Ministério Público do Peru pede que Dina Boluarte seja impedida de deixar o país por 36 meses
Dina Boluarte foi destituída da presidência peruana nesta sexta-feira e é acusada de abuso de poder e lavagem de dinheiro durante a campanha de 2021
247 - O Ministério Público do Peru requereu, nesta sexta-feira, a proibição de saída do país para a ex-presidente Dina Boluarte. A acusação, segundo a RT, inclui os crimes de abuso de poder e lavagem de dinheiro, ambos supostamente cometidos durante a campanha presidencial de 2021, quando Boluarte se candidatou a vice-presidente de Pedro Castillo. A Procuradoria pediu que ela seja impedida de deixar o país por um período de 36 meses.
Segundo a Procuradoria-Geral da República do Peru, a ex-presidente teria se envolvido em práticas ilegais que prejudicaram o Estado peruano, utilizando recursos de forma ilícita durante a campanha. O pedido de restrição de saída do país envolve duas acusações principais. Para o crime de abuso de poder ou negociação incompatível, foi solicitado um embargo de 18 meses, enquanto para a lavagem de dinheiro, o período de proibição foi ampliado para 36 meses.
Destituição de Boluarte
A solicitação do Ministério Público ocorre em um momento de grande instabilidade política no Peru. Na manhã de sexta-feira, o Congresso Nacional decidiu destituir Dina Boluarte do cargo de presidente, considerando sua "incapacidade moral permanente". A decisão foi tomada após uma série de protestos e uma crescente onda de insegurança no país. Com a saída de Boluarte, o deputado José Jerí assumiu a presidência, tentando restaurar a ordem política e social do país.
Implicações políticas e jurídicas
O caso de Dina Boluarte está gerando grande repercussão política, uma vez que a ex-presidente enfrenta diversas acusações de corrupção relacionadas à sua gestão e à campanha de 2021. O pedido de 36 meses de restrição de viagem, agora em análise pelas autoridades, pode aprofundar a crise política, que já está sendo acompanhada de perto pela população e pelos órgãos internacionais.
