TV 247 logo
      HOME > Brasil

      “Indícios de lavagem de dinheiro são claros”, diz Elias Jabbour sobre movimentações de Jair Bolsonaro

      Economista afirma que ex-presidente recebeu R$ 30 milhões em um ano e que Michelle Bolsonaro foi beneficiada com PIX de R$ 2 milhões

      Elias Jabbour (Foto: Reprodução/YouTube/Podcast 3 irmãos)
      Luis Mauro Filho avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - O economista Elias Jabbour classificou as movimentações financeiras de Jair Bolsonaro como evidências inequívocas de um esquema suspeito. A declaração foi feita após a divulgação de relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que mostrou que o ex-presidente movimentou R$ 30,5 milhões entre março de 2023 e junho de 2024.

      Segundo Jabbour, as operações reforçam a percepção de práticas ilícitas no núcleo familiar de Bolsonaro:

       “Jair Bolsonaro recebeu em sua conta bancária cerca de R$ 30 milhões em um ano. Os indícios de lavagem de dinheiro são claros e devem envolver a própria Michelle Bolsonaro, beneficiária de um Pix de R$ 2 milhões um dia antes de seu depoimento. Medo de bloqueio de bens.”

      Relatório expõe movimentações milionárias

      O documento do Coaf, usado pela Polícia Federal no inquérito que investiga o “tarifaço” dos Estados Unidos contra o Brasil, não aponta ilegalidade direta na origem dos recursos. Contudo, lista 50 operações atípicas envolvendo Jair Bolsonaro, Michelle e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

      Entre as transações mais relevantes estão:

      •  R$ 2 milhões transferidos para Michelle Bolsonaro, valor omitido pelo ex-presidente em depoimento à PF;
      •  R$ 2 milhões repassados a Eduardo Bolsonaro para bancar estadia nos Estados Unidos;
      •  uma operação de R$ 1,6 milhão em câmbio para conta de Eduardo no banco Wells Fargo;
      •  além de R$ 6,6 milhões pagos a escritórios de advocacia.

      A PF sustenta que as movimentações “apresentam indícios de possíveis práticas de lavagem de dinheiro ou outros ilícitos”.

      Crítica ao uso dos símbolos nacionais

      Jabbour também atacou o simbolismo utilizado pela família Bolsonaro durante o período em que esteve no poder:

       “É inacreditável que essa família esteve à frente da República e, se vestindo de verde e amarelo, tenha negociado o futuro do Brasil com países como EUA e Arábia Saudita em troca de joias. O verde e amarelo é nosso. Não de uma família de bandidos.”

      As investigações seguem em curso, ampliando o cerco judicial contra o ex-presidente e evidenciando a crescente pressão política sobre sua família.

      Relacionados

      Carregando anúncios...