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Julgamento de Bolsonaro e aliados no STF pode se estender por até 27 horas

Sessões extras foram marcadas para analisar acusações contra o ex-presidente e outros sete réus por participação em trama golpista

Ex-presidente Jair Bolsonaro comparece ao julgamento no Supremo Tribunal do Brasil sobre alegada tentativa de golpe perante o ministro do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes, em Brasília - 10/06/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

247 - O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de participação no chamado “núcleo 1” da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) pode durar até 27 horas de sessões presenciais. A informação foi publicada pela CNN Brasil.

A análise está prevista para começar no dia 2 de setembro, após o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, solicitar que o processo fosse levado a plenário. O presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, atendeu ao pedido e organizou um calendário com sessões extraordinárias para que a ação seja julgada de forma contínua.

Como será a dinâmica do julgamento

A primeira sessão será aberta com a leitura do relatório de Moraes, que apresentará um panorama detalhado das provas reunidas pela investigação. Em seguida, será a vez das sustentações orais. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá a palavra, assim como os advogados de defesa de cada um dos oito acusados.

Cada parte terá até uma hora para expor seus argumentos, embora o chefe do Ministério Público possa receber tempo adicional, já que o processo envolve múltiplos réus. A decisão final sobre essa ampliação caberá ao presidente da Turma.Ao todo, estão reservadas nove horas para sustentações orais e 18 horas para leitura do rela

tório e votos dos ministros. Após as manifestações, Moraes será o primeiro a votar, seguido pelos demais integrantes: Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Não há limite de tempo para os votos.

Réus do núcleo 1 no STF

Além de Bolsonaro, também serão julgados:

  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022;

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente;

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;

  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa.

Sessões já programadas

O calendário da Primeira Turma prevê sessões matinais e vespertinas entre os dias 2 e 12 de setembro:

  • 2/9 (terça-feira): 9h às 12h e 14h às 19h

  • 3/9 (quarta-feira): 9h às 12h

  • 9/9 (terça-feira): 9h às 12h e 14h às 19h

  • 10/9 (quarta-feira): 9h às 12h

  • 12/9 (sexta-feira): 9h às 12h e 14h às 19h

Com isso, os ministros terão sessões extras para dar conta da complexidade do caso, considerado um dos mais sensíveis da história recente do STF.

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