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Paulo Teixeira diz que Tarcísio abandonou São Paulo para atuar em defesa de Bolsonaro

Ministro afirmou que governador de São Paulo virou “advogado da anistia”

Paulo Teixeira durante o evento "A Política Nacional sobre Drogas: Um Novo Paradigma", realizado pelo Brasil 247, TV 247 e Consultor Jurídico, com apoio do grupo Prerrogativas - Brasília (DF) - 18/02/2025 (Foto: Log Filmes/Brasil 247)

247 - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, fez duras críticas ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmando que o titular do Bandeirantes “abandonou” as responsabilidades do estado para se dedicar à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita nesta quarta-feira (1º) em Brasília, após Tarcísio ter visitado Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, no início da semana.

Em entrevista ao Metrópoles, o ministro afirmou que Tarcísio deixou de lado compromissos institucionais em São Paulo para prestar solidariedade ao ex-presidente, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por participação na trama golpista.

“Abandonou São Paulo”

Segundo Paulo Teixeira, a agenda do governador revela sua prioridade política. “Eu vejo o governo Tarcísio de Freitas. Vejo que é um governo que abandonou São Paulo e cuida do Bolsonaro. Veja: qual foi o principal evento da última segunda-feira aqui em Brasília? Foi a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, e do vice-presidente, Alexandre de Moraes. Onde estava Tarcísio de Freitas?”, questionou o ministro.

Teixeira ressaltou que, “em vez de ir à posse, representando o estado de São Paulo, porque ali era um compromisso institucional, ele foi visitar um condenado pelo Supremo Tribunal Federal”. Para o ministro, o governador paulista tornou-se “um dos advogados dessa mobilização por um projeto de anistia”.

Encontro político em Brasília

O almoço de segunda-feira (30) reuniu Tarcísio, Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan, de Balneário Camboriú (SC). A reunião foi apresentada como um gesto de amizade e solidariedade, mas ganhou tom político ao reforçar críticas ao STF e a defesa de uma anistia ampla para os envolvidos no 8 de janeiro.

Após o encontro, Tarcísio defendeu abertamente a anistia, embora tenha negado que o tema tenha sido discutido diretamente com Bolsonaro. “Não conversamos sobre isso (a anistia). Minha posição é de defesa da anistia, acredito na paz dialogada e já foi usada em outros momentos. Podemos citar a anistia de 1979, da recepção no texto constitucional, do artigo quinto que trata sobre anistia e indulto. (A redução de penas) não satisfaz o presidente”, afirmou.

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