Bannon ataca Moraes após sanções dos EUA: “A punição finalmente chegou para Lúcifer”
Aliado de Trump e dos bolsonaristas, ideólogo da ultradireita americana afirma que novas sanções ao STF estão a caminho
247 - Steve Bannon, um dos principais articuladores da extrema direita nos Estados Unidos e conselheiro informal do presidente Donald Trump, celebrou as sanções aplicadas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, pela Lei Magnitsky — mecanismo usado por Washington para punir autoridades estrangeiras por supostos abusos de direitos humanos.
Em mensagem enviada ao Painel, da Folha de S.Paulo, Bannon afirmou: “Toma essa, Moraes. A punição finalmente chegou para Lúcifer”. A expressão utilizada originalmente em inglês foi “the hammer finally dropped”, indicando que, para ele, a Justiça foi finalmente aplicada. O ultraconservador chamou o ministro brasileiro de “Lúcifer” e fez referência direta à aplicação das medidas por parte do governo Trump.
O ex-estrategista da Casa Branca voltou a demonstrar proximidade com parlamentares bolsonaristas. Segundo o Painel, ele colaborou com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e com o influenciador Paulo Figueiredo para pressionar por sanções contra autoridades brasileiras, entre elas Alexandre de Moraes, a quem a ala radical acusa de censura e perseguição política.
Além da comemoração, Bannon ameaçou novas medidas. “Haverá mais sanções ao STF no caso da continuação da perseguição política ilegal a Jair Bolsonaro”, disse, em tom de advertência. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomou posse para seu segundo mandato em janeiro de 2025, tem reiterado apoio a Bolsonaro e às causas do conservadorismo radical no Brasil.
O ideólogo norte-americano também avaliou que o governo brasileiro estaria revendo sua postura, citando como evidência uma reunião entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e representantes de grandes empresas de tecnologia realizada na terça-feira (29). “O regime brasileiro já está sinalizando que o jogo da censura está acabando”, afirmou, sugerindo uma suposta inflexão do Planalto diante das pressões internacionais.
Bannon ainda defendeu a aprovação de uma anistia ampla aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. “A anistia completa para os prisioneiros políticos é a solução para que a liderança congressual destrave essa situação”, declarou.
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