247 - A Intel vai promover uma nova rodada de demissões em sua divisão Intel Foundry, responsável pela operação das fábricas de semicondutores da empresa. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal norte-americano The Oregonian, que confirmou o conteúdo de um e-mail interno com quatro funcionários da companhia. De acordo com o comunicado, o corte pode afetar entre 15% e 20% dos colaboradores dessa área, com a maior parte das dispensas prevista para ocorrer em julho.
O aviso foi enviado no último sábado (14), assinado por Naga Chandrasekaran, vice-presidente de manufatura da empresa. Ele justificou as demissões como uma resposta necessária ao cenário financeiro atual da Intel. A companhia indicou que, desta vez, não adotará programas de demissão voluntária nem oferecerá aposentadoria antecipada.
<h3>Impacto concentrado no Oregon</h3>
A medida marca a segunda grande redução de pessoal da Intel em menos de um ano. Em 2024, a multinacional já havia dispensado aproximadamente 15 mil trabalhadores em diferentes unidades, sendo 3 mil apenas no estado do Oregon. A localidade abriga o principal polo de manufatura da empresa nos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Estados+Unidos">Estados Unidos</a>, o que deve tornar a região novamente a mais afetada.
Segundo estimativas citadas na matéria do The Oregonian, a Intel ainda emprega cerca de 20 mil pessoas no Oregon. Considerando esse universo, os cortes previstos devem atingir milhares de funcionários.
A empresa explicou que a decisão será guiada por diferentes critérios, como a reavaliação de seu portfólio de projetos, a extinção de cargos e uma análise de desempenho e competências dos trabalhadores nas posições que forem mantidas.
<h3>Mudança no comando e enxugamento de operações</h3>
A atual reestruturação se insere em um processo mais amplo de reformulação liderado pelo novo CEO da Intel, Lip-Bu Tan. Desde que assumiu o cargo, Tan tem promovido mudanças com o objetivo de simplificar as operações e concentrar recursos nos segmentos considerados estratégicos para o futuro da empresa.
Em abril, a Intel vendeu o controle acionário da Altera — sua unidade voltada a chips programáveis — para o fundo Silver Lake por US$ 4,46 bilhões. No mês seguinte, a agência Reuters revelou que a companhia analisa a possibilidade de se desfazer de outra área: a divisão NEX, que desenvolve soluções para redes e computação de borda.
<h3>Investimentos adiados e incertezas à frente</h3>
A reconfiguração da Intel também impacta projetos futuros. A construção de uma nova fábrica no estado de Ohio, inicialmente planejada para os próximos anos, foi adiada para 2030. A justificativa apresentada pela empresa é a ausência de demanda suficiente que sustente os US$ 10 bilhões estimados para a estruturação do local.
O clima de incerteza expõe a pressão que a Intel enfrenta em um mercado de semicondutores cada vez mais competitivo, marcado por investimentos agressivos de concorrentes asiáticos e por mudanças tecnológicas que exigem agilidade e readequação constante de recursos e estratégias.

Luis Mauro Filho

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Mundo

Intel anuncia nova leva de demissões em meio à reestruturação da divisão de fábricas

