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      Lula diz esperar que Trump "perceba que tem que negociar com o Brasil"

      No velório de Mino Carta, presidente criticou medidas unilaterais dos EUA e comentou julgamento de Bolsonaro no STF

      Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira (2), em São Paulo, que espera que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reveja a política de tarifas impostas contra o Brasil e outros países. Segundo Lula, Trump deve reconhecer a necessidade de negociar, segundo informou o portal g1.

      “Estou no aguardo de que em algum momento vai acontecer alguma coisa na cabeça do Trump e ele vai perceber e falar ‘puxa vida, eu tenho que negociar’, não só com Brasil, mas com China, Índia, Venezuela”, disse o presidente brasileiro ao conversar com jornalistas no velório do jornalista Mino Carta, fundador da revista CartaCapital, que faleceu aos 91 anos.

      Relações Brasil-EUA e OMC

      O presidente brasileiro reforçou que os EUA têm o direito de estabelecer tributos, mas devem respeitar as normas internacionais. “Temos a OMC. O Brasil já recorreu à OMC, já recorreu à Seção 301. Vamos utilizar todos os mecanismos legais”, declarou.

      Na avaliação de Lula, as tarifas impostas violam compromissos assumidos pelos EUA no Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) e no Entendimento sobre Solução de Controvérsias (DSU).

      Apesar da tensão, Lula buscou sinalizar disposição para o diálogo: “Não tenho nenhum interesse em brigar com os EUA. Tenho interesse de que essa amizade de 200 anos possa conviver democraticamente mais 200 anos. Se houver negociação, o Lulinha paz e amor está de volta.”

      Julgamento de Bolsonaro

      Além das relações internacionais, Lula também comentou o julgamento da chamada trama golpista na Primeira Turma do STF, que tem como réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e parte de seus aliados.

      O presidente disse esperar que o tribunal julgue com base nos autos, provas e delações, respeitando o princípio da presunção de inocência. “Se é inocente, prove que é inocente, que não tem nada a ver com isso, e está de bom tamanho. O que espero é isso: que seja feita justiça, respeitando o direito da presunção de inocência. Desejo para mim e para qualquer inimigo meu o direito de presunção de inocência”, afirmou.

      Lula ainda lembrou que, quando foi réu na Lava Jato, não teve assegurado o mesmo direito. “Eu não reclamei, não fiquei chorando, fui à luta”, disse.

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