Bolsonaro admite crimes de Eduardo nos EUA: 'se voltar, está preso'
Ex-mandatário também afirmou que possibilidade de sua prisão “não passa pela cabeça” e classificou o processo por tentativa de golpe como “injustiça”
247 - Em coletiva de imprensa realizada no Senado Federal nesta quinta-feira (17), Jair Bolsonaro (PL) afirmou ser alvo de uma “injustiça” e declarou que a possibilidade de ser preso “não passa pela [sua] cabeça”. Ele também disse que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, corre o risco de ser preso caso retorne ao Brasil. As informações são do g1.
As declarações ocorrem após a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestar-se favoravelmente à sua condenação no processo que investiga tentativa de golpe de Estado. Na segunda-feira (14), a PGR reiterou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de condenação de Bolsonaro pelos crimes de tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e constituição de organização criminosa. Caso seja condenado, o ex-presidente pode enfrentar uma pena superior a 40 anos de prisão.
Durante a entrevista coletiva, Bolsonaro insistiu que é inocente. “Não sou culpado de nada, não estou sendo acusado de corrupção. É injustiça comigo”, declarou, em sua defesa. O ex-mandatário justificou a permanência do filho fora do país alegando que ele seria preso pela Polícia Federal caso retornasse ao Brasil. "Se Eduardo vier para cá, ele está preso. Ou não está?", disse, de acordo com a reportagem.
Nesta semana, os líderes do PT na Câmara e do governo Lula (PT) no Congresso Nacional, Lindbergh Farias (PT-RJ) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), respectivamente, protocolaram uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a prisão preventiva do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, na petição endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, os parlamentares acusam Eduardo de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e atentado à soberania nacional. Segundo eles, o filho de Jair Bolsonaro (PL) teria atuado em território norte-americano para estimular a aplicação de sanções econômicas contra autoridades brasileiras e o próprio país, com o objetivo de retaliar decisões do STF e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A licença do deputado federal termina no domingo (20). Caso ultrapasse o limite de faltas permitido, equivalente a um terço das sessões da Câmara dos Deputados, Eduardo Bolsonaro poderá perder o mandato.
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