Gleisi: megaoperação contra o crime organizado comprova a importância do trabalho conjunto das forças de segurança

247 - A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), destacou, nesta quinta-feira (28), a relevância do trabalho integrado das forças de segurança no combate ao crime organizado. Em sua publicação nas redes sociais, ela comemorou os resultados da operação "Carbono Oculto", uma ação que envolveu mais de 1,4 mil agentes e tem como objetivo desarticular a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores financeiros e de combustíveis. Segundo Gleisi, o êxito da operação comprova a eficácia do esforço conjunto entre órgãos como o Ministério da Justiça, Ministério da Fazenda, Polícia Federal e Receita Federal.

“A grande operação desta quinta-feira contra o crime organizado no setor financeiro e de combustíveis comprova a importância do trabalho conjunto das forças de segurança. A partir de investigações do Ministério Público, os Ministérios da Justiça e da Fazenda, a Polícia Federal e a Receita atuaram de forma coordenada com um resultado muito importante para o país. É isso que propõe a PEC da Segurança Pública enviada ao Congresso pelo governo do presidente Lula, uma das prioridades da nossa agenda legislativa”, afirmou Gleisi.

A operação, considerada a maior do país em termos de cooperação institucional, foi deflagrada em vários estados e envolveu mais de 350 alvos relacionados ao crime organizado, com foco em fraudes financeiras, lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis. Mais de 300 postos de combustíveis investigados estavam envolvidos em práticas fraudulentas, como o uso de bombas viciadas que entregam volumes menores de combustível ou misturam o produto, prejudicando o consumidor e violando as normas de qualidade. A ação também desarticulou uma complexa rede financeira do PCC, que inclui fintechs e corretoras, dificultando o rastreamento de recursos ilícitos.

Além da operação "Carbono Oculto", outras ações, como as operações "Quasar" e "Tank", visam combater a gestão fraudulenta de instituições financeiras e a lavagem de dinheiro. A força-tarefa já bloqueou R$ 1,4 bilhão em bens e ativos ligados à facção criminosa e está em busca de recuperar tributos sonegados, que somam cerca de R$ 6 bilhões. Essas medidas representam um avanço significativo no combate à infiltração do crime organizado na economia formal e à criminalidade financeira.

A PEC da Segurança Pública, proposta pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, visa integrar as forças policiais e ampliar as competências dos órgãos federais na segurança pública. Além disso, ela propõe a criação de um sistema de segurança mais coordenado e eficiente, com financiamento contínuo para a área.