247 - A Intel, gigante dos semicondutores sediada na Califórnia, está sob nova liderança. Em março de 2025, Lip-Bu Tan assumiu o cargo de CEO com a missão de reverter anos de perda de relevância tecnológica e dificuldades financeiras.&nbsp;
Segundo reportagem da Bloomberg, Tan optou por manter a estratégia vigente, priorizando uma execução mais eficaz. “A estratégia é a estratégia — temos que executar melhor”, afirmou o diretor financeiro da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Intel">Intel</a>, David Zinsner, durante conferência do JPMorgan Chase &amp; Co.&nbsp;
A nomeação de Tan ocorre após a saída de Pat Gelsinger, cujo plano de reestruturação não trouxe os resultados esperados. Tan, conhecido por sua experiência na indústria de semicondutores, já iniciou mudanças organizacionais, eliminando burocracias que, segundo ele, dificultavam a comunicação direta com a liderança. “Removemos camadas de gestão que impediam uma visão clara do que estava acontecendo”, disse Zinsner.
No campo da inteligência artificial, a Intel busca recuperar terreno perdido para concorrentes como a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Nvidia">Nvidia</a>. Tan anunciou uma abordagem interna para o desenvolvimento de produtos de IA, após aquisições anteriores, como as das startups Nervana e Habana Labs, não alcançarem os resultados esperados. “Estamos adotando uma abordagem holística para redefinir nosso portfólio e otimizar nossos produtos para novas cargas de trabalho de IA”, afirmou Tan.&nbsp;
Apesar dos esforços, a divisão de fundição da Intel enfrenta desafios. Zinsner revelou que os compromissos de clientes externos para as tecnologias de fabricação mais recentes, como 18A e 14A, ainda são limitados. “Recebemos chips de teste, mas alguns clientes desistem após os testes... Portanto, o volume comprometido não é significativo no momento”, explicou.&nbsp;
A Intel continua a investir em sua capacidade de fabricação, com a expectativa de que a divisão de fundição atinja o ponto de equilíbrio até 2027. No primeiro trimestre, a divisão registrou US$ 4,7 bilhões em vendas, embora a maior parte desse valor provenha da produção interna.&nbsp;

Novo CEO da Intel aposta em "execução eficiente" para recuperar liderança no setor de chips

Reuters - Os papéis da Intel recuaram mais de 8% na sexta-feira (25), após a divulgação de projeções fracas de lucro e receita, frustrando as expectativas em torno da estratégia de recuperação conduzida pelo novo CEO, Lip-Bu Tan.
Após anos acumulando decisões equivocadas, a gigante norte-americana do setor de chips ficou para trás no mercado altamente rentável de inteligência artificial. Para agravar o cenário, a disputa comercial entre Estados Unidos e China também gera incertezas sobre a demanda pelos seus tradicionais processadores para computadores pessoais no curto prazo.
Na quinta-feira, Tan deu algumas indicações sobre como pretende retomar a cultura de inovação da Intel. O executivo pretende focar na engenharia essencial, eliminar tarefas administrativas desnecessárias e reduzir o quadro de funcionários.
"A Intel é tão grande que mudar seu curso é como virar um navio de guerra — não pode ser feito de uma hora para outra", afirmaram analistas da Evercore ISI.
Analistas do JPMorgan destacaram que Tan não detalhou suficientemente seu plano para recuperar a liderança tecnológica da Intel nem como pretende conquistar novos clientes externos para o negócio de fabricação sob contrato da companhia.
Recentemente, o executivo reuniu-se com o CEO da TSMC, principal concorrente da Intel no segmento de fundição, para discutir possíveis parcerias entre as duas empresas.
Executivos da Intel explicaram que as vendas no primeiro trimestre foram sustentadas por estoques pré-existentes de chips entre seus clientes, já que o aumento das tensões comerciais entre EUA e China tem levado a uma postura cautelosa em relação a futuras aquisições.
"A Intel também pode ser beneficiada caso a China introduza isenções nas importações vindas dos EUA, dada a grande presença que a empresa tem no país asiático", comentou Ben Barringer, analista global de tecnologia da Quilter Cheviot.
<h3>Estratégia em IA em xeque</h3>
As declarações de Tan sobre aperfeiçoar produtos já existentes para acompanhar as novas tendências de inteligência artificial geraram dúvidas sobre como a empresa pretende se posicionar neste setor altamente competitivo, dominado atualmente pela Nvidia.
"A Intel precisa se otimizar rapidamente — há muitos investimentos necessários para acompanhar o ritmo da IA", pontuou Ruben Roy, analista da Stifel.
Historicamente, a Intel apostou na aquisição de startups para fortalecer seu portfólio em IA. No entanto, com exceção da Mobileye, vendida pela companhia há alguns anos, essas aquisições não trouxeram resultados expressivos.
"A Intel deveria sempre ter desenvolvido sua própria solução interna, mas perdeu essa chance e acabou tentando entrar tarde no mercado de inteligência artificial", afirmou Anshel Sag, analista-chefe da Moor Insights &amp; Strategy.
Um dos principais erros estratégicos da empresa foi não aproveitar a crescente demanda por chips específicos para IA, permitindo que a Nvidia conquistasse uma posição dominante. Agora, a Intel enfrenta dificuldades adicionais, já que não possui o mesmo nível de propriedade intelectual em GPUs, componentes essenciais para essas aplicações, acrescentou Barringer.
Ainda assim, as ações da Intel acumulam alta de 7,2% neste ano, desempenho melhor que o da Nvidia e da Advanced Micro Devices (AMD), cujos papéis caíram cerca de 20% no mesmo período.
Por outro lado, os papéis da Intel são negociados a um múltiplo preço/lucro projetado para os próximos 12 meses de 31,37, valor superior aos da Nvidia (22,70) e da AMD (19,24).
(Reportagem original por Zaheer Kachwala, Kanchana Chakravarty e Arsheeya Bajwa, em Bengaluru; colaboração adicional de Amanda Cooper, em Londres; edição de Nivedita Bhattacharjee e Shounak Dasgupta.)

