Bessent diz que Milei prometeu 'tirar a China' da Argentina após acordo com EUA
Após acordo bilionário, secretário de Estado dos EUA garante apoio ao governo de extrema direita de Javier Milei
247 - Horas depois de anunciar um acordo com o governo argentino para um auxílio financeiro bilionário, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos Estados Unidos, afirmou que o presidente Javier Milei está “comprometido em tirar a China” da Argentina. De acordo com O Globo, em uma entrevista à Fox News, Bessent, figura essencial nas negociações, também afirmou que o peso argentino está "subvalorizado". “Milei fez as coisas certas. Ele chegou para romper 100 anos de ciclos negativos na Argentina", destacou Bessent.
Milei e a influência chinesa na América Latina
Bessent destacou que Milei está "comprometido em tirar a China do seu país". O secretário também enfatizou que os Estados Unidos se beneficiam muito do acordo com o governo de Milei. Segundo ele, “a Argentina é um farol para a América Latina”. Bessent defendeu a importância do país latino-americano para a estabilidade regional e lembrou que a presença chinesa tem se expandido pela região.
Relação com a China e críticas internas nos EUA
O apoio dos EUA à Argentina, no entanto, enfrenta resistência interna. Bessent criticou veementemente a oposição de figuras políticas como a senadora Elizabeth Warren, que tentou bloquear o auxílio financeiro à Argentina no Senado. "Ela é uma peronista americana. Você sabe, não chore por mim, Massachusetts", ironizou Bessent.
Apoio financeiro
O acordo firmado entre os dois países inclui um swap de US$ 20 bilhões com o Banco Central da Argentina (BCRA). Bessent explicou que, por meio dessa ajuda, os Estados Unidos intervieram diretamente no mercado cambial argentino, comprando pesos argentinos para estabilizar a economia do país. Essa medida é vista como um elemento crucial para o governo de Milei, em função da aproximação das eleições legislativas de 26 de outubro.
Desafios e expectativas para o futuro
Embora o acordo tenha sido comemorado por muitos, especialmente pelos aliados de Milei, ele também enfrenta desafios internos. Além das críticas de legisladores democratas, que apontam o impacto do auxílio financeiro nas relações comerciais com a China, há uma preocupação crescente com a influência do país asiático no continente. A política de "distanciamento" de Milei em relação à China poderá ser testada nas negociações que seguirão após as eleições argentinas.


