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Tarcísio diz não ter conversado sobre 2026 com Bolsonaro

Bolsonaro, que está inelegível, fica irritado ao falar de eleições, diz o governador. Aliados desconfiam da versão de Tarcísio

Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

247 - Durante encontro com Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (29), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), evitou tratar de sucessão presidencial. O assunto não teria entrado na pauta da reunião.

Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, Tarcísio justificou que não abordou o tema por considerar que a eleição de 2026 ainda é um tópico delicado para Bolsonaro, que segue inelegível e se aborrece ao falar sobre o cenário político nacional.

De acordo com parlamentares que ouviram o governador, a conversa com o ex-presidente teve foco em temas triviais, como futebol, com destaque para a rodada mais recente do Campeonato Brasileiro. O próprio Tarcísio resumiu a ida como a de “visitar um amigo” e afirmou que sua intenção era ajudá-lo a “ficar em paz”.

A visita foi recebida com cautela por parte de apoiadores mais próximos de Bolsonaro. Setores bolsonaristas enxergaram na movimentação uma tentativa do ex-presidente de pedir ao aliado que recue, ao menos temporariamente, das articulações eleitorais em torno do Palácio do Planalto.

Discurso público

Após o encontro, Tarcísio conversou com jornalistas e reforçou sua posição: “Serei candidato à reeleição ao governo paulista”. Com isso, o governador buscou afastar especulações de que já estaria em campanha presidencial.

A reunião também contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, que declarou que, independentemente das definições para 2026, ele e Tarcísio caminharão ao lado de seu pai.

Repercussão entre aliados

Nos bastidores, a estratégia de Tarcísio tem gerado diferentes leituras. De um lado, há quem acredite que o governador tenta preservar a relação pessoal com Bolsonaro sem se comprometer, por ora, com movimentos de sucessão nacional. De outro, cresce a desconfiança de que a aproximação pode servir como alinhamento antecipado para os próximos passos da direita em 2026.

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