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Motta aciona Conselho de Ética para suspender deputados por motim na Câmara

Conselho de Ética deve avaliar suspensões e advertências a 14 deputados

Hugo Motta cercado por deputados (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

247 - A Câmara dos Deputados decidiu nesta segunda-feira (23) encaminhar ao Conselho de Ética os pedidos de suspensão de três parlamentares que lideraram o motim ocorrido em agosto, após a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). 

Segundo o jornal O Globo, Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) são os principais alvos da medida, que pode resultar na suspensão temporária de seus mandatos. Outros 11 deputados, entre eles Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Caroline de Toni (PL-SC), devem ser advertidos com censura escrita.

Decisão da Mesa Diretora da Câmara

O envio dos pedidos de sanção foi aprovado por todos os membros da Mesa Diretora, com exceção dos vice-presidentes Altineu Côrtes (PL-RJ) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Agora, caberá ao Conselho de Ética decidir se aplica as penalidades sugeridas ou se as revisa antes de submetê-las ao plenário.

A decisão endossa o parecer do corregedor Diego Coronel (PSD-BA), que recomendou punições mais severas aos deputados considerados líderes do motim.

Quem são os deputados punidos

Marcos Pollon enfrenta o caso mais grave: pode ser afastado por 90 dias devido a ataques à presidência da Câmara, além de outros 30 dias por obstruir a cadeira de Hugo Motta. Já Marcel Van Hattem e Zé Trovão podem ser suspensos por 30 dias.

A censura escrita, prevista para os demais 11 parlamentares, funciona como um “cartão amarelo”, enquanto a suspensão equivale a um “cartão vermelho” dentro do Código de Ética.

O desgaste político de Hugo Motta

Nos bastidores, a decisão é vista como uma mudança de postura do presidente da Câmara, Hugo Motta. No auge da crise, ele havia optado por enviar o caso à Corregedoria, em vez de abrir processo direto no Conselho de Ética. A postura foi interpretada como sinal de fragilidade, especialmente após a ocupação da Mesa Diretora, que durou mais de 30 horas.

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