Economia

Ações da Intel despencam após projeções negativas e dúvidas sobre estratégia em IA

247 - A Intel Corporation anunciou a nomeação de Lip-Bu Tan como seu novo diretor executivo, efetivo a partir da próxima terça-feira (18). A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 12 de março, pela <a href="https://www.bloomberg.com/news/articles/2025-03-12/intel-names-chip-industry-veteran-lip-bu-tan-as-its-next-ceo?srnd=phx-technology">Bloomberg</a>. Tan, de 65 anos, é ex-CEO da Cadence Design Systems e integrou o conselho de administração da Intel até agosto de 2024. ​
A nomeação ocorre em um momento crítico para a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=intel">Intel</a>, que enfrenta desafios significativos, incluindo perda de participação de mercado, retrocessos na fabricação e uma queda acentuada nos lucros. A empresa, outrora líder incontestável no setor de semicondutores, viu suas ações caírem mais de 54% nos últimos 12 meses, reduzindo seu valor de mercado para US$ 89,5 bilhões. ​
Tan substitui Pat Gelsinger, que deixou o cargo após o conselho expressar insatisfação com o progresso lento na revitalização da linha de produtos da empresa. Um dos desafios mais prementes é o desenvolvimento de um chip acelerador de inteligência artificial capaz de competir com os produtos da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Nvidia">Nvidia</a>, cuja receita e valorização dispararam nos últimos dois anos devido ao boom da computação em IA. ​
A China também competirá na ponta deste mercado. Recentemente, Pequim anunciou diretrizes para promover o uso de chips <a href="https://www.brasil247.com/mundo/china-prepara-politica-nacional-para-impulsionar-processadores-de-arquitetura-aberta-e-baixo-custo">RISC-V</a>, de arquitetura aberta e mais econômicos, em todo o país. A mudança deve reduzir a dependência de tecnologias ocidentais, dando ainda mais vantagens aos chineses nesta corrida. ​
A reação do mercado à nomeação de Tan foi positiva: as ações da Intel subiram mais de 11% após o anúncio, após um aumento de 4,6% durante o pregão regular em Nova York nesta quarta-feira. ​
<h3>Desafios e expectativas</h3>
A Intel tem enfrentado uma série de dificuldades nos últimos anos. Em agosto de 2024, a empresa anunciou o corte de 15 mil funcionários, equivalente a 15% de sua força de trabalho, em resposta a prejuízos bilionários e à perda de liderança no mercado global de chips. No segundo trimestre de 2023, a Intel registrou um prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão, revertendo um lucro de US$ 1,5 bilhão no mesmo período do ano anterior. A receita caiu para US$ 12,83 bilhões, uma queda de 1% em relação ao ano anterior. ​
Analistas apontam que a Intel não conseguiu acompanhar as evoluções do setor, perdendo sua vantagem competitiva no início da década para concorrentes como TSMC e Samsung. A empresa também enfrentou dificuldades para se transformar em uma fundição competitiva, com fábricas projetadas para produtos específicos e carência de ferramentas e tecnologias de ponta. A saída de talentos e erros estratégicos agravaram a situação, tornando mais difícil acompanhar a concorrência. ​
<h3>Quem é Lip-Bu Tan</h3>
Lip-Bu Tan, 65, é um veterano na indústria de semicondutores. Antes de ingressar na Intel, ele liderou a Cadence Design Systems, onde foi fundamental na transformação da conjuntura econômica empresa, dobrando a receita e expandindo as margens operacionais. Tan também fundou a Walden International, uma firma de capital de risco com investimentos significativos em empresas de semicondutores, energia alternativa e mídia digital nos EUA e na Ásia.&nbsp;

