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Bessent diz que Milei prometeu 'tirar a China' da Argentina após acordo com EUA

Após acordo bilionário, secretário de Estado dos EUA garante apoio ao governo de extrema direita de Javier Milei

O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, discursa durante uma coletiva de imprensa após um almoço semanal de política no Capitólio, em Washington, DC, EUA, em 24 de junho de 2025 (Foto: REUTERS/Kevin Mohatt)

247 - Horas depois de anunciar um acordo com o governo argentino para um auxílio financeiro bilionário, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou que o presidente Javier Milei está “comprometido em tirar a China” da Argentina. De acordo com O Globo, em uma entrevista à Fox News, Bessent, figura essencial nas negociações, também afirmou que o peso argentino está "subvalorizado". “Milei fez as coisas certas. Ele chegou para romper 100 anos de ciclos negativos na Argentina", destacou Bessent.

Milei e a influência chinesa na América Latina

Bessent destacou que Milei está "comprometido em tirar a China do seu país". O secretário também enfatizou que os Estados Unidos se beneficiam muito do acordo com o governo de Milei. Segundo ele, “a Argentina é um farol para a América Latina”. Bessent defendeu a importância do país latino-americano para a estabilidade regional e lembrou que a presença chinesa tem se expandido pela região.

Relação com a China e críticas internas nos EUA

O apoio dos EUA à Argentina, no entanto, enfrenta resistência interna. Bessent criticou veementemente a oposição de figuras políticas como a senadora Elizabeth Warren, que tentou bloquear o auxílio financeiro à Argentina no Senado. "Ela é uma peronista americana. Você sabe, não chore por mim, Massachusetts", ironizou Bessent.

Apoio financeiro

O acordo firmado entre os dois países inclui um swap de US$ 20 bilhões com o Banco Central da Argentina (BCRA). Bessent explicou que, por meio dessa ajuda, os Estados Unidos intervieram diretamente no mercado cambial argentino, comprando pesos argentinos para estabilizar a economia do país. Essa medida é vista como um elemento crucial para o governo de Milei, em função da aproximação das eleições legislativas de 26 de outubro.

Desafios e expectativas para o futuro

Embora o acordo tenha sido comemorado por muitos, especialmente pelos aliados de Milei, ele também enfrenta desafios internos. Além das críticas de legisladores democratas, que apontam o impacto do auxílio financeiro nas relações comerciais com a China, há uma preocupação crescente com a influência do país asiático no continente. A política de "distanciamento" de Milei em relação à China poderá ser testada nas negociações que seguirão após as eleições argentinas.

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