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      Embaixada dos EUA ataca Moraes: “o coração do complexo de censura”

      A diplomacia norte-americana aproveitou para defender Jair Bolsonaro, réu no inquérito da trama golpista

      Ministro Alexandre de Moraes, do STF (Foto: REUTERS/Diego Herculano)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil resolveu atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e defendeu Jair Bolsonaro (PL), réu no inquérito da trama golpista e alvo de medidas cautelares.

      “O ministro Moraes é o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro, que, por sua vez, tem restringido a liberdade de expressão nos EUA. Graças à liderança do presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando as devidas providências”, afirmou a embaixada na rede social X. 

      Os ataques ao ministro do STF foram divulgados em um cenário de guerra comercial lançada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, contra o Brasil. Em 9 de julho, o chefe da Casa Branca anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras, previsto para entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto. 

      Membro do campo da extrema direita dos Estados Unidos, Trump citou o inquérito da trama golpista como justificativa para anunciar a guerra tarifária. Por determinação do seu governo, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) iniciou uma investigação comercial contra o Brasil. 

      Os EUA também cancelaram os vistos dos ministros do STF, impedindo sua entrada no território norte-americano, conforme anunciado na semana passada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na semana passada. 

      Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil adotará retaliações econômicas com base na Lei de Reciprocidade. O dispositivo permite a suspensão de benefícios comerciais, investimentos e acordos de propriedade intelectual quando ações unilaterais de outros países afetam a competitividade brasileira no mercado internacional.

      A decisão dos EUA marca mais um capítulo na tensão comercial entre os dois países, com possíveis impactos em relações diplomáticas e fluxos econômicos bilaterais.

      Um relatório técnico da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) projetou consequências econômicas graves caso os Estados Unidos implementem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo a análise, o Brasil poderá sofrer:

      • Perdas acumuladas de R$ 175 bilhões no longo prazo
      • Contração de 1,49% no Produto Interno Bruto
      • Destruição de 1,3 milhão de postos de trabalho

      A pesquisa também simulou um cenário de retaliação brasileira, com resultados ainda mais preocupantes:

      Impactos em caso de reciprocidade tarifária:

      → Queda de 2,21% no PIB (R$ 259 bi)
      → Eliminação de 2 milhões de empregos
      → Redução de R$ 36,18 bi na folha salarial
      → Perda fiscal de R$ 7,21 bilhões

      Os números revelam a vulnerabilidade da economia brasileira em um eventual conflito comercial com os Estados Unidos, destacando a interdependência entre as duas maiores economias do continente americano.


       

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