Intel anuncia novo CEO em busca de recuperação na corrida tecnológica da IA

Por Arsheeya Bajwa
(Reuters) - A Intel será substituída pela Nvidia no índice Dow Jones Industrial Average, após 25 anos de presença, destacando a mudança no mercado de semicondutores e marcando mais um revés para a Intel.
A Nvidia entrará para o índice na próxima semana, junto à fabricante de tintas Sherwin-Williams, que substituirá a Dow, informou a S&amp;P Dow Jones Indices nesta sexta-feira.
Outrora a força dominante na fabricação de chips, a Intel cedeu nos últimos anos sua vantagem de fabricação para a rival TSMC e perdeu a oportunidade do "boom" da inteligência artificial generativa após passos em falso, incluindo a decisão de não investir na OpenAI, dona do ChatGPT.
As ações da Intel já caem 54% este ano, tornando a empresa a de pior desempenho do índice e deixando-a com o menor preço de ações no Dow, que é ponderado por preço.
As ações da Intel recuavam 1,6% nas negociações pós-mercado nesta sexta-feira, enquanto as da Nvidia subiam 2,2%.
O movimento ocorre um dia após a Intel expressar otimismo sobre o futuro de seus negócios de PCs e servidores, projetando uma receita para o trimestre atual acima das estimativas, mas alertando que tinha "muito trabalho a fazer".
"Perder o status de inclusão no Dow Jones seria outro golpe reputacional para a Intel, que enfrenta uma transformação dolorosa e a perda de confiança", disse Susannah Streeter, chefe de dinheiro e mercados da Hargreaves Lansdown.
"Isso também significa que a Intel não está incluída em fundos negociados em bolsa (ETFs) que acompanham o índice, o que pode impactar ainda mais o preço das ações."

Logo da Nvidia em Taipé, Taiwan
5/6/2024 

Nvidia tomará lugar da Intel no índice Dow Jones

247 - O entusiasmo crescente em torno da Inteligência Artificial (IA) começa agora a se converter em uma leve desconfiança, por medo de ter havido um possível exagero, após impactos significativos no mercado financeiro.
Recentemente, o UBS Group AG rebaixou a classificação da ASML Holding NV, uma das principais empresas do setor de tecnologia europeu, citando o crescimento inflacionado das expectativas relacionadas à IA. As ações da ASML, que haviam subido mais de 60% desde 2022, caíram 6,7% após o anúncio, refletindo uma desaceleração no otimismo dos investidores.
Esse ceticismo não é isolado. A Nvidia, outra gigante do setor de tecnologia, viu seu valor de mercado despencar em US$ 278,9 bilhões, a maior queda já registrada para uma ação nos Estados Unidos. A empresa está sob investigação do Departamento de Justiça dos EUA por possíveis violações antitruste, e há dúvidas crescentes sobre a real capacidade da IA de entregar o retorno sobre o investimento prometido.
O impacto desse "overhype" também é sentido pela Intel, que enfrenta uma possível exclusão do índice Dow Jones Industrial Average. A empresa, que já foi uma das líderes no setor de semicondutores, perdeu terreno ao não capitalizar na onda de IA e viu suas ações caírem quase 60% este ano. Analistas sugerem que o fracasso da Intel em investir na OpenAI e outros erros estratégicos a deixaram mal posicionada para competir no futuro próximo.
O mercado de semicondutores, que até recentemente se beneficiava do otimismo em torno da IA, agora enfrenta uma retração, com as vendas globais caindo 11,1% em julho. A promessa da IA, que antes parecia um caminho certo para a inovação e crescimento econômico, agora enfrenta escrutínio, com muitos se perguntando se o setor realmente conseguirá sustentar as expectativas.
[Com informações d Bloomberg e InfoMoney]

