não constava na agenda oficial da Presidência, acontece em meio à possibilidade de a Advocacia-Geral da União (AGU) mover uma ação judicial em território norte-americano contra as medidas. As informações são do Metrópoles.
Na noite da quarta-feira (30), Lula se reuniu no Planalto com os ministros do STF Cristiano Zanin e Gilmar Mendes, além do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Jorge Messias também participou desse encontro. Alexandre de Moraes, que é alvo das sanções, estava em São Paulo.
As medidas aplicadas contra Moraes têm como base a chamada Lei Magnitsky, legislação dos EUA que permite sanções individuais, como o congelamento de bens e contas bancárias em instituições financeiras americanas.
Além das sanções, Lula e os ministros também discutiram a recente ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, que determina uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando a taxação total para 50%.
Em nota divulgada na noite de quarta-feira (30), o presidente Lula repudiou a medida do governo norte-americano e manifestou apoio ao ministro Alexandre de Moraes. “É inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira. O governo brasileiro se solidariza com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, alvo de sanções motivadas pela ação de políticos brasileiros que traem nossa pátria e nosso povo em defesa dos próprios interesses”, afirmou.
A reunião desta manhã também contou com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Até o momento, o governo não confirmou oficialmente se irá judicializar a questão nos Estados Unidos, mas a movimentação da AGU indica que o tema está sendo avaliado.
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