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      Bolsonaro orientou Eduardo e relatou temor de sanções no STF: “Esqueça qualquer crítica ao Gilmar”

      Áudios da Polícia Federal revelam que ex-presidente disse ter conversado com ministros preocupados com punições internacionais

      Jair e Eduardo Bolsonaro, durante live (Foto: Reprodução/YouTube)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - Áudios obtidos pela Polícia Federal mostram que Jair Bolsonaro afirmou ao filho Eduardo que mantinha contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

      O material integra o inquérito em andamento na Corte sobre a suposta tentativa de pressionar magistrados para impedir o julgamento da trama golpista que mirava o resultado eleitoral.

      Segundo o relatório da PF, em diálogo gravado no dia 27 de junho, Bolsonaro orientou o filho: “Esqueça qualquer crítica ao Gilmar”, em alusão ao ministro Gilmar Mendes. Em seguida, acrescentou que vinha “conversando com alguns do STF” e que “todos ou quase todos demonstram preocupação com sanções”, em referência a eventuais medidas restritivas que poderiam ser impostas pelos Estados Unidos ao Brasil.

      O documento não especifica com quais ministros o ex-presidente teria dialogado, mas aponta que a estratégia estaria ligada ao receio de sanções semelhantes à Lei Magnitsky, legislação norte-americana que prevê punições contra agentes públicos envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.

      Prisão domiciliar e descumprimento de medidas

      As investigações sobre a tentativa de escapar de julgamento levaram o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a decretar medidas cautelares contra Jair Bolsonaro. Após descumprimento dessas restrições, Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente, reforçando o cerco judicial em torno de suas articulações.

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