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Após desvalorizações em gigantes da tecnologia, mercado teme ter havido entusiasmo exagerado com IA

SAN FRANCISCO (Reuters) – As coisas poderiam ter sido bem diferentes para a gigante norte-americana de chips Intel, a queridinha da era da informática antes de passar por momentos difíceis na era da inteligência artificial.
Há cerca de sete anos, a empresa teve a chance de comprar uma participação na OpenAI, na época uma incipiente organização de pesquisa sem fins lucrativos que trabalhava em um campo pouco conhecido chamado inteligência artificial generativa, disseram à Reuters quatro pessoas com conhecimento direto dessas discussões.
Durante vários meses em 2017 e 2018, os executivos das duas empresas discutiram várias opções, incluindo a compra pela Intel de uma participação de 15% por 1 bilhão de dólares em dinheiro, disseram três das pessoas. Eles também discutiram a possibilidade de a Intel adquirir uma participação adicional de 15% na OpenAI se fabricasse hardware para a startup a preço de custo, disseram duas pessoas.
A Intel acabou decidindo não fazer negócio, em parte porque seu então presidente-executivo, Bob Swan, não acreditava que os modelos de IA generativa chegariam ao mercado em um futuro próximo e, portanto, não pagariam o investimento da fabricante de chips, de acordo com três das fontes, que pediram anonimato para discutir assuntos confidenciais.
A OpenAI estava interessada em um investimento da Intel porque isso teria reduzido sua dependência dos chips da Nvidia e permitido que a startup construísse sua própria infraestrutura, disseram duas das pessoas. O acordo também não foi concretizado porque a unidade de data center da Intel não queria fabricar produtos a preço de custo, acrescentaram as pessoas.
Um porta-voz da Intel não respondeu às perguntas sobre o possível acordo. Swan não respondeu a um pedido de comentário e a OpenAI se recusou a comentar.
A decisão da Intel de não investir na OpenAI, que lançou o inovador ChatGPT em 2022 e agora está avaliada em cerca de 80 bilhões de dólares, não foi divulgada anteriormente.
Isso está entre uma série de infortúnios estratégicos que viram a Intel, empresa que estava na vanguarda dos chips de computador nas décadas de 1990 e 2000, tropeçar na era da IA, de acordo com entrevistas da Reuters com nove pessoas familiarizadas com o assunto, incluindo ex-executivos da Intel e especialistas do setor.
Na semana passada, os lucros do segundo trimestre da Intel provocaram uma queda no preço das ações da companhia de mais de um quarto de seu valor, em seu pior dia de negociação desde 1974.
Pela primeira vez em 30 anos, a empresa de tecnologia vale menos de 100 bilhões de dólares. A antiga líder do mercado -- cujo slogan de marketing "Intel Inside" representou por muito tempo o padrão ouro de qualidade -- ainda está lutando para colocar no mercado um produto de chip de IA de grande sucesso.
A Intel agora é ofuscada pela rival Nvidia, avaliada em 2,6 trilhões de dólares, que passou dos gráficos de videogame para os chips de IA necessários para construir, treinar e operar grandes sistemas de IA generativa, como o GPT4 da OpenAI, e os modelos Llama, da Meta Platforms. A Intel também ficou atrás da AMD, avaliada em 218 bilhões de dólares.
Questionado sobre o progresso da empresa em IA, o porta-voz da Intel se referiu a comentários recentes do atual presidente-executivo da companhia, Pat Gelsinger, que disse que o chip de IA Gaudi de terceira geração, que a empresa pretende lançar no terceiro trimestre deste ano, superaria os rivais.
Gelsinger disse que a empresa tem "mais de 20" clientes para a segunda e terceira geração do Gaudi e que seu chip de IA Falcon Shores de próxima geração seria lançado no final de 2025.
"Estamos nos aproximando da conclusão de um ritmo histórico de inovação tecnológica de design e processo, e estamos encorajados pelo pipeline de produtos que estamos construindo para capturar uma fatia maior do mercado de IA daqui para frente", disse o porta-voz à Reuters.

Logo da Intel atrás de luzes de LED em foto de ilustração
05/01/2018 REUTERS/Dado Ruvic

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